Além de ter que surfar muito, você tem que ter sorte para se dar bem num campeonato. A Kika não passou em primeiro hoje porque o bandeirinha cometeu um erro.
Clique aqui para ver as fotos
Deixou a bandeira na cor de início de campeonato e o evento só comecou depois que ela pegou uma onda boa e fez todas as manobras que seriam fundamentais, pois faltou mais uma onda para ela passar direto para o segundo round. Ela surfou muito bem, foi a maior média brasileira do dia.
Sabrina conseguiu a classificação devido à sorte de ter surfado uma bateria sem nenhuma atleta campeã ou experiente.
Na minha bateria estava a tricampeã de Pipeline. E na da Cris também tinha uma cascudona.
O nível da galera é alto, pois além de ter salários, viajam com a equipe para fotografar, filmar e competir no mundo inteiro.
No Brasil as atletas não têm um salário que permita viver do surf, muito menos participar do circuito. As longboarders têm comparecido por amor e com seu próprio dinheiro.
Já é tempo de as empresas investirem no longboard feminino, que está crescendo e funciona como um outdoor ambulante nas praias, aliando a imagem da empresa à saúde, beleza e coragem.
O detaque do dia foi para havaiana Keila Moniz, de apenas com 14 anos, que venceu a campeã francesa Claire Karabatsos.
Amanhã surfa a galera que ficou em em segundo e terceiro em baterias de duas. Quem ganhar continua no evento.
Karina está garantida, pois disputa com uma inexperiente. Cris cai contra uma desconhecida no circuito. E eu enfrento a atleta local da Roxy.
Mas, segundo Cris, eu surfo melhor que ela (risos)… Então, espero passar também. Fiquei feliz que minha foto está na revista feita pela Roxy para o evento, contando a história dos 50 anos de surf em Biarritz, com informação do primeiro mundial de longboard, das atletas da Roxy, além de notícias de música e arte.
Uma artista estava fotografando as atletas e depois fazia um desenho. Acho que o meu foi o mais bonito. Amanhã vou levar a revista para escanear.
Várias atletas muito boas, como Bianca Valente e Belinda Begs, não compareceram ao evento e deram vaga para ?alternates? locais.
O telão que exibe as atletas surfando é um must! Mas a jacuzzi não esteve presente este ano… O mar não estava muito bom. Choveu várias vezes e tava bem frio. Justo na minha bateria a maré estava bem alta e deu uma subida. Tenho que confessar que fiquei meio traumatizada por já ter detonado minha prancha ao ir até a escada para entrar.
Por ser baixa, a onda cobria minha cabeça na rampa e eu poderia ter me machucado. Já a Claire é mais forte e mais alta e entrou se arriscando. Ainda bem que ninguém se machucou. Mas a mãe da atleta de 14 anos estava a postos para salvá-la e ficou bastante nervosa.
Nesta quinta-feira parece que o tempo vai melhorar e, nas finais, tanto o mar quanto as ondas vão estar bons.