“Pausa no localismo – Longas esquerdas e violência contra os surfistas de fora marcam Atalaia, SC, onde o Oakley Pro Jr. define o campeão brasileiro sub-20 até domingo”, escreve Carlos Sarli, colunista de um dos jornais mais respeitados e de maior credibilidade do país.
Nós da equipe de reportagem Waves e que estamos realizando a cobertura do evento no local, constatamos que assim como afirma o colunista, nenhum incidente violento aconteceu durante as baterias e o campeonato acontece em perfeita harmonia.
Para dar continuidade ao assunto, ouvimos o presidente da Associação
de Surf das Praias de Itajaí (ASPI), Juliano Gleison Secco e o diretor de marketing esportivo da Oakley, Luís Henrique ‘Pinga’, que expuseram suas opinões sobre o tema abordado na Folha de São Paulo.
“O localismo aqui realmente é forte, mas abrimos o pico para este evento que é super especial para os atletas Sub-20 do Brasil. Isto foi uma sintonia entre Atalaia e os atletas que aqui estão. Mas depois do campeonato, o Atalaia vai voltar com seu localismo feroz como sempre teve, até porque o pico é um point break e não suporta uma quantidade grande de surfistas”, diz Juliano Gleison.
“Já temos em nossa cidade uma quantidade enorme de surfistas. Então o localismo realmente vai continuar e será forte. É só vir na próxima segunda-feira para cá que vai sentir como funciona a pressão dos locais”, explica Secco.
“Este evento que está acontecendo foi uma abertura com a Oakley, até porque a nossa cidade precisava desta contrapartida. No ano passado tivemos uma enchente que botou a cidade totalmente embaixo d´água, e isto trouxe de novo uma fonte de renda para as pessoas que aqui estão e para o comércio local”, destaca Juliano, referindo-se à tragédia que chocou o país em 2008.
“Se estão dizendo que houve uma pausa no localismo, que fique claro que esta pausa não existe, isto foi apenas uma sintonia entre o campeonato e os locais que aqui estão. Realmente o localismo continuará 100% e esperarmos continuar botando o terror aqui como se diz, mas um terror consciente. Não tem tanta violência agora, mas o localismo vai continuar e com certeza muito forte”, declara o presidente da associação local.
“Houve uma sintonia como todos podem ver. Hoje já é quase o último dia do evento. Estamos em total sintonia com os atletas e evento. Está havendo aqui uma coisa que nunca houve, depois de 36 anos sem ter um evento aqui”, conta Secco.
“Acho que o campeonato está acontecendo e está todo mundo amarradão. O patrocinador está satisfeito com a qualidade da praia, mas o localismo continua e nós não vamos dar mole não. Temos praia Brava, meio do Atalaia e outras praias para desfrutar como opção, pois aqui com certeza o localismo continuará forte”, finaliza Juliano Gleison.
Luís Henrique ‘Pinga’ deixa claro que o evento está acontecendo em perfeita ordem e hamornia. “Em relação ao localismo aqui no evento, aconteceram algumas coisas na última segunda-feira (22/5). Coisas normais de qualquer pico, por parte de um ou outro local, que colocaram aquela pressão normal durante os treinos, mas no campeonato não rolou absolutamente nada”, diz ‘Pinga’.
“Muito pelo contrário, a galera local está super envolvida, super empolgada com o evento e fazendo de tudo para que esta competição seja um sucesso”, declara o diretor de marketing esportivo da Oakley.