Laje da Jagua

Dia nervoso

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No último fim de semana (29 e 30/10), a ressaca que devastou boa parte da costa brasileira trouxe ondas gigantes para Santa Catarina. O gráfico na internet era tão assustador, que despertou o interesse de alguns big riders brasileiros para as grandes ondas da Laje da Jagua, em Santa Catarina.

Alerta vermelho, swell na área. Acionamos a equipe Atowinj para desfrutrar de mais um dia de big surf em águas brasileiras. A Jaguaruna ficou movimentada e big riders de vários cantos do Brasil apareceram, despertando a curiosidade da comunidade que admira o surfe e os ídolos da modalidade nacional.

Na trip estavámos eu (Thiago Jacaré), Fabiano Tissot, André Paulista, João Baiuka, Lucas de Nardi, Lucas Cohen, Rafael Becker, Ricardo Schwabe, Gabriel Herzmann, Paulos Moura, Luis Roberto Formiga, Dê da Barra, Guilherme Panda, Jorge Pacelli, Luis Casagrande, Marcus Peruchi e Pepeu. Nas captação de imagens ficaram Lucas Barnis, que fez os registros em vídeo, Rafa Shot e Luis Reis nas fotos, e ainda contamos com Beto Cavalo, que disponibilizou a lancha com o piloto Eduardo Faust e Marcos Vinicius, e a Go Home Drones, que também marcou presença e fez o registro aéreo do pico.

A sessão rolou com muita vibe. Chegamos na Laje e fomos direto encarar a direita, mas logo mudamos a direção, pois a esquerda estava menos perigosa, maior e abrindo bastante. A sessão ficou marcada por muitos fatores, só citando alguns: o destemido Fabiano Tissot, que encarou a sessão na remada; o desempenho do Formiga; a primeira vez no pico de Pepeu, Peruchi e Becker; a visita dos amigos Panda, De da Barra e Pacelli; e a pilotagem nota 10 de Paulista, Baiuka e Moura.

Tissot estava alucinado, o cara extrapolou os limites da remada na Laje. Ficava debaixo do pico com sua Havenga 10,3 e botava pra baixo sempre nas mais cavernosas. Luis Roberto Formiga, aos 53 anos de idade, mostrou que está mais jovem do que nunca. Arrebentou com seu estilo de sempre, rasgando forte e mostrando que sabe muito quando o assunto é ondas grandes. Formiga foi pioneiro na Laje da Jagua, quando foi recém foi descoberta, em 2003. Aparecia em todo swell e foi fundamental para a divulgação do pico para o mundo, com as coberturas feitas pelo programa Extreme Tv e da ESPN Brasil. Além disso, é um cara que respeito e admiro muito. Digamos que ele é o nosso “mutante” do esporte brasileiro.

No fim da sessão, nos reunimos na água e agradecemos a Deus gritando o nome de Zeca Scheffer bem alto, um dos grandes desbravadores da Laje da Jagua. Por fim, ainda fomos recebidos na base da Atowinj com um churrasco padrão feito por Fabricio Gaivira.