SuperSurf Internacional

Medina quebra tudo

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Gabriel Medina dá show na estreia no SuperSurf Internacional no Santinho (SC). Foto: Harleyson Almeida.

Com uma estreia impecável, o paulista Gabriel Medina foi a grande atração no segundo dia do SuperSurf Internacional, etapa de nível 6 estrelas do WQS que rola na praia do Santinho, litoral Norte de Florianópolis (SC).

 

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Nesta quarta-feira, as condições do mar melhoraram bastante e as ondas chegavam a 1,5 metros de face e boa formação.

 

Depois de dominar toda a bateria e abrir boa vantagem sobre os adversários, Medina selou sua belíssima estreia com um tubo de backside que rendeu 9.50 ao atleta.

 

Antes de arrancar dos juízes a melhor nota da competição, o jovem atleta havia obtido 8.93 logo na primeira onda.

 

Raoni Monteiro também joga duro na estreia. Foto: Harleyson Almeida.

“Está bem difícil surfar com esse vento. As coisas foram acontecendo durante a bateria e eu nem esperava por essa onda. Já estava prestes a sair da água, aí, veio aquela direita e vi que ia formar um tubo. Dropei, botei pra dentro e consegui o 9.50, estou amarradão”, comemora Medina.

 

O atleta abriu mão de disputar a etapa do World Junior Tour na Indonésia devido à perna brasileira do WQS.

 

“Seria bem legal se eu tivesse ido, mas aí eu perderia as três etapas do WQS no Brasil. Meu pai (Charles) também achou melhor eu ficar, pois ainda tenho bastante tempo para correr o Pro Junior e este ano a minha meta é o WQS”, revela o atleta.

 

Na mesma bateria, o paranaense Caetano Vargas conseguiu a virada ao somar 7.27, deixando para trás o brasileiro naturalizado sul-africano Antonio Bortoletto e o cearense Adilton Mariano.

Caetano Vargas avança no Santinho e segue na luta pelo Peugeot. Foto: Daniel Smorigo/ ASP South America.

 

Caetano lidera a briga pelo carro Peugeot que será oferecido ao melhor atleta depois das quatro etapas do SuperSurf Internacional.

 

“O prêmio é muito importante, mas ainda tem muita coisa para acontecer. Estamos apenas no início da terceira etapa, então é preciso manter a cabeça no lugar e passar bateria por bateria”, comenta o atleta.

 

Quem também brilhou na estreia foi o carioca Raoni Monteiro. Determinado a retornar à elite mundial, Raoni detonou as ondas do Santinho para somar 8.17 e 6.83 na vitória sobre o pernambucano Alan Donato (2o), o paulista Ricardo Ferreira e o gaúcho Stefano Dornelles.

 

“Inaugurei uma prancha feita pelo Ricardo (Martins), uma 6’0 squash. A prancha ficou muito boa e ainda consegui achar umas direitas abrindo. Fiquei tentando trocar a nota 6.83, mas não deu”, diz Raoni.

 

“Estou deixando rolar. Eu não trabalho sob pressão. Quando já começam a botar pressão na minha cabeça, os resultados não vêm. Sei que preciso fazer mais uns dois resultados bons para me garantir, e é isso que quero. Estou batalhando, testando novas pranchas, e graças a Deus o Ricardo está conseguindo fazer pranchas boas”, continua o atleta.

 

“É muita pressão – mídia, família, patrocinadores, amigos, todo mundo querendo que você volte ao World Tour. É difícil pra caramba, mas estou lutando e sei que eu posso. Estou bem fisicamente, mentalmente, minhas pranchas estão boas e estou aí para fazer resultado”, encerra o ex-top da elite mundial.

 

Outro que surfou muito bem em sua primeira participação na prova foi o baiano Rudá Carvalho. Mesmo com torcicolo, o atleta de Ilhéus conseguiu arrepiar as direitas do Santinho.

 

“Caí de mal jeito ontem, ao acertar uma batida chutando na junção. Meu pescoço doeu muito e tive até dificuldade para respirar. Saí do mar muito nervoso, afoito, sem saber o que havia acontecido. Nem treinei hoje cedo e tive dificuldade para competir, pois não conseguia cavar de backside e nem girar muito nos aéreos”, afirma o atleta, autor de 6.83 numa rasgada sensacional e 6.37 em outra direita atacada com uma rasgada e uma batida na junção.

 

Em segundo lugar ficou o carioca Leandro Bastos, que acertou uma cacetada de backside impressionante numa junção para arrancar 7.83 dos juízes e complicar as situações de Beto Mariano e Hizunomê Bettero.

 

Vindo de duas vitórias consecutivas na perna europeia, na Espanha e Portugal, o cearense Heitor Alves escapou do ataque dos baianos Dennis Tihara (1o) e Heloy Júnior (3o), que precisava de 5.57 para virar e foi infeliz nas tentativas.

 

“O importante agora era passar a bateria. Concentrei em fazer duas ondas e deu certo. Meu objetivo aqui é tentar vencer esta etapa, porque acho que com mais uma vitória posso até confirmar de vez minha vaga. Estou confiante, a prancha está boa e quero tentar mesmo garantir minha classificação nestas três etapas do Brasil”, disse Heitor à assessoria de imprensa da ASP South America.