Lorraine Lima é campeã mundial amadora de bodyboard. Foto: Divulgação Litoral Brasil. |
Estou falando do que é pegar um tubo e sair dele com uma baforada, de pegar uma grande onda. E a cada dia pegar uma onda e vibrar como se fosse a primeira. Quando falo em pegar onda, meus olhos brilham e um grande sorriso toma conta do meu rosto. Alegria e prazer.
Em cada golfinho que damos, retiramos a energia negativa oriunda do estresse da cidade. O sal da água renova a alma; o sol aquece nosso corpo e nos torna pessoas saudáveis. Ouvir o som das ondas quebrando enquanto estamos dormindo perto do mar, nos dá paz de espírito. Quando acordamos, levantamos cedo e mesmo passando muito frio, vamos pegar onda.
Lorraine Lima prepara cavada emPadang padang, na Indonésia. Foto: Divulgação. |
Mesmo com os pés cheios de calos, causados pelos pés de pato. Queimados pelo sol, com dor nas costas por ficar horas na mesma posição, ou mesmo por estarmos sem dinheiro ou equipamento, continuamos felizes em nosso íntimo, pegando onda da maneira que for possível.
Para enfrentar as melhores ondas, fazemos de tudo. Existem pessoas que largam o conforto de seus lares, para trabalhar em outros países, como empregada doméstica ou pedreiro, adquirindo novas experiências de vida, novas amizades. Outras escrevem para revistas, sites e outros meios de comunicação sobre o
Lorraine Lima e o sorriso de quem conhece a essência do bodyboard. Foto: Divulgação Litoral Brasil. |
Fui estudante de Design e meu trabalho de graduação foi um novo modelo de prancha. Lembro como se fosse ontem, meu professor disse que o trabalho deveria ser sobre aquilo que tivéssemos afinidade e gostássemos de verdade…
Quem pega onda sabe do que estou falando. Todos possuímos o mesmo ideal, estar sempre trabalhando, pensando e vivendo para o bodyboard. Este ideal que faz com que procuremos estar ligados à natureza, sempre enfrentando desafios para pegar a sua onda, seja ela na terra ou no mar.