Radicada em São Vicente, na Baixada Santista, a longboarder Monique Pontes, 29, comemora sua recente conquista no longboard.
Depois de encarar sua primeira competição mundial no mês de julho, em Huanchaco, Peru, Monique figura entre as tops do ranking sul-americano.
Ela terminou o ranking na quarta posição (atrás das brasileiras Atalanta Batista, campeã da etapa; Chloé Calmon, vice-campeã; e da peruana Carolina Thun).
Para ela, a competição em águas peruanas foi um divisor de águas. “Encarei um dos maiores mares da minha vida, ao lado de competidoras que até então eram referências para mim. Foi uma grande evolução como esportista”, considera Monique.
Logo após a etapa, ela seguiu com as demais atletas do time brasileiro para encarar as ondas de Chicama, um dos mais famosos surf spots peruanos, conhecido como uma das esquerdas mais longas do mundo.
“Sair do clima de competição, apesar de toda amizade, e partir para uma barca de surf foi sensacional. Tivemos mais um período de convivência e com certeza evolui muito, pois todos ali tinham um único objetivo: surfar o máximo possível”, ressalta Monique.
De volta à São Vicente, a atleta tem encarado uma rotina intensa de treinos, já que as grandes ondulações têm movimentado o litoral do Sudeste. “Desde que cheguei, consegui surfar praticamente todos os dias, revezando entre a Porta do Sol, e as praias do Guarujá”, explica a surfista.
Agora o objetivo é conquistar bons resultados na etapa do circuito brasileiro de surf, previsto para acontecer entre os dias 22 e 24 de setembro, na praia de Itamambuca, em Ubatuba (SP). E logo em seguida no Festival Prancha Oca, entre os dias 30 de setembro e 01 de outubro na praia do José Menino, em Santos (SP).
Monique começou a surfar há três anos e teve uma evolução muito rápida. “Estou focada no aprendizado, em ganhar experiência e bagagem. Quero me espelhar no surfe dessa galera para me aperfeiçoar. Meu surf deu uma alavancada e realmente as pessoas comentam sobre a melhora da minha leitura de onda e como venho surfando. Mas, sinto que isso é resultado do dia-a-dia, de estar sempre na água. Isto tem me deixado bem feliz e com vontade de surfar ainda mais”, declara ela.
Competidora nata, ela já foi campeã paulista de jiu-jitsu e vice-campeã brasileira de canoa havaiana em equipes, competindo no mesmo time da big rider Andrea Moller, brasileira radicada no Hawaii. “Competir é uma coisa bem natural na minha vida, até mesmo pra evolução no surf. Você se obriga a treinar mais e o desempenho evolui muito”, conta ela, que tem como manobra favorita o hang five.
O pranchão entrou na vida de Monique pelo incentivo do marido João Renato Moura, destaque na modalidade e vice-campeão sul-Americano de Canoa Havaiana Master.
O surfe acontece diariamente, seja no quintal de casa, no Itararé, ou nas praias do Guarujá e Praia Grande. Educadora Física, ela está em dia com a preparação realizada fora da água. “Foquei apenas no psicológico para lidar com a ansiedade de competir contra as melhores do mundo e surfar ao lado de quem sempre me espelhei. Agora são as minhas parceiras na água”, diz a longboarder.
Além do Peru, Monique surfou na Costa Rica e acumula na bagagem passagem pelas ondas uruguaias e californianas.