Monteiro larga na frente no BWWT

Na final casca-grossa do tradicional evento chileno (em dua 14a edição – 3a no formado BWWT), Monteiro superou os chilenos Ramon Navarro e Cristian Merello (defensor do título do evento), o peruano Gabriel Villarán (vice-campeão do circuito no ano passado), o havaiano Kohl Christensen (vencedor da prova de Nelscott’s) e o norte-americano Greg Long (campeão do Eddie Aikau).

Com uma performance sólida, o brasileiro obteve 21.17 pontos e deixou o local e amigo Navarro em segundo com 19.32. Villarán ficou na terceira posição (14.81), Kohl Christensen foi o quarto com 2 pontos. Pela vitória, ele embolsou um cheque de US$ 10 mil. "Viva Brasil! Agradeço a Deus, pois estão todos bem e ninguém saiu machucado. Também quero agradecer aos locais de Pichilemu por liberarem as ondas e aos pilotos dos jet-skis, que trabalharam duro o dia inteiro", comemora o campeão com o cheque de US$ 10 mil pela vitória.

Ramon Navarro levou a melhor no ‘Drop do Dia’. O pernambucano Carlos Burle e carioca Felipe Cesarano também participaram do evento, mas não chegaram à bateria final.

Aos, 36 anos, esta é a nona vez que Monteiro encara as ondas geladas de Punta Lobos. Conhecedor do pico, o surfista criado nas pesadas ondas de Saquarema, tem o Chile como sua segunda casa, onde já chegou a cair muitas vezes sozinho em ondas de até 18 pés no pico de Pichilemu. Guarda-vidas do Corpo de Bombeiros há 12 anos, começou a competir em eventos de ondas grandes em 2005, quando conheceu Kurt Hertrampf, organizador do cerimonial de Punta Lobos. Competiu e ganhou o campeonato logo em sua estreia. A partir daí passou a disputar o evento anualmente.

No ano passado, pegou a maior onda de sua vida no Oregon, com 40 pés. Antes de partir para o Chile, Monteiro fazia planos sobre seu ano no BWWT. “Quero ganhar o circuito, mesmo sem um patrocinador”. Porém, sua participação nas seis etapas depende dos resultados obtidos no decorrer da temporada. "Tudo depende de quanto dinheiro farei nos campeonatos”, afirma.

Criado pelo renomado shaper Gary Linden, o circuito de 2010 contou com cinco provas, mas apenas três foram realizadas. Em um ano de “La Ninã”, Linden teve o apoio dos atletas e patrocinadores, mas faltou a ajuda da Mãe Natureza para enviar swells XXL para realização das duas últimas etapas. Faltaram alguns pés de ondas para realização do “The Jay at Mavericks Big Wave Invitational”, em Half Moon Bay, Califórnia, e “The Peligros at Todos Santos 2011”, no México. São necessários no mínimo 15 pés. No total participam 24 big riders divididos entre 12 locais e 12 internacionais – além de alternates. As baterias duram entre 45 minutos e uma hora.