Arnette Pro Junior

Monik é chapa quente

Monik Santos, Arnette Pro Junior 2011, Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)

 

Monik Santos crava o maior somatório do dia no Arpex. Foto: Pedro Monteiro.
Joanne Defay manda bem e arranca a maior nota do evento. Foto: Aleko Stergiou.

As três primeiras fases da categoria Feminino foram para a água e a pernambucana Monik Santos é destaque deste terceiro dia de disputas do Quiksilver apresenta Arnette ASP World Junior Championship 2011 no Arpoador, Rio de Janeiro (RJ).

 

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Monik exibiu um surf veloz, escolheu muito bem as ondas, quebrou as esquerdas de até 1 metro com categoria e cravou o maior somatório da competição em sua bateria da terceira fase. 

 

“A água está muito fria, mas pelo menos o mar melhorou bastante desde a primeira fase. Consegui achar duas esquerdas salvadoras e as notas saíram expressivas. Pretendo manter o ritmo até a final e levar o caneco para casa”, manda Monik.

 

Primeira fase Na primeira bateria do dia, a estreante Carol Fernandes enfrentou a sul-africana Faye Zoetmulder, a havaiana Leila Hurst e avançou direto para a terceira fase na segunda posição. Leila mandou muito bem, colocou as adversárias em combinação e garantiu o primeiro lugar com somatório expressivo (15.33).

 

Na segunda bateria foi a vez de Gabriela Leite, Alana Pacelli e da japonesa Neo Omura estrearem nas ondas do Arpex. Gabriela, brasileira melhor colocada na primeira etapa do circuito (9a posição), achou duas boas esquerdas (7.67 e 7.17), mandou ver de backside e passou para a terceira fase na primeira colocação. A japonesa terminou na segunda posição e Alana foi parar na repescagem. 

 

“As séries demoram e a vala está um pouco cheia. Mesmo assim achei duas ondas com potencial e consegui as notas. Minha prancha está muito boa para essa condição e isso ajuda bastante”, comenta Gabi.

 

O terceiro confronto foi marcado pela estreia da australiana Dimity Stoyle, vice-campeã da primeira etapa e uma das favoritas ao caneco do evento, contra as brasileiras Monik Santos e Wendy Guimarães. 

 

Monik e Dimity posicionaram-se muito bem, escolheram as ondas certas, destruíram a vala com manobras bem executadas e carimbaram o passaporte à terceira fase. Santos liderou boa parte do confronto, mas Stoyle encontrou uma esquerda abrindo e assumiu a liderança nos últimos instantes da bateria. 

 

“O mar está difícil. Encontrei aquela esquerda boa e consegui uma nota alta que me garantiu na terceira fase. Agora é manter o foco e ir com tudo em busca do título”, promete Monik.

 

Na quarta bateria, a francesa Joanne Defay – terceira colocada na primeira etapa – e a sul-africana Heidi Palmboom mandaram para a repescagem a brasileira Karol Ribeiro. Defay liderou o confronto de ponta a ponta e somou 13.60 pontos. Ribeiro e Palmoboom duelaram pela segunda vaga de forma acirrada e a sul-africana se deu bem por pequena vantagem (8.83 a 7.26).

 

Philippa Anderson, Juliana Meneghel e Bárbara Muller caíram na água na quinta bateria.  Anderson e Muller dominaram as ações e passaram direto. Meneghel correu por fora, não se achou no outside e acabou na repescagem.

 

“Fui convidada para participar do evento e não tenho nada a perder. Surfei bem tranquila nessa esquerdinha que é minha cara e faltou pouco para passar em primeiro”, conta Muller. 

 

No último confronto da primeira fase, a francesa Maud Le Car e a norte-americana Quincy Davis deram show e também garantiram vaga na terceira fase. Natali Paola bem que tentou, mas finalizou na terceira posição.

 

Repescagem Na primeira bateria da repescagem, Faye Zoetmulder, Alana Pacelli e Wendy Guimarães buscaram a recuperação. Zoetmulder e Pacelli avançaram, com a sul-africana na primeira colocação.

 

“Graças a Deus consegui achar as ondas. Dei tudo de mim, tentei fazer o máximo possível pois sabia que precisava de pouco para virar e funcionou”, conta Alana.

 

O segundo confronto da repescagem foi 100% brazuca. Juliana Meneghel, Natali Paola e Karol Ribeiro duelaram pelas duas vagas. Depois de não surfar bem na primeira fase, Juliana deu um gás e escovou as adversárias (11.84). Natali passou em segundo (4.84) e Ribeiro acabou eliminada por apenas 0.10 pontos.

 

“Consegui achar boas ondas nessa bateria, não caí na hora de manobrar e passei. Como não fui muito bem na Indonésia, preciso de um bom resultado nesta etapa”, comenta Meneghel. 

 

Terceira fase Logo depois do final da repescagem, o mar reagiu, a organização do evento decidiu colocar as baterias da terceira fase da categoria Feminino na água e as disputas passaram a ser entre duas competidoras.

 

No primeiro confronto, Nao Omura, quinta colocada na primeira etapa, e Natali Paola duelaram pela vaga nas quartas-de-final. A japonesa exibiu um surf de backside afiado, manobrou com vontade, fez duas notas expressivas (8.67 e 6.67) e a mala da brasileira (15.34 a 2.50).

 

Faye Zoetmulder e Monik Santos caíram no mar na segunda bateria. Monik começou forte e largou na frente. Faye encontrou uma boa e entrou na disputa. Mas a brasileira estava inspirada, não deu mole, veio em duas esquerdas da série, mandou três manobras nervosas em cada uma, obteve 8.83 e 9.27  pontos e cravou o maior somatório (18.10) da competição. 

 

Na terceira bateria, Leila Hurst e Gabriela Leite protagonizaram duelo acirrado. Melhor para a havaiana, que sobe aproveitar melhor as ondas e eliminou a brasileira (15.07 a 13.47).

 

No quarto confronto, Dimity Stoyle, vice-líder do ranking, manteve o ritmo, atropelou Wendy Guimarães (17.17 a 8.50) e segue firme na luta para assumir a liderança. Vale lembrar que a havaiana Coco Ho, campeã da primeira etapa e líder do ranking, não disputa o evento e deixa o caminho livre para as adversárias assumirem a ponta.

 

Na quinta bateria, a francesa Joanne Defay mandou Barbara Muller mais cedo para casa (16.96 a 9.60) e de quebra, arrancou a maior nota do dia (9.63) depois de sentar o pé e aplicar várias manobras em uma esquerda animal nos instantes finais do duelo.

 

O sexto duelo marcou a segunda e última vitória brasileira da terceira fase. Juliana Meneghel enfrentou a norte-americana Quincy Davis e surfou o suficiente para chegar às quartas-de-final (9.17 a 8.94).

 

“A bateria foi super disputada. A Quincy surfa muito bem e estou feliz de ter passado. É uma honra defender a bandeira brasileira e pode ter certeza, eu e a Monik vamos dar o máximo para levantar o troféu do campeonato”, diz Juliana.

 

A francesa Maud Le Car e a sul-africana Heidi Palmboom protagonizaram o sétimo confronto da terceira fase. Melhor para Heidi, que eliminou Le Car por placar apertado (9.10 a 8.90).

 

No último duelo do dia, Carol Fernandes foi eliminada pela australiana Philippa Anderson (15.17 a 8.83). Estreante no circuito, Carol fez bonito na primeira fase, avançou sem precisar da repescagem, mas na terceira fase não conseguiu bater de frente com a aussie.

 

Um nova chamada acontece às 7 horas desta quinta-feira no Arpex.

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