Radicada em São Vicente, na Baixada Santista (SP), a longboarder Monique Pontes, 29, encarou no último final de semana seu primeiro evento internacional: o sul-americano da WSL South America.
Com uma evolução rápida, já que surfa há apenas três anos, Monique comemorou a participação no campeonato disputado no Peru.
“A expectativa era grande, por estar ao lado de algumas das melhores surfistas do mundo. Foquei no aprendizado, em ganhar experiência e bagagem. Quero me espelhar no surfe dessa galera para me aperfeiçoar”, conta.
A longboarder avançou no primeiro round e acabou eliminada nas semifinais, disputadas em condições extremas na praia de El Elio, em Huanchaco.
Sobre o reconhecimento obtido no evento, ela é só alegria.
“Meu surfe deu uma alavancada e realmente as pessoas comentam sobre a melhora da minha leitura de onda e como venho surfando. Mas, sinto que isso é resultado do dia-a-dia, de estar sempre na água. Isto tem me deixado bem feliz e com vontade de surfar ainda mais”, declara ela.
Monique ainda já foi campeã paulista de jiu-jitsu e vice-campeã brasileira de canoa havaiana em equipes, competindo no mesmo time da big rider Andrea Moller, brasileira radicada no Hawaii.
“Competir é uma coisa bem natural na minha vida, até mesmo pra evolução no surf. Você se obriga a treinar mais e o desempenho evolui muito”, diz.
O pranchão entrou na vida de Monique pelo incentivo do marido João Renato Moura, destaque na modalidade e vice-campeão sul-Americano de Canoa Havaiana Master. O surfe acontece diariamente, seja no quintal de casa, no Itararé, ou nas praias do Guarujá e Praia Grande.
Educadora Física, ela está em dia com a preparação realizada fora da água. “Foquei apenas no psicológico para lidar com a ansiedade de competir contra as melhores do mundo e surfar ao lado de quem sempre me espelhei. Agora são as minhas parceiras na água”, diz a longboarder.
Essa foi a primeira vez que Monique viajou sozinha para surfar. “Estou muito feliz. Peru é um dos lugares que semprei sonhei conhecer, com esquerdas perfeitas que favorecem meu estilo”, explica ela, que no ano passado pegou onda na Costa Rica e acumula na bagagem passagens pelas ondas uruguaias e da Califórnia.
A prova definiu os campeões sul-americanos da temporada 2017 da WSL South America. Os brasileiros Phil Rajzman e Atalanta Batista, campeões da etapa, também levaram o troféu do sul-americano para casa.
Leia mais