 Yries Pereira descola maior média da primeira fase. Foto arquivo: Ivan Storti / SuperSurf. |
Em ondas mexidas com cerca de meio metro, foram realizadas as baterias da primeira rodada logo depois da primeira fase do Masculino.
O destaque ficou por conta dos talentos da nova geração. A capixaba Yries Pereira registrou 13,60 pontos – maior média – na vitória sobre a catarinense Larissa Barbiere (2a), a paulista Luiza Romann (3a.) e a baiana Aline Chaves, convidada da Federação Baiana de Surf (FBS).
?Consegui pegar duas ondas bem legais e estou muito feliz por ter vencido a bateria, porque as condições do mar estão difíceis?, diz a única representante do Espírito Santo na elite nacional.
E a potiguar Krisna de Souza arrancou a maior nota feminina da quarta-feira ? 7,5 ?, totalizando 13,17 pontos para derrotar três paulistas na última bateria: Flávia Soares, Luana Prado e Bruna Queiroz.
Krisna tem um páreo duro pela frente: a atual campeã brasileira e nova integrante da elite mundial do WCT, Silvana Lima, do Ceará, além da tricampeã brasileira Andréa Lopes, do Rio de Janeiro, e outra surfista do Rio Grande do Norte, Viviane Maria.
Na segunda bateria, as gaúchas Sabrina Munhoz e Gabriela Rangel não conseguiram somar cinco pontos em duas ondas. A paulista Cláudia Gonçalves teve uma boa disputa contra a carioca Brigitte Mayer, campeã da segunda etapa do circuito Petrobras no último domingo.
Claudinha levou a melhor e Brigitte avançou na segunda posição. Na terceira bateria, a catarinense Marina Werneck e a paulista Elisa Costa foram eliminadas por Viviane Maria (2a) e pela alagoana Karina Barbosa (1a).
?Estou muito feliz. É a minha primeira vitória depois que eu operei do coração e eu achei que não ia mais conseguir isso?, disse Karina Barbosa, que não poderia estar surfando ainda, pois precisava de um mínimo de sete meses para se recuperar de uma operação no coração.
?Tive um prolapso da válvula mitral, que era congênito e deu um problema, estava bombando sangue pro pulmão. Fui obrigada a fazer uma cirurgia de emergência para colocar uma prótese biológica e tudo isso aconteceu quando eu estava no Hawaii em dezembro passado”, conta.
Ela ficou duas semanas internada em um hospital e voltou para o Brasil onde fez a cirurgia. “O médico disse que não poderia surfar em menos de sete meses. Operei há cinco meses e já estou passando bateria. É muito emocionante!?, diz Karina.
Amanhã a prova começa com a estréia das cabeças-de-chave da categoria a partir das 9 horas. A competição rola até domingo e distribui R$ 25 mil para as 24 competidoras da categoria Feminino.
O SuperSurf 2005 é organizado pela Editora Abril e ABRASP (Associação Brasileira de Surf Profissional) e tem como patrocinadores a Volkswagen, a TIM e as Sandálias Havaianas, além do apoio da Onbongo, Revista Fluir e Waves/Terra.
Esta quarta e penúltima etapa também conta com o apoio da Costa do Sauípe, da Prefeitura Municipal de Mata de São João, da Rádio Transamérica FM e da Federação Baiana de Surf.
Segunda fase
1 Suelen Naraisa (SP), Juliana Quint (SC), Yries Pereira (ES) e Brigitte Mayer (RJ)
2 Alcione Silva (RN), Taís de Almeida (RJ), Larissa Barbiere (SC) e Cláudia Gonçalves (SP)
3 Juliana Guimarães (RJ), Francisca Pereira (SP), Karina Barbosa (AL) e Flávia Soares (SP)
4 Silvana Lima (CE), Andréa Lopes (RJ), Viviane Maria (RN) e Krisna de Souza (RN)