Mineirinho eliminado

Peterson Rosa, Op Pro 2005, Haleiwa, North Shore, Hawaii

Paranaense Peterson Rosa acaba eliminado em sua estréia no Op Pro 2005. Foto: © Kirstin / Tostee.com.
Os organizadores do Op Pro Hawaii decidiram aproveitar as boas ondas de 2 metros que rolavam na manhã da última sexta-feira em Haleiwa para realizar mais quatro baterias da terceira fase antes do início da penúltima etapa do WCT Feminino na mesma praia.

 

Mas os dois únicos brasileiros que competiram acabaram eliminados logo em suas estréias no 6 estrelas ?prime? de Haleiwa.

 

O guarujaense Adriano de Souza, o Mineirinho, não achou as ondas e terminou em último no segundo confronto do dia, mas não perde a liderança do ranking na igualmente penúltima etapa do WQS 2005.

 

Local Pancho Sullivan é um dos destaques em Haleiwa. Foto: © Kirstin / Tostee.com.

O paranaense Peterson Rosa chegou mais perto da classificação, porém ficou em terceiro lugar na última bateria, perdendo por décimos de diferença para o australiano Jarrad Howse.

 

Mas, o Brasil ainda tem dois surfistas na terceira fase e três cariocas já garantidos nas oitavas-de-final da prova que inaugura a Tríplice Coroa Havaiana de 2005.

 

Apesar da derrota, Adriano de Souza construiu uma larga vantagem durante o ano e apenas dois surfistas ainda podem impedir que ele termine a temporada na primeira colocação do ranking de acesso para o ASP World Championship Tour (WCT).

 

O norte-americano Bobby Martinez, campeão do Hang Loose Pro Contest em Fernando de Noronha (PE) neste ano, é o principal adversário, já se classificou para as oitavas-de-final do Op Pro Hawaii, mas precisa chegar na final em Haleiwa.

 

O californiano só supera os 13.128 pontos já computados por Mineirinho com um quarto lugar e uma vitória ou com dois vice-campeonatos nas duas últimas etapas no Hawaii. O outro único candidato ao posto de número 1 do WQS 2005 é o australiano Adrian Buchan, que tem que vencer o 6 estrelas de Haleiwa e também o de Sunset Beach, ou seja, chances muito remotas.

 

Adriano de Souza tem apenas 18 anos, já foi o campeão mundial mais jovem da história da ASP com o título na categoria Pro Junior, conquistado com 16 anos, e pode repetir o feito no WQS. Será também o terceiro ano consecutivo que um brasileiro fecha a temporada na primeira colocação da divisão de acesso do circuito mundial.

 

O catarinense Neco Padaratz foi o número 1 em 2003 e 2004 e o Brasil ainda repetiu o feito outras cinco vezes com Flávio Padaratz (1992 e 1999), Victor Ribas (1997), Fábio Gouveia (1998) e Armando Daltro (2000). Se Adriano Mineirinho entrar nessa galeria, serão nove temporadas com um brasileiro em primeiro lugar em quatorze edições da história do World Qualifying Series.

 

Além de Mineirinho, o carioca Pedro Henrique também confirmou o seu nome na lista dos 15 indicados pela divisão de acesso com a vitória conquistada no Reef Classic 2005, que inaugurou a ?perna brasileira? em Maresias, São Sebastião (SP). O pernambucano Paulo Moura também estaria garantido pelo WQS, mas já aparece entre os 27 que permanecem pelo WCT e que dispensa a vaga para o próximo colocado.

 

Pela divisão principal, também está confirmado o cabo-friense Victor Ribas e o paranaense Peterson Rosa é o último dos 27, com o potiguar Marcelo Nunes e o carioca Raoni Monteiro ainda com chances de entrar nesse grupo na etapa final do WCT em Banzai Pipeline.

 

O paranaense Jihad Kohdr e o carioca Yuri Sodré defendem a 11a e a 12a posições, respectivamente, nas duas etapas que fecham o WQS no Hawaii. Para chegar os 9 mil pontos no ranking que podem garantir um lugar no WCT, os dois precisam chegar nas quartas-de-final em uma das provas.

 

Jihad já foi eliminado e sua última chance será em Sunset Beach. Mas, Yuri está nas oitavas-de-final e só precisa passar mais uma bateria para quebrar essa barreira em Haleiwa.

 

Já os cariocas Raoni Monteiro e Leonardo Neves e o gaúcho Rodrigo Dornelles brigam para ingressar na lista dos 15 do WQS no Op Pro Hawaii. Quem está mais próximo de ultrapassar os 8.418 pontos do último colocado neste grupo, Glenn Hall (AUS), é Raoni Monteiro, que atinge o feito se passar sua bateria nas oitavas-de-final.

 

Dornelles também precisa chegar na quarta-de-final, só que tem de terminar pelo menos em terceiro lugar na bateria. Léo Neves tem no mínimo que ficar entre os dois primeiros colocados em Haleiwa. Já Bernardo Pigmeu não alcança os 16 primeiros no ranking nessa prova nem com os 2.750 pontos da vitória na primeira jóia da Tríplice Coroa Havaiana.

 

Clique aqui e confira a galeria de fotos do Op Pro Hawaii.
 
Oitavas-de-final (primeiras baterias)

 

1 Sunny Garcia (Haw), Frederick Patacchia (Haw), Mick Fanning (Aus) e Taylor Knox (EUA)
2 Bobby Martinez (EUA), Luke Stedman (Aus), Jake Paterson (Aus) e Kaipo Jaquias (Haw)
3 Adrian Buchan (Aus), Yuri Sodré (Bra), Leonardo Neves (Bra) e Myles Padaca (Haw)
4 Andy Irons (Haw), Tom Whitaker (Aus), Raoni Monteiro (Bra) e Joel Centeio (Haw)

 

Exit mobile version