Shine XTR

Mudanças no trato

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Assim pode-se comparar. O mesmo modelo produzido com diferentes tecnologias. Victor Bernardo fez o test drive do Shine XTR e percebeu a diferença. Foto: Divulgação.

 

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A faixa azul, no lugar da longarina de madeira, é um EPS de diferente densidade. Esse tipo de construção vem sendo desenvolvido na XTR há tempos e agora ganhou o reforço da faixa de fibras distintas. Foto: Divulgação.

 

Kareca, da Shine Surfboards, é um dos melhores shapers do Brasil, mas sua preocupação com todos os componentes de suas pranchas sempre o motivou a pesquisar, desenvolver e testar coisas diferentes. 

É o caso da linha de pranchas com tecnologia XTR que ele lançou na primeira The Board Trader Show.

 

Desde então, os atuais modelos de pranchas disponibilizados pela Shine Surfboards podem ser encomendados com a mesma tecnologia de construção desenvolvida pelo Javier Huarcaya, que tem sido utilizada por várias marcas como Lost e Al Merrick, por exemplo.  

 

Por dentro – Se o shape parece normal, há o diferencial de ele ser esculpido em um tipo de Poliestireno estrudado – que não absorve água – e o trato com diferentes densidades desse XPS* para criar resistência e flexibilidade distintas e controladas. Isso faz com que a prancha tenha reações diferentes de uma “normal”. Segundo Victor Bernardo, que surfa com as pranchas de Kareca, a prancha tem velocidade e resposta incríveis.

Além disso, essas pranchas não apresentam aquele problema do EPS tradicional, onde um pequeno furo no glass pode causar inundação e, se a prancha quebra, o surfe acabou.

Por fora – A laminação, feita com resina epóxi e diferentes fibras, também tem seus segredos, desenvolvidos em boa parte pelo brasileiro Nilton R. Gonhes, o “Pato”, residente há décadas na Califórnia.

A diferença visível está nas faixas compostas por diferentes fibras dispostas no deck e bottom. As pranchas oferecem leveza, ótima resistência e mostram que duram muito mais do que as construídas com a fórmula PU/Poliéster.

 

Tudo isso vai de encontro à tendência de controle de flexibilidade e alternativas às tradicionais longarinas de madeira, especialmente em pranchas para ondas pequenas e médias.

Por conta dos materiais utilizados e do fato de serem trazidas da Califórnia, é claro, elas têm um valor de venda mais alto, além do tempo de espera. Mesmo assim, já há muita gente na fila.

*XPS é o nome do poliestireno extrudado. O EPS também é feito a partir de poliestireno, só que expandido.

 

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Victor Bernardo pisa forte. Mesmo assim, depois de bem usada na Califórnia e Brasil, a prancha continua íntegra. Foto: Divulgação.