Magno de Oz

Magno Oliveira, Pipeline, Hawaii

Magno Oliveira ataca o lip da pesada Pipeline, Hawaii 2007. Foto: Arquivo pessoal MO.

Magno Oliveira tem 22 anos e é natural de Guarapari, Estado do Espirito Santo. Maguinho pratica bodyboard desde os 11 anos de idade. É hoje um dos brasileiros que mais investe na evolução de seu surf em ondas havaianas.

 

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Magno batalha muito e carrega a bandeira brasileira e imagem brasileira em nível internacional, praticando bodyboard de alto risco, buscando ondas tubulares, poderosas e extremas.

 

Um cara simples e humilde, com muita garra e

Magno Oliveira se encaixa em Shark Island, Austrália. Foto: Arquivo pessoal MO.

perseverança, suas principais qualidades. Mago ou Maguinho possui o melhor resultado de um capixaba em ondas havaianas e foi, na última temporada, um dos grandes destaques brasileiros nas ondas de Pipe.

 

Maguinho está na Austrália competindo e, durante um  bate-bate papo no Hawaii, abre o jogo para mostrar à comunidade bodyboard, a ralação que é viver do esporte. Ao mesmo tempo encoraja a galera a se jogar pelo mundo e lutar pela realização dos próprios sonhos.

 

Você chegou ao Hawaii em outubro de 2006, em dezembro foi para ilhas Canárias, onde treinou por 20 dias, voltou pro hawaii e em abril se jogou pra Austrália, quem patrocina suas viagens e despesas nos campeonatos e trips?


Meu patrocinador principal é Deus, que me dá saúde para trabalhar pesado. Consegui juntar uma graninha para trips e campeonatos. Depois vem minha familia e amigos verdadeiros, que me dão muita forca na questão psicológica. Tenho ainda apoio da Spy sunglasses, Zpoint bodyBoards, e Redleyfins.

 

Como você concilia o bodyboard e o trabalho para se manter?

 

Ralo pra caramba. Nas construções no Hawaii. Muitas vezes tenho que me tornar profissional dos muros de pedra. Mas todos os dias antes do trabalho, entre seis horas e sete e meia da manhã. Domingo fico o dia inteiro na água.


Como você resume a última temporada havaiana?


Esse lance de trabalhar, fortalece meu espírito e dá um valor maior à trip, aos momentos dentro dágua. Não vou negar que seria bom ter suporte de patrocínio, minha evolução seria, com certeza, mais rápida.

 

Essa temporada no Hawaii foi, sem dúvida, a mais completa. As ondas foram um pouco inconstantes, mas quando chegaram, vieram animais. Foi a temporada que obtive maior reconhecimento. 

 

Muita coisa mudou depois desse Hawaii: muitos contatos, novos amigos e o melhor de tudo, uma relação ainda mais forte com Jesus Cristo.

 

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Magno Oliveira entuba em Pipeline, Hawaii. Foto: Luis Claudio Duda.

Como foi a conquista do quarto lugar no mundial de Maui?


Foi a consolidação de um trabalho que faço e me cobro há tempos. Depois de Maui, sei que posso e vou chegar ainda mais longe.

 

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Qual o significado do patrocínio para o atleta?


Tranquilidade para fazer seu trabalho na água é muito bom. Muito importante para o amadurecimento do surf. Preocupação apenas com a próxima competição, ou o proximo swell.

Magno Oliveira, Hawaii. Foto: Arquivo pessoal MO.

 

Qual seu objetivo nessa trip australiana?

 

Principal objetivo é disputar o Shark Island Challenge, primeira etapa do tour mundial. Tentar fazer o máximo de etapas do circuito australiano, comecando agora entre 12 e 15/4, em New Castle.

 

Austrália será uma escola. Não podemos negar que os australianos dominam o tour, por isso estou aqui e quero evoluir e lapidar meu surf junto aos melhores do mundo.

 

Como está sendo a preparação para encarar Shark Island, a onda dos seus sonhos?

 

Estou na casa de um amigo australiano que conheci na Espanha há dois anos, Justin Vassalo. Ele treina muito e em qualquer condição, do flat aos 10 pés plus. Isso está sendo ótimo pra mim. Gastamos de três a seis horas na praia diariamente.

 

Corridas, abdominais e flexões também fazem parte do treinamento. As praias são quase sempre desertas, o que ajuda a ficar mais concentrado nos treinos. Também fazemos uma dieta muito boa, rica em frutas, carboidratos etc.

 

Tenho descansado bastante também, que é o mais importante. Durmo cedo e no mínimo por oito horas

 

E o circuito mundial 2007?

 

Se Deus quiser vou participar de todas etapas. Quero muito! Meu objetivo principal é correr todas etapas e terminar o ranking entre os cinco melhores do mundo.

 

É possível viver como bodyboarder?

 

Eu posso dizer que vivo como bodyboarder, mas não do bodyboard. É difícil, é um desafio que vivo diariamente em busca do sucesso.
 
Qual papel da família na carreira?


Não estaria onde estou se não fossem eles. São minha base, a quem devo muito do que recebi. Um dia eles serão recompensados

 

Depois de tudo que conquistou, qual seria seu sonho ou grande objetivo a ser realizado?

 

Sonho em viver 100% do bodyboard e ter todas despesas pagas por um patrocinador. O objetivo a ser realizado é o título mundial.

 

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