Rip Curl Pro

Mineiro saboreia vitória

Adriano de Souza, Rip Curl Pro 2011, Supertubos, Portugal. Foto: © ASP / Kirstin.

Adriano de Souza fala da vitória no Rip Curl Pro em Supertubos. Foto: © ASP / Kirstin.
Atleta pode terminar o ano com o melhor resultado de um brasileiro no World Tour. Foto: © ASP / Cestari.

Com a vitória sobre Kelly Slater na decisão do Rip Curl Pro em Portugal, Adriano de Souza pode terminar esta temporada como o melhor brasileiro colocado na história do ranking do World Tour.

 

O recorde pertence ao carioca Victor Ribas, que em 1999 terminou o antigo WCT na terceira posição. A mesma de Mineirinho em 2011, que ainda tem duas etapas pela frente neste ano: Califórnia e Hawaii.


Kelly Slater praticamente já carimbou o título da temporada. Basta o norte-americano passar da terceira fase no Rip Curl Pro Search, a partir do dia 1 de novembro em São Francisco, para levantar o 11º caneco da carreira.


Apesar de ter poucas chances de título (ainda está atrás de Owen Wright no ranking), Mineirinho vai a próxima parada na Califórnia com muita motivação depois da suada vitória em Portugal.


Durante os três dias de evento em ótimas ondas em Supertubos, ele caminhou pela repescagem, superou uma lesão no joelho, alcançou a primeira nota 10 da carreira até superar o invicto Kelly Slater na decisão.


Na entrevista abaixo, o número 1 do surf brasileiro fala mais sobre a conquista histórica em Portugal.

 

Uma semana antes do Rip Curl Pro você já estava em Portugal e treinou praticamente todos os dias em Supertubos. Como isso te ajudou no campeonato?

Ajudou pelo fato de se aclimatar as ondas, ao ambiente e tudo mais. Fez entrar mesmo no clima do lugar.

Vencer é sempre especial, mas as condições fantásticas de Supertubos e a vitória sobre Kelly Slater na final deram um sabor a mais?

Vitória é sempre uma vitória. Mas esta com certeza esta muito importante, por tudo que envolveu. As condições do mar durante todo o evento foram excelentes, com baterias de altíssimo nível. E vencer o Kelly em uma final nestas condições valorizam ainda mais isto.

Na sua primeira bateria você não encontrou boas ondas e acabou na repescagem. Quando você percebeu que poderia ganhar o evento?

Eu procurei ir bateria a bateria, como sempre, buscar focar sempre em cada uma. Mas depois da bateria com o Michel (Bourez) minha confiança ficou bem mais forte.

Descreva aquela onda nota 10 na bateria contra o Michel. Você imaginava que aquela poderia ser a sua primeira nota máxima no World Tour?

 

Sabia que teria de fazer algo diferente para vencer o Michel, que vinha muito bem no evento e já tinha uma nota acima de 9.00 na bateria. Procurei me posicionar da melhor maneira possível, manter a calma e fazer o melhor. Me posicionei e aí foi colocar no trilho. Sabia que vinha uma notão quando saí.

Atualmente você é um dos maiores adversários de Kelly Slater. Tem algum segredo para vencê-lo?

Cair com o Kelly sempre é difícil. Além do talento e tudo que o envolve, ele é um competidor fantástico, sabe usar todas as armas para vencer. Eu caí e perdi muito para ele, e com isto fui adquirindo experiência e força para buscar como vencer ele e outro competidor. O negócio é sempre buscar o equilíbrio e estar bem nas baterias.

Você disse que a vitória de Gabriel Medina te inspirou de alguma forma. Como ela te ajudou a chegar a sua segunda vitória na temporada?

É claro, a vitória do Medina me deu uma pilha, ainda mais que vinha de um resultado ruim na França. Ver um  brasileiro vencer sempre dá uma pilha a mais.

 

Qual a expectativa para a próxima etapa do tour? Conhece a onda de São Francisco em que será disputado o evento?

A mesma de sempre, buscar o melhor resultado possível. Vou procurar chegar um pouco mais cedo.


Colaborou Ader Oliveira.

 

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