O cearense Messias Félix fez excelente apresentação na manhã deste sábado (6/6) na segunda etapa do SuperSurf, que rola em Stella Maris, Salvador (BA).
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Com uma performance muito além do que foi vista no evento até o momento, ele conseguiu somar 16.10 pontos para eliminar o paraibano Ulisses Meira, que somou 10.07, nota suficiente para passar várias das outras baterias.
Mesmo com a formação ruim das ondas e o forte vento maral, Messias mostrou-se sintonizado com o mar e realizou a escolha correta de ondas, para soltar fortes batidas e rasgadas, que lhe renderam notas 7.67 e 8.43. Com este resultado ele se torna o
recordista de nota e somatório do evento até o momento.
“Graças a Deus hoje eu acordei bastante feliz e logo na primeira bateria consegui este dois scores. Estou muito feliz espero que eu possa continuar neste ritmo e consiga passar as outras baterias para se Deus quiser chegar na final e tentar ganhar este campeonato. Estou na batalha assim como todos outros atletas”, declara Messias Félix.
O alagoano Tânio Barreto também mandou bem e com 12.50 pontos somados despachou o carioca Jorge Spanner, que obteve 6.67. Nas oitavas Tânio pega pela frente o cearense Messias Félix.
Halley Batista também deu sequência às boas atuações que vem fazendo e derrotou o catarinense Willian Cardoso, atual terceiro colocado do ranking, pelo placar de 12.00 a 7.30. Agora ele encara outro catarinense nas oitavas, Jean da Silva.
O trialista ex-top do WCT Neco Padaratz mostrou que não está para brincadeira e a cada bateria mostra mais vontade de vencer. Ele eliminou o carioca Gustavo Fernandes, atual campeão brasileiro e segundo colocado do ranking, por 10.33 a 6.97.
“Estou amarradão. A cada dia eu acordo de manhã, me sinto melhor e agradeço a Deus. Eu digo obrigado Senhor por poder surfar mais um dia e estar com os meus amigos. Há pouco tempo atrás ninguém mais acreditava em mim e eu praticamente tive um ponto em minha vida que não sabia se chegaria onde estou agora”, desabafa Neco Padaratz.
“Para quem quase não conseguiu andar mais e de repente voltou, tenho que dar muito valor para a vida e reconhecer. A cada dia eu me torno uma pessoa mais feliz comigo mesmo. Estou entregue, não tenho cobrança nenhuma. Tento dividir esta alegria com meus amigos e com as pessoas que eu gosto, principalmente aqueles que estão por trás e têm batalhado muito para eu poder estar aqui, como minha mulher e meu filho. Isto é o que mais me importa no momento”, revela Neco Padaratz.
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Atual líder do circuito, o paraibano Jano Belo também estreou com o pé direito e não deu chances para o niteroiense Bruno Santos, ao vencer a bateria por 11.30 a 6.76.
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“Na verdade está muito no começo e estou muito tranquilo. Não estou me preocupando com a performance dos outros atletas, penso em passar minhas baterias. Ficarei focado em meu trabalho”, revela Jano Belo.
“A condição está bem difícil. O mar está muito mexido e com vento forte. Quando a onda é boa normalmente dá pra ver, mas hoje está bem difícil de saber qual é a boa. Às vezes o jeito é pegar qualquer uma mesmo. Comecei em um lugar que não estava bom, mas vi meu
técnico sinalizar e me reposicionei para conseguir achar as melhores. Graças a Deus passei, mas não dá pra saber qual é a boa não”, confessa Jano Belo.
O paulista Odirlei Coutinho também fez boa atuação e eliminou seu conterrâneo David do Carmo, que não encontrou as boas e perdeu por 11.63 a 6.50.
“Tem uma esquerda boa na bancada em frente ao riozinho. Eu procurei aplicar manobras fortes no começo. Fiquei observando estas ondas ontem o dia inteiro. Consegui vencer o David do Carmo que é um especialista nessas condições. Ele é muito bom e vem quebrando em vários eventos. Estou feliz por ter passado mais esta e vamos ver se eu continuo aí na briga. Vou dar um gás nesta etapa que é importante para mim”, diz Odirlei Coutinho.
“Esta é uma onda de bancada e correnteza, no início ela proporciona uma manobra muito forte. Ela é triângulo e joga você pra base, o que favorece uma manobra super forte no começo e depois ela morre, então você tem que extrapolar muito no começo da onda se quiser passar as baterias que estão muito acirradas”, finaliza Odirlei Coutinho.
O baiano Rudá Carvalho levou a torcida ao delírio com uma boa atuação sobre o carioca Pedro Henrique. Com manobras bem encaixadas e aéreos ele somou 11.50, contra apenas 7.24 de Pedrinho.
Na sequência entram na água as baterias das oitavas-de-final.
Segunda etapa do SuperSurf 2009
Oitavas-de-final
1 Daison Pereira (RS) x Edvan Silva (CE)
2 Michel Roque (CE) x André Silva (CE)
3 Hizunomê Bettero (SP) x Peterson Rosa (PR)
4 Wilson Nora (BA) x Neco Padaratz (SC)
5 Jano Belo (PB) x Odirlei Coutinho (SP)
6 Messias Félix (CE) x Tânio Barreto (AL)
7 Halley Batista (PE) x Jean da Silva (SC)
8 Rudá Carvalho (BA) x Renato Galvão (SP)
Segunda fase
1 Daison Pereira (RS) 9.10 x Marco Polo (SC) 8.93
2 Edvan Silva (CE) 9.97 x Victor Ribas (RJ) 7.73
3 Michel Roque (CE) 10.33 x Flávio Costa (BA) 6.37
4 André Silva (CE) 11.10 x Péricles Dimitri (PR) 5.43
5 Hizunomê Bettero (SP) 8.43 x Beto Fernandes (SP) 6.50
6 Peterson Rosa (PR) 9.33 x Guilherme Ferreira (SC) 7.83
7 Wilson Nora (BA) 9.16 x Danilo Costa (RN) 7.30
8 Neco Padaratz (SC) 10.33 x Gustavo Fernandes (RJ) 6.97
9 Jano Belo (PB) 11.30 x Bruno Santos (RJ) 6.76
10 Odirlei Coutinho (SP) 11.63 x David do Carmo (SP) 6.50
11 Messias Félix (CE) 16.10 x Ulisses Meira (PB) 10.07
12 Tânio Barreto (AL) 12.50 x Jorge Spanner (RJ) 6.67
13 Halley Batista (PE) 12.00 x Willian Cardoso (SC) 7.30
14 Jean da Silva (SC) 11.00 x Guilherme Herdy (RJ) 8.00
15 Rudá Carvalho (BA) 11.50 x Pedro Henrique (RJ) 7.24
16 Renato Galvão (SP) 8.67 x Fábio Carvalho (SC) 6.40