Rip Curl Pro

Medina no centro da Europa

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Gabriel Medina (à dir.) ao lado dos companheiros de equipe Mick Fanning e Owen Wright durante a primeira entrevista coletiva da carreira. Foto: Alexandre Versiani.

Na saída ele atende a todos com muita simpatia, mas confessa ter ficado nervoso. Foto: Alexandre Versiani.

Kelly Slater ao lado do presidente da Câmara de Peniche Antonio José Correia: ele não deve pendurar a lycra em 2012. Foto: Alexandre Versiani.

O brasileiro Gabriel Medina foi convidado nesta sexta-feira para participar da coletiva de imprensa que reúne jornalistas do mundo inteiro e antecede o Rip Curl Pro, nona etapa do World Tour 2011.

 

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Ao lado de Kelly Slater, Mick Fanning, Owen Wright e Tiago Pires, o atleta de 17 anos atendeu dezenas de repórteres que compareceram ao moderno e ainda não inaugurado Centro de Alto Rendimento de Surf em Peniche, Portugal.

 

Australianos, norte-americanos e principalmente os portugueses, fanáticos pelo surf, queriam saber um pouco mais sobre o fenômeno brasileiro que venceu a última etapa do tour de maneira avassaladora em Hossegor, França.

 

Apesar de não manter com as palavras a mesma naturalidade que possui com as ondas, o brasileiro esbanjou simpatia e chegou a arrancar risadas dos jornalistas quando agradeceu um elogio feito pelo repórter.

 

“Foi minha primeira coletiva. Fiquei muito nervoso. É mais fácil enfrentar os tops do circuito do que responder estas perguntas”, confessa Medina.

 

Medina também teve que revelar a todos qual a sensação de derrotar Kelly Slater e ainda respondeu à altura quando um repórter lhe perguntou se ele está preparado para Supertubos.

 

“Ganhar do Kelly sempre foi um sonho, antes apenas imaginava competir contra ele. Tivemos dois confrontos, um ele ganhou e o outro, que era mais importante, eu levei. Foi um sonho realizado”, diz o paulista, que lembrou a onda de Maresias quando perguntado sobre Supertubos.

 

“Se eu cheguei até aqui é porque estou pronto. Onde eu moro tem uma onda parecida, que quebra bem perto da areia. Já surfei muito lá, então acho que estou pronto”, diz.

 

Kelly Slater Decacampeão mundial, atual campeão da etapa portuguesa e líder do World Tour 2011, o norte-americano Kelly Slater também foi bastante assediado na coletiva.

 

Kelly demonstrou simpatia e respondeu a todos, mas não revelou se continua no tour depois de 2011, apesar de afirmar que o potencial desta nova geração o estimula a seguir com a lycra.

 

“Acho que de tempos em tempos aparecem atletas que puxam nosso limite para cima. Foi assim quando comecei e depois mais umas três ou quatro vezes. Com certeza isso dá motivação para continuar. Aqui em Supertubos, com o swell que está para chegar, qualquer um pode vencer, não há favorito”, comenta Slater.

 

O australiano Owen Wright é o único com condições de tirar o 11º título do norte-americano e revelou não estar nada confortável na segunda colocação.

 

“Confortável estaria se estivesse em primeiro. Não posso me sentir bem com o segundo lugar. Vencer Kelly em Nova Iorque me deu a confiança que precisava. Agora sei que posso chegar ao topo”, afirma Wright.

 

Mick Fanning, campeão da primeira edição do Rip Curl Pro Portugal em 2009, só se manifestou quando perguntado sobre os seus dez anos no tour. Já Tiago Pires revelou competir sem pressão pela vitória desta vez, já que nos outros anos sentiu o peso da torcida ao lado.

 

Chave de bateria Renato Hickel, tour manager da ASP (Association of Surfing Professionals), divulgou em primeira mão a chave de bateria da abertura do Rip Curl Pro 2011. Recuperado de lesão no joelho, Heitor Alves é a boa notícia para o Brasil. O atleta de Fortaleza encara Gabriel Medina e Brett Simpson na nona bateria da primeira fase.

 

Heitor e Gabriel unem-se ao wildcard Bruno Santos e à tropa de elite brasileira que conta com Adriano de Souza, Alejo Muniz, Jadson André, Miguel Pupo e Raoni Monteiro.

 

O francês Jeremy Flores, recuperado de lesão, também está de volta ao tour.

 

A janela de espera para o Rip Curl Pro abre neste sábado e o evento tem até o dia 24 de outubro para acontecer. Estão em jogo US$ 425 mil de premiação total e 10 mil pontos para o campeão no ranking da elite profissional.

 

Primeira fase do Rip Curl Pro 2011 (sujeita a alterações)

 

1 Jeremy Flores (Fra), Matt Wilkinson (Aus) e John John Florence (Haw)   

2 Julian  Wilson (Aus), Jadson André (Bra) e Fredrick Patacchia (Haw)   

3 Taj  Burrow (Aus), Miguel Pupo (Bra) e Adam Melling (Aus)

4 Owen Wright (Aus), Taylor  Knox (EUA) e Daniel Ross (Aus)

5 Jordy Smith (Afr), Patrick  Gudauskas (EUA) e Justin Mujica (Por)

6 Kelly Slater (EUA), Chris Davidson (Aus) e Bruno Santos (Bra)

7 Joel Parkinson (Aus), Raoni Monteiro (Bra) e Tiago Pires (Por)

8 Adriano de Souza (Bra), Bede Durbidge (Aus) e Kieren Perrow (Aus)

9 Gabriel Medina (Bra), Heitor Alves (Bra) e Brett Simpson (EUA)

10 Damien Hobgood (EUA), Adrian Buchan (Aus) e Kai Otton (Aus)

11 Michel Bourez (Tah), Alejo Muniz (Bra) e Dusty Payne (Haw)

12 Mick Fanning (Aus), Josh Kerr (Aus) e Travis Logie (Afr)