O peruano Alvaro Malpartida, 30 anos, é o novo campeão do Maui and Sons Arica World Star Tour apresentado pela Monster Energy e pela Sony. Na bateria final, ele bateu o defensor do título da etapa do ASP 3 Star do Chile, Anthony Walsh, 30, da Austrália.
A vitória foi garantida com a nota 6,67 da sua última onda surfada nos tubos de El Gringo, que virou o placar para 13,00 a 11,50 pontos. O peruano faturou o prêmio máximo de US$ 8 mil e saltou da 319.a para a 125.a posição no ASP World Ranking com os 750 pontos do título em Arica.
O australiano ganhou US$ 4 mil e marcou 563 pontos pelo vice-campeonato, subindo do 208.o para o 122.o lugar no ranking mundial unificado da ASP.
“Esta onda (El Gringo) é a que eu mais gosto no mundo”, afirmou Alvaro Malpartida. “A verdade é que eu não tenho palavras para descrever o que estou sentindo agora, mas é um dos melhores dias da minha vida. É incrível ganhar um campeonato com tubos como estes e bater o Anthony (Walsh), que é um mestre em ondas grandes, depois de ele ter vencido o Gabriel (Villaran), que também é um monstro nessas esquerdas. Teve o Marco Giorgi ainda muito bem e outros que surfaram altas ondas nessa semana. Também fiquei realmente emocionado com o carinho das pessoas aqui gritando pra mim: ‘Vamos Alvaro’. Obrigado a todos”.
O campeão surfou ótimos tubos nas três baterias que disputou nas séries de 4-6 pés do sábado decisivo em El Gringo.
Nas quartas de final, fez o maior placar do último dia para derrotar a grande surpresa do Desafio de Arica esse ano, o brasileiro Igor Moraes, de apenas 16 anos de idade.
O peruano ganhou nota 9,7 em sua melhor onda e totalizou imbatíveis 18,07 pontos de 20 possíveis com o 8,37 recebido no outro bom tubo surfado na bateria.
Depois, Malpartida enfrentou o uruguaio Marco Giorgi, 25 anos, que tinha surfado um tubaço sensacional nas quartas de final que mereceu a maior nota do dia: 9,83.
Foi quando ele tirou o último chileno da disputa do título, o nota 10 da sexta-feira, Manuel Selman, 24. O uruguaio também pegou um tubão nota 9,53 contra Alvaro Malpartida na semifinal, mas faltou outra onda consistente para somar no resultado.
O peruano ganhou a última vaga na grande final com notas 7,83/7,23/8,13 em três tubos seguidos, vencendo o duelo mais disputado do dia por 15,96 a 14,36 pontos.
Na grande final, Anthony Walsh também surfou a melhor onda e igualmente ficou precisando de uma segunda nota boa para somar com o 7,5 desse tubo.
Mesmo assim, o australiano estava confirmando o bicampeonato no Chile, até a virada de Alvaro Malpartida com a nota 6,67 da sua última apresentação na bateria. O peruano já tinha um 6,33 em outro tubo mais rápido e atingiu exatos 13 pontos para superar os 11,50 de Anthony Walsh.
“Estou feliz por ter chegado em mais uma final aqui e o segundo lugar é um bom resultado também”, disse Anthony Walsh. “Feliz também pelo Álvaro (Malpartida), que tinha se ferido e mereceu conquistar o título na final. Em uma onda como essa, você já sabe que sempre pode sair com um corte, machucado ou ferido, porque é bem perigosa mesmo”.
Esta foi a segunda vitória de um peruano nas ondas desafiadoras de El Gringo. A outra foi conquistada em 2009 por Gabriel Villaran, 28 anos, última vítima do australiano no sábado. Os dois se enfrentaram nas semifinais e Anthony Walsh levou a melhor por uma pequena diferença no placar encerrado em 11,87 a 11,50 pontos.
Villaran dividiu o terceiro lugar no pódio com o uruguaio Marco Giorgi, com cada um recebendo US$ 2.3 mil e 422 pontos.
Eliminados nas quartas de final que abriram o sábado, os brasileiros Igor Moraes, 16 anos, e Yan Daberkow, 18, o chileno Manuel Selman, 24, e o peruano Martin Jeri, 18, terminaram em quinto lugar com US$ 1.5 mil e 316 pontos.
O número de seis países diferentes entre os oito finalistas de uma etapa do ASP World Star é inédito na história do Circuito Mundial. O fato foi destacado pelo Tour Manager da ASP, Al Hunt.
Aliás, o dirigente australiano já havia alertado que na sexta-feira o Maui and Sons Arica World Star Tour também registrou um recorde histórico das séries qualificatórias para a divisão de elite do ASP World Tour.
Segundo Al Hunt, foi a primeira vez que a fase dos dezesseis finalistas foi disputada por surfistas de oito países diferentes como aconteceu em Arica, com representantes dos Estados Unidos, Austrália, Havaí, Brasil, Chile, Peru, Uruguai e Equador.
O Maui and Sons Arica World Star Tour apresentado pela Monster Energy e Sony também foi válido como a quarta etapa do ASP South America Surf Series 2013. Este circuito define o campeão sul-americano profissional da temporada e é formado pelos resultados das etapas do ASP Prime e ASP Star realizadas na América do Sul, organizadas pelo escritório regional da ASP South America.
A abertura do calendário 2013 aconteceu na estreia do Rip Curl Pro Argentina em Mar del Plata, que foi vencido pelo brasileiro Jihad Khodr. A segunda etapa foi o Quiksilver Saquarema Prime apresentado pela Coca-Cola nas grandes ondas da praia de Itaúna, Saquarema (RJ), onde o campeão foi o australiano Mitchel Coleborn.
Por não ser da América do Sul, ele não participa do ranking sul-americano. Depois vieram as duas etapas seguidas agora no mês de junho.
Na semana passada, aconteceu mais uma estreia no calendário da ASP South America, o Rip Curl Pro Piedras Negras Ilo Moquegua no Peru que terminou com vitória do argentino Santiago Muniz. E no Maui and Sons Arica World Star Tour apresentado pela Monster Energy e Sony deu Peru no alto do pódio, com Alvaro Malpartida impedindo o bicampeonato do australiano Anthony Walsh na grande final.
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Resultado do Maui and Sons Arica Pro 2013
1 Alvaro Malpartida (Per)
2 Anthony Walsh (Aus)
3 Gabriel Villaran (Per)
4 Marco Giorgi (Uru)
5 Yan Daberkow (Bra)
5 Martin Jeri (Per)
5 Manuel Selman (Chi)
5 Igor Moraes (Bra)
ASP World Ranking depois de 15 etapas (4 do WCT, 2 Prime e 9 do ASP Star)
1 Kelly Slater (EUA) – 20.000 pontos
2 Adriano de Souza (Bra) – 19.843
3 Jordy Smith (Afr) – 17.200
4 Joel Parkinson (Aus) – 17.080
5 Josh Kerr (Aus) – 15.525
6 Mick Fanning (Aus) – 14.816
7 Sebastian Zietz (Haw) – 13.734
8 Adrian Buchan (Aus) – 13.675
9 Nat Young (EUA) – 13.086
10 Taj Burrow (Aus) – 12.080
11 Filipe Toledo (Bra) – 12.023
12 Julian Wilson (Aus) – 11.505
13 C. J. Hobgood (EUA) – 11.177
14 Gabriel Medina (Bra) – 10.725
15 Michel Bourez (Tah) – 10.500
16 Jeremy Flores (Fra) – 10.400
17 Mitchel Coleborn (Aus) – 9.666 – 1.o do G-10
18 Raoni Monteiro (Bra) – 8.875 – 2.o do G-10
19 Matt Wilkinson (Aus) – 8.843 – 3.o do G-10
20 Kolohe Andino (EUA) – 8.794
21 John John Florence (Haw) – 8.500
22 Dusty Payne (Haw) – 7.888 – 4.o do G-10
23 Dion Atkinson (Aus) – 7.596 – 5.o do G-10
24 Willian Cardoso (Bra) – 7.540 – 6.o do G-10
25 Marc Lacomare (Fra) – 7.420 – 7.o do G-10
26 Glenn Hall (Irl) – 7.344 – 8.o do G-10
27 Brett Simpson (EUA) – 7.180
28 Aritz Aranburu (Esp) – 6.840 – 9.o do G-10
29 Adam Melling (Aus) – 6.450 – 10.o do G-10
30 Alejo Muniz (Bra) – 6.253 pontos
32 Jadson André (Bra) – 5.970
43 Simão Romão (Bra) – 3.404
46 Caio Ibelli (Bra) – 3.303
54 Bernardo Pigmeu (Bra) – 2.400
61 Gabriel Villaran (Per) – 1.930
63 Wiggolly Dantas (Bra) – 1.830
64 Jessé Mendes (Bra) – 1.814
67 Ricardo dos Santos (Bra) – 1.752
70 David do Carmo (Bra) – 1.685
71 Jean da Silva (Bra) – 1.680
72 Santiago Muniz (Arg) – 1.679
74 Bino Lopes (Bra) – 1.625
75 Heitor Alves (Bra) – 1.618
77 Manuel Selman (Chi) – 1.553
79 Tomas Hermes (Bra) – 1.543
81 Peterson Crisanto (Bra) – 1.508
84 Leandro Usuña (Arg) – 1.489
88 Marco Fernandez (Bra) – 1.438
97 Alex Ribeiro (Bra) – 1.323
100 Messias Felix (Bra) – 1.267