Billabong Rio Pro

Meninas dão show

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Tyler Wright vence Colgate Plax Girls Pro 2013 na Barra da Tijuca (RJ). Foto: © ASP / Kirstin.

Uma final australiana fechou o Colgate Plax Girls Rio Pro no sábado de praia lotada no Postinho, Barra da Tijuca (RJ). Foi a quarta decisão de título de Tyler Wright nas cinco etapas do ASP Womens Tour completadas no Rio de Janeiro e a segunda vitória dela, que realmente foi a melhor surfista nas ondas da capital carioca.

 

Nas seis baterias que disputou fez os quatro maiores placares nos dois dias da competição feminina no Postinho. Na semifinal, atingiu 17,94 pontos de 20 possíveis e na última bateria registrou 17,80 para bater a defensora do título da etapa brasileira do WCT, Sally Fitzgibbons, e reassumir a liderança do ranking mundial.

“Estou muito feliz, porque consegui surfar muito bem o evento todo”, disse Tyler Wright. “Eu só tinha resultados ruins aqui no Rio e dessa vez foi diferente. Infelizmente é a primeira vez que minha família não está comigo, mas espero que eles tenham me visto de casa e quero agradecer toda a torcida aqui no Rio de Janeiro pelo apoio”.

A nova campeã nas ondas da Cidade Maravilhosa ainda falou sobre a final e a disputa pelo título mundial da temporada 2013. “Eu gosto de surfar as baterias assim, pegando o máximo de ondas que eu puder e ir melhorando a cada onda surfada. Ontem (sexta-feira) eu perdi uma bateria pegando poucas ondas e isso me deixou bastante irritada. Sobre o título mundial, eu procuro fazer minha parte, então não sinto nenhuma pressão em estar na frente. Ainda temos mais campeonatos pela frente e eu só quero surfar o melhor possível nas baterias”.

A grande final da etapa brasileira foi uma reedição da que abriu a temporada na Gold Coast, Austrália, onde Tyler também venceu Sally como aqui no Rio de Janeiro. Ela escolheu as direitas para apresentar o seu arsenal de manobras modernas de frontside, atacando as ondas com força e velocidade para arrancar as maiores notas dos juízes.

 

Ela já começou a bateria com um aéreo, mas a vitória foi conquistada com as notas 9,3 e 8,5 recebidas com uma série de duas manobras nas melhores ondas que entraram nos 30 minutos de duração da decisão do título do Colgate Plax Girls Rio Pro. Fitzgibbons preferiu as esquerdas para usar a força do seu backside e conseguiu boas notas, como as 8,17 e 7,50 das suas duas melhores ondas.

“Fiquei feliz em ter feito a final aqui no Rio de novo, desta vez com a Tyler (Wright)”, falou Sally Fitzgibbons. “Nós somos da mesma região lá na Austrália, treinamos nas mesmas ondas e sei o quanto ela está surfando bem, o quanto seria difícil vencê-la. Então parabéns pra ela pela vitória e também queria agradecer toda a torcida na praia. Eles têm me dado um apoio enorme gritando meu nome e isso me empolga bastante. Foi incrível passar essa semana aqui no Rio e ano que vem estarei aqui com certeza”.

Para Tyler, só a vitória poderia lhe devolver a ponta do ranking, perdida para Carissa Moore na segunda final consecutiva que ela perdeu para a havaiana nas etapas da Austrália. A disputa pela ponta poderia ter acontecido na final, se Fitzgibbons não tivesse derrotado Carissa de novo nas semifinais como no ano passado. Era o duelo das duas campeãs da etapa brasileira no Rio de Janeiro. Carissa venceu a primeira edição em 2011 e Sally a de 2012, contra outra havaiana, a Coco Ho. Agora foi a vez de Tyler Wright fazer a festa no alto do pódio.

“Competição é assim mesmo, um dia você ganha e outro dia você perde”, disse Carissa Moore. “Mas tudo bem, a Sally (Fitzgibbons) foi muito esperta na bateria e só tenho que dar parabéns a ela pela vitória. Realmente não é o resultado que eu esperava, mas temos mais etapas pela frente para tentar o título mundial ainda”.

Carissa dividiu o terceiro lugar no Colgate Plax Girls Rio Pro com a sul-africana Bianca Buitendag que barrou uma das favoritas ao título nas quartas de final, a norte-americana Courtney Conlogue, que vinha de vitória na etapa realizada antes do Brasil, na Nova Zelândia. Com a derrota, Conlogue perdeu a terceira posição no ranking para Sally Fitzgibbons, com ambas continuando com chances matemáticas de título mundial nas últimas etapas da temporada, previstas para acontecer em julho na França e nos Estados Unidos.

“Queria muito ter ido a final, mas estou feliz assim mesmo”, falou Bianca Buitendag. “Este é o melhor resultado da minha carreira aqui no Rio e estou amarradona em ter surfado bem e passado as baterias. Ontem (sexta-feira) foi um dia longo e muito cansativo, mas que também me trouxe confiança e com certeza passei a acreditar mais no meu surfe. Eu tive três resultados ruins esse ano e já estava preocupada com a minha colocação no ranking, mas agora estou mais aliviada”.