A coleção outono/inverno 2003 da Maresia Girls foi bolada com base em muita pesquisa, pois a marca atende garotas de todo o Brasil.
A responsável pelo desenvolvimento da coleção é a designer Uda Martins, que cria as peças direto do setor de desenvolvimento de produtos da fábrica, localizada no Ceará (CE).
“Buscar informação é fundamental
para nos manter atualizados dos desejos e necessidades de nosso público-alvo. Além de ficarmos antenados com o que vai rolar no futuro”, explica.
Segundo Uda, o trabalho de desenvolvimento dos produtos começa nove meses antes de sua chegada às lojas.
A designer costuma visitar surf shops do segmento, campeonatos e shows para observar o momento do life style, comportamento, roupas e marcas que a galera usa. “Após armazenar essas informações, é a vez de reunir os departamentos de marketing e comercial para traçar as metas da coleção”, comenta.
Para o inverno, de acordo com Uda, a maior tendência seguida é valorizar o conforto, praticidade e durabilidade dos produtos.
“Mas não podemos esquecer as tendências mundiais que norteiam cartela-de-cores, estampas, tecidos, aviamentos, entre outros. Selecionamos o melhor e adaptamos ao nosso público-alvo”, afirma a estilista.
A coleção de outono/inverno da Maresia Girls foi construída a partir de experiências anteriores e enriquecida por inovações e mudanças, traduzindo-as para a linguagem dos tecidos tecnológicos com misturas de fibras naturais, sintéticas e artificiais.
Como destaque estão as peças procuram valorizar o visual, com caimento perfeito e acabamento especiais. Os aviamentos são funcionais com motivos florais exclusivos.
A cada coleção são criados novos acessórios e aviamentos: botões, etiquetas, puxadores, reguladores, elásticos, zíperes, peças de nylon, tags e embalagens. Todos possuem design diferenciados e funcionais, que buscam transmitir a personalidade da marca.
A coleção também é composta por peças leves, pois na região nordeste é verão o ano inteiro.
“Nosso trabalho é muito minucioso, pois atendemos dois mercado bastantes distintos: Norte, Nordeste e Centro-Oeste; e Sul e Sudeste”, explica ela.
O carro-chefe são justamente as linhas que caracterizam os esportes radicais, como boardshorts, regatas, t-shirts, baby look, jaquetas, agasalhos e moletons (peças mais tradicionais e requisitadas pelo consumidor final).
“É necessário que cada região seja bem definida para que possamos adequar o produto de acordo com as características específicas”, conta Uda, que costuma visitar diversas cidades de cada região para se antenar do que está rolando.
“Não podemos fazer uma coleção de inverno somente com jaquetas, moletons e agasalhos. Nem tão pouco só com shortinhos, regatas e blusinhas. Além de desenvolver produtos diferentes para cada região, criamos produtos que têm boa aceitação em todo Brasil, desde capitais de grandes centros urbanos, como nas cidades do interior mais distantes”.