O paulista Miguel Pupo sagrou-se campeão do Hang Loose Pro Contest 2012, etapa de status Prime do circuito mundial encerrada no último sábado em ótimas condições na Cacimba do Padre, Fernando de Noronha (PE).
Nas fases decisivas do evento, atleta foi o carrasco dos brasileiros Wiggolly Dantas, Willian Cardoso e Ricardo dos Santos até barrar o catarinense Jean da Silva na grande final por 16.10 a 14.00.
É a terceira vitória da carreira de Miguel Pupo em etapas Prime. Na última temporada, ele já havia sido campeão dos eventos em Trestles e Santa Cruz, Califórnia, lugar onde foi considerado o rei da água fria por faturar o título da série Coldwater Series.
Na entrevista abaixo, concedida logo depois da vitória na Cacimba, Miguel fala sobre mais esta conquista e revela seus próximos passos no circuito mundial.
Qual a sensação de vencer mais uma etapa Prime?
Felicidade, muita felicidade. Ainda mais aqui em Noronha, um lugar que eu não tenho nem o que falar. Adoro comer uma tapioca de manhã, vir à praia de buggy. Aqui eu me sinto muito bem. Acho que isso refletiu neste resultado.
Vencer um evento só com tubos tem um sabor especial?
É, então, melhor ainda. Porque exige muito mais técnica, sabedoria na hora de entubar, ficar deep e tirar mais nota. Foi o que eu procurei fazer ali nas minhas ondas, atrasar bastante, e graças a Deus deu tudo certo.
Aonde será a comemoração?
Vou pra casa neste domingo e com certeza vai rolar um churrasquinho de comemoração. Tenho uma noite de descanso antes de ir pra Austrália e não tem nada melhor do que dormir na sua cama, estar com seus pais, sua namorada. Então mesmo em uma noite eu consigo aproveitar bem.
Você compete qual evento na Austrália?
Meu próximo evento vai ser o WST (World Star Tour) 6 estrelas em Manly, que é um evento da Hurley e eu sou obrigado a competir. Saio daqui do Brasil segunda-feira e vou direto pra lá.
E a expectativa para a primeira etapa do World Tour em Snapper Rocks?
Já fui cinco vezes pra lá, então já me sinto em casa. Vou levar meu pai e meu irmão pequeno pra criar aquele ambiente legal de família e conseguir um bom resultado.
Conte como foi aquela nota 10 na semifinal contra o Ricardo dos Santos?
Não tenho palavras. Existe meio que uma lei dentro de mim que quem faz um 10 na semi vence o campeonato. Toda vez que eu fiz um 10 na semifinal acabei vencendo. Tinha feito este 10 e sabia que a vitória poderia estar em meu caminho.
Você já é o rei da água fria nas etapas Prime, pode ser considerado também o rei da água quente?
Na verdade eu nunca gostei de água fria, minha vitória no Coldwater foi uma dádiva de Deus. Eu odiava água fria, odiava surfar com roupa de borracha grossa e estava todo travado lá em Santa Cruz. Mas acabei vencendo, acho que foi mais sorte na água fria. Na água quente eu me sinto bem melhor.
Há diferença vencer um evento em casa?
Minhas vitórias foram todas na Califórnia, que é um lugar muito difícil de se vencer. Faz tempo que venho tentando me preparar pra vencer aqui no Brasil, nem que seja World Tour, WST. A vitória aqui é um ponto muito importante para dar motivação para as próximas etapas.
Da onde vem a sua intimidade com os tubos?
Lá em São Sebastião onde eu moro tem muito tubo. Eu e o Gabriel (Medina) surfamos altos tubos todos os dias em Maresias.
Seu irmão, Samuel Pupo, acaba de fechar contrato com o seu patrocinador. O que significa isso pra você?
O Samuca é um irmão que melhor impossível. Ele é muito calmo, na dele, e sempre fica amarradão de me contar as manobras e surfar comigo. Ele é o próximo e agradeço a Hurley por essa iniciativa de apostar no seu futuro.
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