Na intimidade com Slater

Slater chegou levemente acanhado, mas logo se soltou

Slater chegou levemente acanhado, mas logo se soltou. Foto: Nancy Geringer.
Na noite do último sábado tive o prazer de prestigiar uma jam-session com ninguém mais, ninguém menos que o hexacampeão mundial Kelly Slater.

 

Depois dos consecutivos cancelamentos do campeonato, o sábado não prometia muita coisa, com apenas algumas baladas rolando para quem tinha apetite de encarar.

 

Tudo começou quando minhas amigas, a fotógrafa Lika Maia e a surfista Silvia Nabuco, me chamaram para dar uma passada na casa de Pedro Castro, o “Pedroca”, localizada no Beco do Surfista, próximo à praia da Joaquina.

 

O atleta fez a alegria da galera com o violão. Foto: Nancy Geringer.
Pedroca é professor de Swásthya yoga em Floripa e, durante a perna brasileira do circuito mundial, atendeu os principais atletas do circuito mundial com aulas diárias no Praia Mole Park Hotel.

 

Depois de um tempo na casa do Pedroca trocando uma idéia, notamos uma movimentação. Pronto, chegou! Era ele mesmo.

 

Slater, levemente acanhado, entra na sala e logo procura um lugar para sentar. A galera sente aquele choque inicial, mas em pouco tempo ele descola um violão e começa o show particular para descontrair todo mundo.

 

Kelly Slater comanda jam session para poucos em Floripa. Foto: Nancy Geringer.

Inacreditável. Com muita intimidade com o violão, ele dedilha os acordes e na seqüência se põe a cantar.

 

O repertório incluiu principalmente Jack Johnson e Ben Harper, além de algumas músicas de Bob Marley.

 

“O surf e a música são minhas grandes paixões”, disse o hexacampeão mundial. Depois de um tempo tocando, foi a vez de parar um pouquinho para ouvir algumas músicas nacionais, como “Garota de Ipanema”.

 

“Os acordes são muito loucos. Muito difícil acompanhar”, disse enquanto ouvia e tentava pegar o embalo do som.

 

A jam seguiu até 1:30, sem cair um instante na mesmice. É notável como Kelly Slater tem um carisma especial. E com seu brilho, consegue cativar intensamente as pessoas de uma forma natural.

 

Realmente, deu para notar que a música, assim como o surf, corre em suas veias. Ele não desgrudou do violão um minuto sequer, sempre puxando o som e o coro da galera.

 

Antes de Slater ir embora, houve uma pequena sessão de fotos. Afinal, momentos assim merecem registro.

 

Porém, o maior registro fica no coração. Foi emocionante ver o ídolo, um dos maiores nomes do esporte mundial, amarradão, ao nosso lado, com uma viola na mão.  

 

 

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