Jahia Bettero faturou a primeira etapa. Foto: Ricardo Macario. |
Neste ano, ela ocupa a terceira posição na classificação. Outras duas surfistas também se destacam nas ondas pelo mundo: as cearenses Tita Tavares, outra estrela do WCT e campeã mundial do ISA Games em 2000 e vice em 96; e Silvana Lima, grande promessa da categoria.
As brasileiras também já mostraram talento no ISA Games com a fluminense Alessandra Vieira, primeira campeã mundial amadora, em 94, e a potiguar Alcione Silva, que levou o caneco em 98.
Querendo fazer a mesma trajetória desses exemplos, a nova geração dá seus primeiros passos em campeonatos de base. Um dos principais é o Okdok Paulista, com segunda etapa neste final de semana (31/7 e 1/8), no Quebra-Mar, em Santos, ou na praia do Tombo, Guarujá, caso as condições do mar no pico santista não estiverem propícias.
Jéssica Marques, de apenas 12 anos, é a revelação. Foto: Silvia Winik. |
?Gosto de surfar e sei que tenho de aprender muito. Surfe é saúde, é um esporte empolgante. Meu sonho é chegar, sim, ao circuito undial. As brasileiras fazem tão bonito nos motivam?, diz a surfista, que também impressiona pela beleza.
Quem também chama a atenção é a pequena Jéssica Marques, de apenas 12 anos. A surfista de São Vicente é apontada como a grande revelação.
Na etapa de abertura do Okdok, na praia de Maresias, em São Sebastião, ela mostrou futuro, ao enfrentar as ondas grandes, apesar de seu tamanho. Entre as favoritas, destaque para as ubatubenses Jahia Bettero e Luana Coutinho, vencedora e segunda colocada na disputa inicial.
Jahia, 20 anos é irmã de Hizunomê Bettero, atleta do SuperSurf e quer outro bom resultado para se firmar nos campeonatos e aumentar a elite nacional.
Na disputa de Maresias, ela foi um exemplo de superação. No sábado, durante as segunda fase da categoria, levou um grande susto e por pouco não se afogou, quando tomou um caldo ao perder a prancha.
?Achei que não iria conseguir. Quase fui. Mas confiei na vitória. Sabia que domingo iria estar maior ainda e fui decidida”, lembra a líder do ranking. “Meu objetivo é sempre ir melhorar e quem saber chegar ao WQS”, acrescenta.
Além da dupla ubatubense, a etapa de Maresias contou com duas novidades no pódio. Em terceiro lugar ficou Vilma Santos, de Mongaguá, chegando pela primeira vez à final de um campeonato importante.
Silvia Nabuco, que divide sua moradia em São Paulo e Guarujá, foi quarta colocada. A surfista é a mais velha da categoria, com 37 anos, mas não a mais experiente, por surfar somente há três.
Devido sua idade, ganhou o carinhoso apelido de ?Mamuska?, uma alusão à personagem da atriz Rosi Campos na novela Da Cor do Pecado, da Rede Globo, a mãe superprotetora dos Irmãos Sardinha.
A categoria Feminina conta também com Kalu Freitas, do Guarujá, e Simone Nunes, de Peruíbe, em quinto lugar; Yuli Russo, de São Sebastião, e Fabiana Barbosa, de Praia Grande, em sétimo; Samira Amaral, ubatubense radicada em Santos, Carolina Resende e Fernanda Bonelli, ambas de São Sebastião, e Leila Eustáquio, outra atleta de Ubatuba, na nona colocação.
O local exato da competição, Santos ou Guarujá, será anunciado nesta sexta-feira, de acordo com a previsão das ondas. Além da feminina, estão em disputa as categorias masculinas Open (aberta), Longboard (pranchões) e Master (acima dos 35 anos) e ainda a classificação por cidades, que promete, novamente, uma briga acirrada entre Ubatuba e Guarujá.
Os melhores da etapa ganham cadernetas de poupança. No total, são R$ 4,5 mil por disputa. Há, ainda, pranchas, kits, troféus e medalhas.
Mais informações no site fpsurf.com.br ou pelo telefone (0xx13) 3273 4319.