“O Oceano”, nome dado à próxima exposição de artes e fotos da feira The Board Trader Show, que acontece entre os dias 28 e 30 de setembro em São Paulo, foi inspirado na magia única, imensidão infinita e cores sedutoras dos oceanos, que servem como inspiração para as vidas de milhões de pessoas ao redor do mundo.
Os artistas e fotógrafos que participarão da exposição têm sua vidas conectadas aos oceanos, e lá que buscam suas inspirações, alegrias e energia para suas vidas diárias.
Estamos trazendo um time de peso com nomes conhecidos mundialmente nos meios da fotografia e surf art. Um verdadeiro show de cores, criatividade, técnicas e o mais alto nível de fotos.
Vocês poderão acompanhar por aqui, semanalmente, os perfis de artistas e fotógrafos que estarão na exposição “O Oceano”, durante a The Board Trader Show.
Fernando Mesquita é desde sempre um artista e naturalista. Homem do mar e das artes, designer, fotógrafo, publicitário e um dos fundadores da revista Fluir.
Premiado internacionalmente, ele trafega com desenvoltura e intimidade por várias vertentes das artes, com técnicas, inspirações e conclusões ímpares em um trabalho sempre autoral.
Com uma linda história de criação, premiado e reconhecido internacionalmente como artista e homem de comunicação, Mesquita é direto sobre a sua atividade: “Arte pra mim é simplesmente minha vida”, comenta.
Aos 6 anos já nadava em cores: “Ganhei da minha mamãe noel minha primeira caixa de tintas à óleo, telas, pincéis e um cavalete maior que eu. Nunca mais parei de pintar.”.
Aos 16 foi trabalhar em uma grande agência de propaganda e com o primeiro salário comprou uma prancha de surfe e nunca mais parou. Premiado pelo destino, sem muita explicação, a primeira queda aconteceu na paradisíaca praia de Camburi, litoral norte de São Paulo.
Nos anos 70, 80, produção total das próprias pranchas: ele mesmo fazia tudo: shapeava, pintava altos desenhos, fazia as quilhas, dava o foil e laminava. Com mais de 46 anos de surfe, Fernando Mesquita tem uma vida inteira dedicada às telas, pincéis, parafinas, cordinhas, pranchas e tudo que tem a ver com o esporte!
Ainda nos anos 70, vivia a necessidade da busca por ondas perfeitas, a determinação do surfe como lifestyle. Não por pura alienação dos anos sofridos de uma ditadura sombria, cinza e muito, muito podre.
A busca era por um mundo de paz, luz, cor, vida, amizade, natureza, sol, praia, areia, ondas, ondas, ondas, surf e liberdade, uma liberdade verdadeira e genuína! Eram tempos de surfe não como moda, mesmo porque não havia nada de moda naquela época! O estereótipo era de “ratos de praia”, alienados, drogados. Praias virgens, ondas quebrando sem interferência alguma, sem brigas e sem multidões acotovelando-se na disputa de um espaço no mar.
Quando muito, cinco na água e já era crowd. O tempo surfou e hoje Fernando ainda mantém aquele brilho no olhar. Um brilho que o torna um visionário a bordo de seu Macbook, sempre em busca de um olhar pelo novo, das descobertas criativas e das soluções imediatas.
Afinal, poucos são aqueles que enxergam com os próprios olhos.
