Equipe entrosada

Mormaii investe no futuro

Julio Terres, Oahu, Hawaii

Apesar da pouca idade, Julio Terres exibe experiência de veterano nos canudos havaianos. Foto: Sebastian Rojas.

Equipamentos de ponta e surfistas com sede de adrenalina. Combine isso com Hawaii. Agora, aperte o play e curta o clipe da Mormaii com os melhores swells de 2008 no North Shore de Oahu e uma dose de ondas grandes em Jaws, Maui, com os consagrados big riders Carlos Burle, Sylvio Mancusi e Everaldo ?Pato? Teixeira.

 

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Foram 48 dias numa viagem bem planejada e estruturada, incluindo uma casa que abrigou membros da equipe, de profissionais, até os calouros nas ondas havaianas, Murilo Henrique e Gabriela Leite.

 

As cenas do clipe revelam toda a preocupação da Mormaii em eternizar os momentos desta grande equipe, com cinegrafista e fotógrafos contratados pela marca brasileira, para acompanhar o surf nas melhores sessões.

 

Com esta que foi a quarta surf trip ao Hawaii, a Mormaii promoveu mais avanço na carreira de muitos garotos, entre eles, Julio Terres e Marco Giorgi, ambos realizando a quarta temporada com o mesmo patrocínio e todo o conforto.

 

Para Julio Terres, 14, surfar combina 100% com ter adrenalina. Ele chegou lá em 2008 e pegou ondas sinistras. Já o encontro de Marco Giorgi pela quarta vez com as séries perigosas rendeu momentos que são comparáveis aos de surfistas do WCT.

 

Junto deles ainda estiveram lá para zoar o barraco os profissionais Bruno Rodrigues, que está morando na Califórnia (EUA), e Marco Polo. Ambos trouxeram muita vibe positiva e deram dicas importantes para a união do grupo e a superação dos limites de cada um.

 

Os mais novos ainda receberam os ensinamentos dos mestres em Hawaii, Everaldo ?Pato? Teixeira e Sylvio Mancusi, também parte da equipe – os dois juntos somam quase trinta temporadas havaianas, dropando ondas gigantes.

 

A empresa nascida em Garopaba (SC) ainda equipou seus atletas com as melhores roupas de borracha, pranchas e acessórios, comprovando a alta qualidade de todos os itens que fabrica.

 

Entrevistas

 

Bruno Rodrigues

 

Como é encontrar a galera brasileiral no Hawaii?

 

É muito bom encontrar os amigos num lugar tão especial quanto o Hawaii. Me diverti como se estivesse em Floripa com os amigos de infância, mas a diferença era as ondas havaianas. Entramos na mesma vibe e a adrenalina foi a mil, principalmente quando a sorte aparecia e encontrávamos um pico com pouco crowd. Lembro de uma session com a galera em Seven Hole sem ninguém, foi animal! Ficar na casa com o Julinho é só curtição, pois rolavam muitas brincadeiras e eu me sentia uma criança perto dele.

 

Existe alguma dificuldade para um jovem surfista no Hawaii?

 

Acho que não seria bem dificuldade, é mais uma questão de adaptação. O Hawaii é um lugar que você precisa se adaptar ao peso das ondas, com a vibe pesada dos locais. Nas primeiras semanas você entra no clima do lugar e depois, cada vez você se solta mais e mais, então é preciso um bom tempo para se adaptar a esse lugar paradisíaco.

 

Se o clima esquenta na água, complica para quem não fala bem a língua inglesa. No mais, é ter fé em Deus, acreditar que não está lá por acaso e teste seus limites tendo consciência do que faz. Evolução é isso aí, deixar a adrenalina tomar conta de você, o sangue esquentar nas veias e simplesmente fazer o que você ama: surfar.

 

Que tipo de retorno a Mormaii consegue investindo numa surf trip ao Hawaii?

 

A Mormaii organiza uma barca bem dirigida, com profissionalismo e planejamento. Não é por acaso que a Mormaii manda todo ano a jovem equipe ao arquipélago. Primeiro, está polindo o surf da equipe que naturalmente vai fazer bons resultados em campeonatos devido ao alto nível técnico aprendido nas ondas havaianas. Sem falar que mexe com o espírito e o psicológico dos atletas.

 

Quando a gente chega do Hawaii e vem uma junção de 2 metros no Brasil ou em qualquer outro lugar, você ignora, enfia a pancada na onda e com muita vontade. Se isso acontece numa bateria é retorno certo. Ou quando o atleta tem fotos publicadas, gera mais retorno. Os surfistas e a imprensa do mundo inteiro estão no inverno havaiano. Todos estão vendo os atletas Mormaii surfando no North Shore. Com isso, fica mais fácil entrar e vender em outros países ou na América do Norte. Não é por acaso que na Califórnia, a Mormaii é bastante conhecida pela qualidade dos produtos. Que orgulho que eu tenho de fazer parte desta família.

 

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Marco Giorgi impressionou o crowd e fotógrafos com sua atitude para dropar as morras. Foto: Sebastian Rojas.

Álvaro Martins

 

Quais imagens serão selecionadas e por quê?

 

São imagens de alta performance, onde cada atleta encaixa seu estilo e atitude no surf. Desde as temidas ondas de Jaws, aos tubos perfeitos de Pipe, Off-The-Wall e Backdoor, até as ondas manobráveis de Rocky Point. Show de surf garantido.

 

Quem foram os principais destaques da temporada?

 

Todos os atletas se destacaram nesta temporada. Gabriela Leite e o Murilo Henrique eram os novatos da trip. Surfaram OTW grande, lugar que eu não vi nenhuma criança de 12 anos se jogar como o Murilinho. O moleque tem atitude. Já os ?veteranos? de Hawaii, Julio Terres, Bruno Rodrigues e Marco Gioirgi deram um show. Julinho fez um fotógrafo americano entrar em desepero ao vê-lo chegar ao outside de OTW quando o mar estava com um tamanho nada amigável. Dropando no crítico, o atleta de 14 anos de idade roubou a cena. Na areia, as pessoas não acreditavam na miniatura que dropava sem medo as paredes.

 

Bruno Rodrigues e Marco Giorgi dispensam comentários. São surfistas da nova geração com muita atitude e sangue frio. Marco com um surf mais explosivo, não media as conseqüências e distribuiu pancadas pelas ondas do arquipélago. Surfando todas as condições, Marco foi destaque nos principais picos. Sem esquecer os monstros que estavam sempre com a equipe, Everaldo Pato, Carlos Burle e Sylvio Mancusi, sempre motivando a galera e passando toda a experiência que eles levam na bagagem. Recebemos também a visita do Marco Polo, que ficou na Mormaii House por uma semana.

 

Como a marcai aparece no filme?

 

Esse vídeo tem o intuito de mostrar como a marca investe pesado no futuro dos atletas e de toda equipe envolvida na trip. Foram 48 dias, um grande investimento muito bem aproveitado por todos que fazem parte do time Mormaii.

Que tipo de som foi utilizado neste clip do Hawaii?

 

A trilha foi escolhida de acordo com que a molecada costumava escutar antes do surf. Fiquei escutando essas músicas todos os dias e isso rendeu algumas idéias na hora da edição.

 

Everaldo ?Pato? Teixeira

 

Qual sua opinião sobre a tempoarada em 2007/08?

 

No início foi sem dúvida a pior que já vi. As ondulações não entravam e o vento estava forte e com direções erradas. Porém, como num passe de mágica, no começo de fevereiro tudo mudou. Ligaram a máquina e não desligaram mais. Foram ondas e mais ondas em todas as bancadas do North Shore. Voltei em março e, quando saí do Hawaii, as ondas estavam perfeitas. Definitivamente, não foi uma temporada de ondas gigantes, mas como sou apaixonado por qualquer tipo de onda, fiz a cabeça e o trabalho. Hawaii é a meca do surf mundial.

 

Você foi para o Hawaii com algum objetivo específico nesta última temporada?

 

Sempre que viajo para lá, passa um filme em minha cabeça, do tipo: ?será que vou pegar o tubo da vida ou será que vou surfar uma onda gigante que nunca vi antes??. Enfim, meus objetivos são sempre buscar meus limites, surfar o maior tubo ou a maior onda. Este ano como a equipe Mormaii estava gravando o vídeo, direcionei meu foco também nas gravações. Tem também os eventos de ondas grandes, que são minha principal meta, pois quero ser campeão mundial.

 

Qual foi sua sessão preferida com a equipe infanto-juvenil da Mormaii?

 

Surfamos boas ondas em Pipe e Rocky Point, no geral, tivemos vários momentos de surf, desde Sunset até Haleiwa.

 

Que tipo de orientação você passa para os atletas mais novos?

 

Que não existe sonho impossível, basta você acreditar.

 

Rafael Oliveira

 

Quais as cenas mais belas do filme no Hawaii?

 

As cenas mais belas são sempre as imagens de Pipe dentro da água, apesar do localismo e do excesso de crowd, impossibilitando que os brasileiros se destacassem mais. A onda dispensa comentários em termos de potência, mas todo o glamour que ela projeta nas lentes, como os efeitos de luzes pela manhã e ao entardecer é algo sensacional. Mas outros picos#que filmamos também merecem todo o respeito, como OTW, Backdoor, Rocky Point, Sunset, entre outros. Entre as minhas imagens preferidas desta temporada, estão três ou quatro tubos do Marco Giorgi que filmei dentro da água em Off-The-Wall.

 

Que técnicas foram utilizadas?

 

As técnicas que utilizamos para dentro da água é muita reza braba para todos os santos (risos). Na verdade, é fundamental estarmos com a mente e o corpo em equilíbrio, muito bem preparados e com um equipamento apropriado. Um grande segredo para entrar nadando com uma câmera quando o mar esta grande é fazer isso no momento certo e é fundamental não pensar muito, porque, se pensar muito a gente não entra! Fora da água, basicamente, é fundamental estar com uma filmadora boa e com os acessórios fundamentais como um bom tripé e uma lente de qualidade.

 

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