Rip Curl Search

Medina é fogo

Gabriel Medina, Rip Curl Pro Search 2011, Ocean Beach, San Francisco, Califórnia (EUA)

Gabriel Medina espanca direitas para vencer Rip Curl Pro Search em Ocean Beach, San Francisco (EUA). Foto: © ASP / Kirstin.

Com apenas 17 anos e em sua quarta participação como top da elite mundial, o paulista Gabriel Medina voltou a fazer história ao subir ao topo do pódio do Rip Curl Pro Search, etapa do World Tour encerrada nesta segunda-feira, em ondas de 1 metro e séries maiores em Ocean Beach, San Francisco (EUA).

 

Clique aqui para ver o vídeo das finais

 

Clique aqui para ver as fotos de Medina

 

Clique aqui para ver a entrevista

 

Pela segunda vez na carreira, Medina desbancou todos os adversários para erguer o cheque de US$ 75 mil.

 

É a primeira vez que o Brasil conquista três vitórias consecutivas na elite mundial. Foto: Ader Oliveira.

Na decisão, ele espancou as direitas com belas patadas de backside para disparar na frente com 7.50 e 9.00, deixando o australiano Joel Parkinson em situação complicada.

Parko esboçou reação com uma direita avaliada em 6.90, mas não conseguiu impedir mais uma vitória espetacular do garoto brasileiro.

 

É a primeira vez na história que o Brasil conquista três títulos consecutivos no World Tour. Antes de vencer em San Francisco, Medina havia dominado a etapa na França e Adriano de Souza levou a prova em Peniche, Portugal.

 

“Eu nem sei dizer o que estou sentindo, nem sei o que fiz lá”, disse Gabriel Medina, logo que chegou ao pódio. “Estou apenas procurando me divertir no ASP Tour e esta já é minha segunda vitória em quatro etapas. Está sendo incrível tudo isso e só posso dizer que estou muito feliz. Foi muito bom fazer uma final com o Parko (Joel Parkinson), ele é um dos meus surfistas favoritos e eu só procurei fazer o meu melhor nas ondas”

 

Para chegar à final, Medina teve uma trajetória muito parecida com sua campanha na França, onde conquistou sua primeira vitória no Tour.

Depois de perder para Slater na quarta fase, novamente com notas bastante contestadas pelo público, ele reagiu na repescagem, desta vez contra o australiano Matt Wilkinson, derrotado pelo apertado placar de 13.93 a 13.70 numa bateria definida nos instantes finais.
 

Escovada no careca Em seguida, Gabriel voltou a enfrentar o maior surfista da história. Desta vez o duelo foi mais tenso, com poucas ondas de qualidade.

 

A virada veio nos minutos finais, quando o brasileiro pegou uma esquerda da série, atacou o lip com velocidade para aplicar uma segunda manobra e acertou um aéreo muito alto na junção, recebendo 8.50 dos juízes.

 

Coincidentemente, ele repetiu a semifinal da França contra outro veterano, Taylor Knox, e ditou o ritmo no outside. Com um surf ousado nas esquerdas, Gabriel abriu vantagem no placar com 6.83 e 7.67, para depois disparar de vez com 8.83 e 8.50.

Em situação complicada, Taylor somou 5.50 e conseguiu um belo tubo na última onda para somar 8.77 e sair da “combination”.

 

“Foi muito difícil competir com o Taylor (Knox) e com o Kelly (Slater), que eu consegui vencer de novo e estou muito feliz por isso. Quero agradecer todo o suporte dos brasileiros que vieram na praia todos os dias para torcer por nós e também todos que ficaram torcendo do Brasil. Gostei bastante daqui, é um pouco frio, mas as ondas bem divertidas e foi incrível vencer de novo”?, comemora Medina.

 

##

Alejo Muniz chega muito perto da decisão. Foto: © ASP / Cestari.

Alejo bate na trave Na outra semifinal, Alejo Muniz e Joel Parkinson travaram um duelo emocionante. A disputa foi equilibrada do início ao fim e decidida por poucos décimos.

 

Clique aqui para ver o vídeo das finais

 

Clique aqui para ver as fotos de Medina

 

Clique aqui para ver o entrevista

 

O brazuca tinha 7.17 na melhor onda, contra 7.37 e 7.00 de Parko. Precisando de 7.21 para virar, ele acertou um aéreo double grab muito alto e colocou pressão nos juízes.

Medina é só alegria com o troféu do Rip Curl Pro Search. Foto: Ader Oliveira.

Porém, Parko respondeu com um tubo e uma rasgada. A onda do brasileiro foi avaliada em 7.17, enquanto o aussie teve 7.60 e confirmou a segunda vaga na final, impedindo um confronto verde-amarelo em San Francisco.

 

“Estou triste por não ter novamente feito a final”, diz Alejo, que também parou na semi em New York. “Sinto que meu surf está lá e estou pronto, mas não aconteceu de novo. Beleza… É outro bom resultado para mim e Joel estava surfando muito bem. Continuo tendo muito o que aprender, mas sei que vou seguir evoluindo”, diz Alejo.

 

Antes de bater na trave na semi, Alejo havia derrotado o californiano Brett Simpson em outra batalha emocionante, vencida pelo surfista de Bombinhas por 13.83 a 11.83 pontos.

 

Resultado do Rip Curl Pro Search 2011


1 Gabriel Medina (Bra)

2 Joel Parkinson (Aus)

3 Alejo Muniz (Bra)

3 Taylor Knox (EUA)

5 Kelly Slater (EUA)

5 Josh Kerr (Aus)

5 Kieren Perrow (Aus)

5 Brett Simpson (EUA)

9 Miguel Pupo (Bra)

13 Adriano de Souza (Bra)

13 Raoni Monteiro (Bra)

25 Jadson André (Bra)

 

Ranking do World Tour 2011

 

1 Kelly Slater (EUA) – 63.350

2 Joel Parkinson (Aus) – 48.600

3 Owen Wright (Aus) – 47.900

4 Adriano de Souza (Bra) – 43.700

5 Taj Burrow (Aus) – 42.200

6 Josh Kerr (Aus) – 37.750

7 Jordy Smith (Afr) – 37.000

8 Julian Wilson (Aus) – 35.850
9 Michel Bourez (Tah) – 32.650

10 Alejo Muniz (Bra) – 31.850

11 Mick Fanning (Aus) – 31.700

12 Jeremy Flores (Fra) – 28.200

13 Damien Hobgood (EUA) – 26.950

14 Adrian Buchan (Aus) – 26.000

14 Bede Durbidge (Aus) – 26.000

16 Heitor Alves (Bra) – 24.900

18 Gabriel Medina (Bra) – 23.500

21 Jadson André (Bra) – 21.400

28 Raoni Monteiro (Bra) – 15.200

35 Miguel Pupo (Bra) – 6.750

Exit mobile version