Heitor Duarte

Muralhas da China

João Pedro Simonsen e Heitor Duarte, China.

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Heitor Duarte e o parceiro de aventura na China João Pedro Simonsen: dupla alcançou o quarto lugar em evento na pororoca chinesa. Foto: Arquivo pessoal.

 

O mais novo surfista do mundo a surfar a onda da Pororoca do Rio Qiantang, na China, o paulista de Maresias, Heitor Duarte já está de volta ao Brasil, trazendo na bagagem o quarto lugar no Silver Dragon Shootout.

 

Convidado pelo experiente João Pedro Simonsen para formar uma dupla, o atleta do Instituto Gabriel Medina (IGM) fez bonito no evento realizado no Rio Qiantang, na cidade de Hangzhou, entre os últimos dias 5 e 7 de outubro.

 

Foi a sua primeira disputa no exterior e mais do que “domar” a longa onda, que aparece em hora marcada, ele teve de superar a ansiedade por toda a novidade vista. “Foi incrível e muito diferente de outros campeonatos. Competir na Pororoca com seu parceiro e surfistas incríveis, sabendo que você é um dos poucos que já surfaram lá é muito bom”, vibra o atleta de 16 anos.

 

“É uma onda só por dia, que só quebra na Lua Cheia e tem hora certinha para passar. Com 2 metros e arrastando tudo. Minha primeira onda fiquei surfando por um minuto ou mais, até as pernas não aguentarem mais. Em nem estava acreditando que era verdade. A competição é muito louca”, comenta, agradecendo a confiança de João Simonsen. “Se não fosse por ele, não teria participado dessa experiência sensacional”, fala Heitor, que viajou com apoio de Armamento Rebelde.

 

 

 

Seu parceiro de viagem e disputa foi o empresário João Pedro Simonsen, 51 anos, que competiu na China pela segunda vez. Acostumado a desafios e novidades, ele foi o primeiro brasileiro a surfar em Jaws e foi pela capacidade em surfar ondas grandes, que recebeu o convite para competir na China, de ninguém menos que o australiano Peter Townend, primeiro campeão mundial de surf, em 1976.

 

“Ele é um bom amigo e disse que me convidou pois sabia da minha habilidade em ondas grandes e também em pilotar o jet e lidar com situações extremas no mar. E que eu, provavelmente, teria um parceiro à altura. Optei pelo Heitor, pois o conheço desde muito pequeno e sei o quanto sua dedicação e esforço estão resultando em boas performances. O cara está quebrando”, elogia.

 

Simonsen conta que a disputa é bem dinâmica, mas com grande segurança. A onda dura aproximadamente uma hora, no meio de uma cidade repleta de edifícios. “Isso tudo na frente de uma onda com mais de 2 metros, que vem subindo o rio com grande velocidade. Doideira geral”, ressalta. “O Heitor foi melhor do que esperado. Além de surfar muito bem, foi ótimo no jet e um excelente companheiro de viagem”, complementa.

 

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Heitor Duarte com o cheque de US$ 3 mil. Foto: Arquivo pessoal.

 

Os dois terminaram em quarto lugar, recebendo um prêmio de 3 mil dólares. A vitória ficou com a dupla espanhola formada por Eneko Acerto e Naxto Gonzalez.

 

“O lugar é sensacional, um dos mais legais que já fui. Uma cultura diferente, aqueles prédios enormes”, comenta Heitor, que nem teve tempo de descansar e ao chegar ao Brasil já seguiu para Santa Catarina onde disputará o RDS Pro-Júnior, com a equipe do IGM. “Voltar da China com um resultado bom, me deixa com mais vontade de ganhar aqui”, revela o atleta do Instituto Gabriel Medina.

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