SC – O que você está achando desse início de temporada em relação ao nível dos competidores? Está mais forte do que 2015?
Guida – Este início de temporada está sendo muito divertido graças ao novo formato de provas técnicas que eu adoro. Isso torna o evento muito atrativo para atletas e amantes do esporte.
Estou no circuito brasileiro desde a primeira prova realizada em Ozório no ano de 2011 e de lá pra cá o nível dos atletas têm aumentado muito. O SUP race é um esporte relativamente novo e tanto equipamentos como as técnicas tem evoluído bastante.
SC – Com você vê garotos como Guilherme dos Reis e Arthur Santacreu chegando cada vez mais junto no pelotão de Elite da race nacional? Isso muda alguma coisa na sua preparação tanto mental como física?
Guida – Alguns garotos, como o Guilherme dos Reis e Artur Santacreu, tem se mostrado ótimos atletas e ainda estão só no começo. Eles vão evoluir muito mais ainda. Eu estou quase no meu máximo aos 33 anos e por isso tenho treinado muito físico e principalmente a mente que é o que manda no corpo.
SC – Cada vez mais os tops estão aderindo às pranchas feitas no Brasil. Inclusive você. Fale um pouco sobre a Race que você está usando.
Guida – Eu tive por mais de dois anos um contrato internacional de pranchas Hobie e recebia também uma ajuda de custo para treinos e competições, devido à crise e a alta do dólar o representante da marca no Brasil acabou fechando as portas e eu perdi o contrato já que não temos mais a revenda aqui.
Com isso comecei uma nova parceria com um grande amigo e shaper, além de ser um dos melhores laminadores do mundo, o Rogério Crus, que topou desenvolver um modelo especial para mim que está em fase de testes e evolução, seguindo a nova tendência das tri-concave.
SC – Durante a etapa do Brasileiro em Florianópolis você comentou comigo que não estava conseguindo apoio suficiente para competir esse ano na Molokai 2 Oahu, mesmo com quatro títulos brasileiros na bagagem. Mudou alguma coisa nessas semanas?
Guida – Estou competindo o circuito brasileiro novamente, mas este ano meu foco é a prova Molokai to Oahu, considerada o Mundial de longa distância, a travessia dos 55 km, entre duas ilhas havaianas pelo famoso “Canal dos Ossos”!
Sou tetracampeão Brasileiro de SUP e tenho vários apoiadores, mas, atualmente, sem nenhum patrocinador principal que consiga pagar os custos desta viajem, já estou com tudo pronto, mas sem o dinheiro para a viajem
SC – Como um empresário pode ajudá-lo a competir no Havaí esse ano?
Guida – Estou em busca de um novo empresário patrocinador que tenha interesse em uma grande parceria onde posso fazer uma grande divulgação da marca e participar das campanhas mostrando o esporte integrado ao lifestyle da empresa, com o objetivo de inspirar o público.
Tenho, inclusive, um projeto pronto, muito bem elaborado, feito por um grande amigo da área do marketing esportivo que me deu uma força.
Se alguma marca ou empresário se interessar e quiser saber mais a respeito, pode me contactar via Facebook. Meu perfil lá é “Luiz GuidAnimal”.
O que você espera da segunda etapa do Brasileiro em Camaçari?
Acredito que as disputas serão emocionantes. Gosto muito desse novo formato e o nível dos atletas está cada vez mais alto. Não vei ter moleza não! (risos)
Conto com a torcida de todos e obrigado a todos os que amam este esporte que ainda tem muito a crescer! Um grande abraço do Luiz Guida “Animal”!