J-Bay Open

Medina extrapola

Gabriel Medina , J-Bay Open 2015, Jeffreys Bay, África do Sul.

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Gabriel Medina arrepia na terceira fase do J-Bay Open 2015. Foto: Divulgação / WSL

 

A terceira fase do J-Bay Open 2015 foi concluída nesta terça-feira, em boas ondas de meio a 1 metro em Jeffreys Bay, África do Sul.

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Os brasileiros novamente fizeram bonito, com destaque para a incrível atuação do campeão mundial Gabriel Medina, autor de notas 19.07 pontos em 20 possíveis.

O dia já começou com Wiggolly Dantas despachando o australiano Joel Parkinson. A bateria chegou a ser reiniciada pela falta de ondas. Com um backside muito bem encaixado em J-Bay, Guigui nas ondas que quebravam mais ao inside e somou notas 8.33 e 6.80 para garantir a vitória e deixar Parko a 8.63 da classificação. O australiano caiu ao chutar a rabeta na finalização da sua melhor onda e teve muita dificuldade para entrar em sintonia com J-Bay, onde venceu o seu primeiro evento no tour em 1999, disputando a prova como convidado.

“Apenas me manti focado e procurei pegar as maiores ondas. Sei que Parko surfa esta onda muito bem. Ele tem vindo aqui por 15 anos. Eu sou novato e só quero fazer o meu melhor e pegar as melhores ondas, e estou muito feliz por passar”, falou Guigui.

Parko, que também perdeu para Wiggolly no início do ano, em Snapper Rocks, lamentou mais uma derrota para o algoz. “Há sempre um vencedor e um perdedor, mas não houve muita oportunidade. É um pouco frustrante pensar que estou no meio do tour e sinto que deveria estar muito mais na frente. Nada contra Wiggolly, mas eu gostaria de enfrentá-lo em um Trestles consistente ou algo assim”, desafiou o australiano.

No duelo seguinte, Adriano de Souza deu o troco no californiano Dane Reynolds, que havia eliminado o líder do ranking mundial na prova anterior, em Fiji. Desta vez, o brasileiro foi melhor e descolou 6.17 e 7.00, contra 6.97 e 4.93 do adversário.

Adriano abriu bem a bateria e chegou a ser ameaçado pelo californiano na reta final. Depois de conseguir a sua melhor nota no inside, Reynolds investiu em outra onda no caminho de volta, mas caiu na finalização. Nos instantes finais, o brasileiro passou a vigiar o adversário e a última série surgiu. Adriano foi na primeira e somou apenas 4.57. A expectativa era de que Reynolds viesse na onda seguinte, mas o californiano abriu mão e apostou em outra melhor. O flat tomou conta do pico e a vitória ficou mesmo com o líder do tour.

“Todo dia é diferente e você tem que se preparar para qualquer condição. Queria competir ontem em condições incríveis, mas surfei cedo esta manhã e tentei. Percebi que as séries estavam monótonas e que eu teria de tentar colocar pressão nele (Reynolds), então foi o que fiz e funcionou. Estou feliz por avançar e muito instigado para este campeonato. Estou preparado para J-Bay. Vim 10 dias antes e trabalhei muito duro. Os resultados agora estão indo bem e mostrando que tenho continuar no jogo e manter a minha estratégia. Espero sair com um bom resultado, é o que estou buscando aqui”, revela Adriano.

Na quarta bateria do dia, Gabriel Medina lembrou as ótimas performances que o levaram ao título mundial em 2014. O australiano Matt Wilkinson chegou a sair na frente com 6.50, mas Medina respondeu com 9.47 depois de acertar uma batida e dois aéreos rodando.

Não demorou muito para o australiano colocar pressão no brazuca com 9.57, mas o campeão mundial não se intimidou e mandou 9.07 numa onda em que Wilko tinha a prioridade e deixou passar, armando uma parede limpa para o brasileiro mais ao inside.

Nos instantes finais, o australiano buscava 8.97 e tinha a prioridade. Uma pequena onda veio e Matt Wilkinson deixou o caminho livre para Medina se despedir da bateria em grande estilo. O brasileiro mandou duas batidas e surpreendeu a galera ao finalizar com um aéreo rodando muito alto. Os juízes deram 9.60 ao atleta, que ampliou ainda mais a vantagem sobre Wilko.

“Foi uma bateria muito divertida. Peguei muitas ondas. Este ano tem sido muito complicado para mim e foi bom passar este round 3. Agora é uma fase sem perdedores, então fico mais relaxado. Você pode escolher as suas ondas e fazer as suas coisas. Quero seguir em frente e me manter no jogo”, diz Medina.

Os brasileiros voltaram ao outside para um clássico no último duelo do dia. Vice-líder do ranking, Filipe Toledo chegou a liderar a disputa com notas 8.33 e 8.90, mas viu o amigo Alejo Muniz, que tinha 8.03 na primeira onda, encontrar uma linda direita e quebrar a onda para somar 9.80. A partir daí, as ondas sumiram e Filipe ficou boiando por cerca de 10 minutos.

“Eu não sei de onde aquela onda veio, mas sabia que seria a única chance eu tinha. Filipe é o melhor surfista no momento. Ele não precisa de uma onda grande para fazer notas altas. Por surfar contra ele aqui como convidado, me sinto sortudo. É incrível. No último ano eu aprendi muito e peguei tudo o que aprendi e coloquei no QS, que é o meu objetivo principal este ano. Estou amarradão por ter mais uma oportunidade de passar algumas baterias aqui”, comemora Alejo.

Quarta fase

1 Adrian Buchan (Aus), Kai Otton (Aus) e Julian Wilson (Aus)
2 Nat Young (EUA), Wiggolly Dantas (Bra) e Adriano de Souza (Bra)
3 Mick Fanning (Aus), Gabriel Medina (Bra) e Kelly Slater (EUA)
4 Keanu Asing (Haw), Michel Bourez (Tah) e Alejo Muniz (Bra)

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