Miguel Pupo

Top quer eficência em J-Bay

Miguel Pupo.

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Representante dos brasileiros no conselho da WSL, Miguelito quer medidas concretas para preservar a integridade dos surfistas. Foto: Kelly Cestari.

 

Miguel Pupo tem apenas 24 anos, mas já pode ser considerado um “veterano” na elite mundial de surf. Ingressou no Tour no meio de 2011, junto com Gabriel Medina e John John Florence, e hoje é o representante dos brasileiros no Conselho da WSL – World Surf League.

Para a sexta etapa do Circuito, que começa dia 6, em Jeffreys, na África do Sul, o surfista divide a expectativa de uma boa atuação nas longas direitas, com a preocupação em relação aos ataques de tubarões.

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Miguel tem apenas 24 anos, mas já soma quase seis temporadas no Tour. Foto: Daniel Smorigo.

“A expectativa é sempre boa, melhor agora, depois de duas semanas em casa, trabalhando o físico, mental e a alimentação. Gosto da onda, acho que aquelas paredes longas favorecem o meu surf e tenho de tirar proveito disso. Espero que seja um bom evento e dê altas ondas”, afirma o atleta de Maresias, atual 22º no ranking.

 

Sobre os tubarões, Miguel não esconde o medo de ataques. “Tubarão sempre é um medo na Austrália e África. As últimas notícias que recebemos é que vamos ter vários dispositivos para detectar e espantar tubarões, mas somente durante as baterias. O que me preocupa mais, pois parece que não estão realmente preocupados com a integridade dos atletas e só estão tomando precauções para que nada aconteça ao vivo. Espero que o foco mude nos próximos anos”, enfatiza o representante dos surfistas brasileiros no WCT. 

 

Polêmicas e preocupações à parte, Miguel segue confiante em uma ascendente no Circuito nesse segundo semestre, demonstrando muita animação. “Estou feliz de conseguir me encontrar como competidor novamente e como consequência, os resultados virão. Então é só questão de tempo”, afirma o surfista, quinto colocado na etapa do Rio, 13º em Fiji, Margaret e Bells Beach (ambas na Austrália) e tendo como pior resultado a 25ª posição na Gold Coast.

 

Em sua trajetória na carreira, Miguel tem como principal orientador o seu pai, Wagner Pupo, experiente surfista, que já foi grande destaque no cenário nacional (recordista de participações entre os top 16 do Circuito Brasileiro). Além de técnico, “Vala” também é o shaper do filho, produzindo as pranchas utilizadas nas disputas. “Meu pai foi o meu técnico desde sempre e hoje pode se dizer que tenho ele mais como conselheiro, shaper e amigo. Que é melhor ainda. Nossa relação melhorou demais nesses dois últimos anos e me deixa muito feliz”, comenta.

 

“Como shaper, a gente vem se encontrando e finalmente chegamos a uma fórmula que funciona para mim. Agora todas as pranchas são boas ou mágicas”, elogia. “Na carreira de um atleta de alta performance, isso é essencial. Só tenho de agradecer a Deus por ter um pai e uma família que respira surf”, conclui.

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Paulista atualmente ocupa a 22º colocação no ranking da WSL e busca um bom resultado em J-Bay para subir algumas posições. Foto: Daniel Smorigo.

 

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