Hurley Pro

Mineiro bate Medina

Adriano de Souza, Hurley Pro 2011, Lower Trestles, Califórnia (EUA)

Adriano de Souza faz bela estreia no Hurley Pro em Lower Trestles, Califórnia (EUA). Foto: © ASP / Kirstin.

O paulista Adriano de Souza é o único brasileiro classificado à terceira fase do Hurley Pro 2011, etapa do World Tour iniciada neste domingo, em ondas de meio metro e séries pouco maiores em Lower Trestles, San Clemente, Califórnia (EUA).

 

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Com uma atuação convincente na estreia, “Mineirinho” bateu o compatriota Gabriel Medina e o havaiano Dusty Payne numa bateria acirrada.

 

Gabriel Medina investe nas esquerdas e se dá mal. Foto: © ASP / Kirstin.

Totalmente à vontade, Adriano imprimiu forte ritmo desde o início da bateria e investiu nas direitas para arrancar 8.10 e 7.07 dos juízes.

 

Medina tentou reagir nas esquerdas e diminuiu o placar com 7.60, passando a buscar 7.58.

 

Na última tentativa, ele acertou um aéreo rodando muito alto, mas a onda não ofereceu mais espaço e ele descolou 7.27.

 

Sem acompanhar o mesmo ritmo da dupla brasileira, Payne amargou o terceiro lugar com o total de 8.77 pontos no somatório. O havaiano até esboçou reação depois de mandar uma forte batida de backside e um aéreo rodando, mas não conseguiu completar o voo.

 

“Estou muito feliz por passar essa bateria. Esse campeonato é muito importante para todos e tem um sabor especial para mim, pois moro aqui na Califórnia há três anos e sei o quanto o evento é tradicional nos Estados Unidos”, diz Adriano.

“Com tantas novidades no Tour, temos que renovar nossas energias e correr ainda mais em busca dos nossos objetivos. Essa primeira fase ainda não conta nada, pois o Medina, por exemplo, perdeu a bateria e é um cara que pode vencer o campeonato”, continua o atleta do Guarujá.

O duelo com Medina também foi comentado por Adriano. “Eu entrei na água para fazer a minha parte, o meu trabalho. Eu sabia que seria uma bateria difícil, pois tanto o Medina quanto o Dusty são sinistros em qualquer condição. Foi uma amostra do que pode acontecer no campeonato, mas o que vale mesmo é a partir da próxima fase”, finaliza Adriano.

 

Medina, por sua vez, saiu da água decepcionado com as condições do mar e lamentou a derrota na estreia. “As condições do mar estavam muito fracas, não tinha muita onda. Peguei só uma maiorzinha e não veio mais nada. Agora é ficar concentrado para a segunda fase e espero que o mar esteja melhor. Só falta vir onda”, lamenta Medina.

 

Depois de disputar duas provas do World Tour como convidado em Bell’s Beach, Austrália, ele entrou em ação pela primeira vez como top da elite mundial.

 

“Agora eu me sinto mais confortável, como se estivesse em um WQS. Fiquei tranquilo, não fiquei nervoso”, garante o atleta.

 

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Miguel Pupo perde para Julian Wilson e está na repescagem. Foto: © ASP / Kirstin.

Além de Gabriel Medina, foram parar na repescagem Jadson André, Raoni Monteiro, Heitor Alves, Alejo Muniz e Miguel Pupo.

 

 

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Jadson abriu a competição contra o aussie Joel Parkinson e o sul-africano Travis Logie. A bateria chegou a ser reiniciada devido ao longo flat em Trestles.

Quando a série finalmente surgiu no outside, Jadson estava muito lá fora e não conseguiu entrar na onda. Melhor para Joel, que aproveitou bem a esquerda e arrancou 7.33 dos juízes.

Jadson André vê vitória escapar para Joel Parkinson nos instantes finais. Foto: © ASP / Rowland.

O brasileiro apostou nos aéreos e chegou a virar o placar com 5.83 e 5.17, deixando Parko a apenas 3.67 da vitória. Nos instantes finais, o aussie disputou uma onda intermediária com Travis Logie e se deu bem.

Acertou uma batida passando e outra chutando a rabeta para somar 4.63 e virar o confronto. Jadson ainda foi ultrapassado por Logie, autor de 5.50 e 6.03 nas duas últimas ondas.

 

 

Em seguida, Heitor Alves viu o francês Jeremy Flores arrancar 8.00 pontos dos juízes em uma direita atacada com belas batidas e rasgadas até o inside.

 

O cearense tentou dar o troco e começou errando as finalizações, até ameaçar a vitória de Jeremy nos minutos finais, quando a situação estava ainda mais complicada depois de uma nota 6.60 obtida pelo francês.

 

Correndo atrás de 9.17, Heitor diminuiu o placar com 7.60, mas o sempre competitivo Jeremy respondeu com 7.43.

 

Na última onda, o cearense foi ao ataque em busca 7.84, mas conseguiu apenas 6.53.

 

O Brasil voltou a entrar em cena com Raoni Monteiro na sétima bateria. O atleta de Saquarema surfou com muita disposição e acertou belas batidas chutando a rabeta para somar 6.50 e 7.00 nas duas melhores ondas, mas parou diante do experiente californiano Taylor Knox, autor de 6.17 e 7.53. Em terceiro ficou o australiano Bede Durbidge.

 

Depois da bela estreia de Adriano de Souza, o australiano Julian Wilson esfriou a festa brasileira com uma brilhante vitória diante do paulista Miguel Pupo e o catarinense Alejo Muniz.

 

Julian disparou na liderança da bateria com 8.93 e 8.67, deixando a dupla brazuca precisando de combinação de notas.

 

Pupo e Alejo bem que tentaram, mas não conseguiram sair da incômoda situação. O paulista foi melhor e teve 6.33 e 7.00 nas duas melhores ondas, enquanto o surfista de Bombinhas saiu da água com 5.83 e 6.70.

 

Agora, Miguel tem um novo brasileiro como adversário. Ele encara Heitor Alves na repescagem.

 

Segunda fase

1 Mick Fanning (Aus) x Rob Machado (EUA)
2 Adrian Buchan (Aus) x Conner Coffin (EUA)
3 Bede Durbidge (Aus) x Tom Whitaker (Aus)
4 Damien Hobgood (EUA) x Adam Melling (Aus)
5 Alejo Muniz (Bra) x John John Florence (Haw)
6 Gabriel Medina (Bra) x Travis Logie (Afr)
7 Kieren Perrow (Aus) x Tiago Pires (Por)
8 Raoni Monteiro (Bra) x Kai Otton (Aus)
9 Jadson André (Bra) x Dusty Payne (Haw)
10 Heitor Alves (Bra) x Miguel Pupo (Bra)
11 Chris Davidson (Aus) x Daniel Ross (Aus)
12 Patrick Gudauskas (EUA) x Fred Patacchia (Haw)

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