CI Surfboards

Máquina de competição

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A prancha ajudou a levar Jessé Mendes ao alto do pódio no Japão. Foto: © WSL / Robertson.

 

O modelo Fever, da CI Surfboards, não é uma prancha para iniciantes, pois pede um surfe vertical e rápido.

Quer uma prancha que se encaixe na maior parte das ondas do QS? Essa pode ser uma ótima opção. Deve ser por conta disso que Jessé Mendes optou por ela na etapa do Japão. Deu certo, ele venceu.

O modelo Fever vai bem em ondas de beachbreak ou pointbreak de 2 a 6 pés, contanto que não sejam muito fortes e/ou pesadas. A prancha surgiu de um mix de características que agradavam ao team rider Pat Gudauskas e o shaper Mike Andrews.

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Verticalidade, mesmo em espaço curto. Essa é uma ótima característica do modelo e, claro, do surfe do Jessé Mendes. Foto: © WSL / Robertson.

 

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Veja que no padrão normal desse modelo, as medidas seriam 5’11” X 18 7/8″ X 2 3/8 > 27,9 litros, mas, no caso da prancha usada por Jessé Mendes para vencer no Japão, há algumas peculiaridades:

 

“Essa prancha é um pouco diferente, mas é meio a Rook 15, que eu gosto. Não que ela seja mais para marola, mas é que ela tem um pouco menos de curva, uma rabeta e o bico um pouco mais largos. Bem pouco, mas dá uma diferença legal. Então ela é algo entre uma maroleira e uma prancha do dia a dia. E como estava achando minhas maroleiras soltas demais, falei com o shaper e ele achou legal testar essa e ficou animal”, explicou Jessé. 

“Peguei as medidas da minha Rook 15: 6′ X 18 7/8 X 2 5/16. A maioria da galera costuma usar uma polegada menor. Mas vi que o Mineiro está fazendo umas desse modelo para Fiji. Ouvi dizer que estão funcionando muito bem, até porque são bem seguras. Como elas têm menos curva, se a onda não estiver muito buraco ela deve ficar mais fora d’água, flutuar mais, sem precisar uma onda tão pocket. O Pat Gudauskas, que desenvolveu essa prancha com o Andrews, disse que usou no Hawaii e a prancha crava e é boa para caramba”, finalizou.

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Uma merrequeira alongada, feita para gerar velocidade sem perder a linha, mesmo em ondas menores. A prancha foi projetada para funcionar com três quilhas. Parece adequada à rabeta round squash estreitada. Sem exageros, bem equilibrada. Sua característica mais agressiva é o single concave, o que indica a necessidade de uma pisada forte. Foto: Divulgação.

 

Exemplificando – As bordas suaves, curva de fundo contínua, rocker tranquilo, tanto no bico quanto na rabeta, e concave extenso, tudo isso permite que você se posicione sobre a prancha de maneira confortável, ou seja, não precisa pisar exatamente num ponto X. Por isso ela permite que você arrume uma manobra no meio do caminho, mesmo que tenha dado aquela enganchadinha no começo.

O outline um pouco mais paralelo do que as pranchas para ondas pequenas e o clássico bump (wing disfarçado) das Al Merricks, na frente das quilhas, para criar um round squash mais estreito, tornam a prancha bem veloz, sensível e segura. Isso tudo é potencializado pelo ponto mais largo da prancha do meio para trás e um single concave um tanto agressivo. O bico fica mais pontiagudo. Essas características que acabei de citar podem encrencar a vida de alguém sem tanta flexibilidade e/ou habilidade para tirar o que a prancha oferece de melhor.

Projetada para funcionar como triquilha, a pranchinha apresenta grande potencial de gerar velocidade, sem perdê-la ao executar curvas mais fechadas. Tipo de modelo que se encaixa ao surfe de muita gente, até porque a distribuição do foil atende tanto a goofies quanto regulars.