Muito surf em Maresias

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Maresias bombou altas durante a semana em que rolou o brasileiro amador. Foto: Arquivo pessoal Kalú Freitas.
Saímos do Guarujá na quinta-feira logo cedo com destino à casa de Silvia Nabuco, localizada no Canto do Moreira, em Maresias. Na sexta-feira começava o Brasileiro Amador e eu disputaria a categoria Open no sábado.

 

Pegamos a estrada na expectativa de chegar em Maresias logo, pois checamos a previsão do Waves.Terra e sabíamos que rolariam altas ondas! Além de mim, estavam na barca Silvia Nabuco e Jéssica, a mascote da nossa equipe.

 

Chegamos lá não deu outra, Maresias era só tubos! Entramos na água às 10 horas. Fizemos a primeira queda e o mar tinha 1 metro, com muitos tubos.

 

Porém, logo entrou o vento. Mas,

Barca da mulherada parte com destino ao litoral norte. Foto: Arquivo pessoal Kalú Freitas.

a galera local falava que no fim de tarde o mar estaria ainda maior…

 

Às 16 horas…Uhhhuuuuu… Chegamos na praia e o mar estava lindo, com a cor da água azul e a vibe da galera mágica. Vi muitos caras colocando para dentro de tubos em pé e ainda levantavam as mãos para alcançar o teto.

 

Os tubos estavam largos e grandes. O teto e as paredes ficavam longe dos surfistas, completamente envolvidos pela massa de água que formava um cilindro de quase 6 pés plus!

 

Alemão de Maresias, Flávio “Caixa D’água” e Renê só pegavam tubos em pé, completando-os com com tranqüilidade. Foi uma grande experiência cair naquele mar ao lado deles, que estavam dando show na água. Parecia que eu estava dentro de um filme de surf no Hawaii.

 

A vala em frente ao palanque, uma esquerda tubular onde todos se posicionaram, não deixou nem um pouco a desejar com comentários do tipo: “Isto aqui parece Pipeline, mas é claro que Pipe é Pipe!”.

 

Cai com a pessoa certa na água, a Silvia Nabuco, que acumula na bagagem a experiência de ter passado duas temporadas no Hawaii e é freqüentadora assídua de Maresias. Ela me fez sentir à vontade para dropar aquelas ondas e vi muitas dela também.

 

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Maresias quebrou de gala e fez a cabeça da surfistada. Foto: Arquivo pessoal Kalú Freitas.
Preciso confessar que quando entrei na água e vi o Alemão, a presença dele me deixou bem mais segura. O cara tem a maior vibe e, além de tudo, é local daqueles tubos e fica sempre superatento com a gente.

 

Lembro-me de uma onda gigante que quebrou em cima de mim. Não tive outra opção a não ser soltar a prancha e mergulhar bem fundo. Quando levantei, o Alemão soltou um “Uhhhuuuu”, como quem pergunta: Está tudo certo?

 

Valeu pela vibe Alemão e Silvia, principalmente por me deixarem à vontade naquele mar!

 

Galera do Guarujá durante a etapa do brasileiro amador em Maresias. Foto: Arquivo pessoal Kalú Freitas.
À noite com a cabeça feita e maravilhada com Maresias, Eu, Silvia e a Jéssica fomos até a pousada Tambayba, onde estavam hospedadas as federações estaduais.

 

Encontramos também o resto das meninas da nossa equipe do Guarujá, as “Meninas
que surfam!”.

 

Fui fazer minha inscrição e não tinha mais vaga, insisti dizendo que o mar estava grande, que tinha pego altas ondas e que se o mar continuasse grande me daria superbem…

 

Como duas garotas tinham acabado de desistir de correr, consegui a vaga. Cansadas de pegar altas ondas fomos para casa da Silvia dormir. Na sexta-feira acordamos e fomos conferir o mar na expectativa de encontrar altas ondas como no dia anterior. Nada!

 

O mar tinha baixado absurdamente. Eu e Silvia fomos fazer uma queda em Camburi de manhã, onde o mar estava maior e abrindo mais. No final de tarde demos outra queda em Maresias, mas não parecia a mesma praia. O campeonato já havia começado.

 

No sábado acordei bem cedo para dar uma queda antes da minha bateria. Acordei cedo para fazer uma queda antes da minha bateria. O mar estava menor que na sexta, uma vala muito pequena e mexida.

 

Minha bateria foi às 11:30 horas com Suzã Leal, Bruna Schmitz e Krystal. Não consegui achar as ondas e perdi de cara. Acabei em terceiro na bateria. Fica para a próxima, não esperava que o mar diminuisse tanto.

 

Com isso, a expectativa estava para o dia seguinte, pois a previsão indicava ondas com cerca de 1 metro. Já estava hospedada no Maresias Praia Hotel, com meu namorado Fernando, que chegou no sábado para ver minha bateria, acompanhado por dois amigos.

 

Sonhávamos com as ondas de quinta-feira. No entanto, o mar estava muito grande e fechando e fomos conferir Camburi. Tinha altas ondas, 1 metrão na série abrindo tudo. Fiz a cabeça! Três horas de surf e, já varada de fome, voltamos para a pousada para aproveitar o café da manhã farto. Acabamos de comer, demos uma hora para digestão e voltamos para a busca pela onda perfeita.

 

Conferimos Maresias, que já estava um pouco melhor, mas ainda fechando. Seguimos para Camburi e ainda rolavam altas ondas, mas o crowd já havia dominado. De ponta a ponta era muita gente na água… Mesmo assim caímos e pegamos altas, saindo somente à noite do mar.

 

Detalhe: todos os dias, desde quinta feira, todas as quedas no final de tarde duravam até a noite. Foram quatro dias pegando muita onda com os amigos. A melhor vibe!

 

Até a próxima!

 

Um beijo, muita paz no coração e boas ondas para todos!!!