Com 18 anos de bodyboard, alguns lugares marcaram muito minha carreira. Lembro-me do dia que pisei em um pedaço de terra localizado no meio do oceano Atlântico chamado Fernando de Noronha (PE).
Foi em 2005 junto com meu amigo Diogo Costa. Todos os anos sinto a necessidade de estar lá durante o verão. Sempre sinto como se fosse a primeira, apesar de já ter ido ao arquipélago em sete oportunidades.
A euforia e satisfação de visitar aquele paraíso situado no Nordeste brasileiro não tem como descrever. Noronha é um lugar que você pisa e não quer ir embora. Morar lá não deve ser nada mal.
Durante o verão brasileiro, quando o flat reina na maioria das praias, Noronha proporciona um verdadeiro show de tubos. A cada ano que você desce uma onda da ilha descobre uma faceta e malícia diferente para surfa-la.
Esse ano não foi diferente. Indiscutivelmente a temporada que peguei maior número de ondas de qualidade com tubos, que como falo, dava para respirar lá dentro.
Em minha opinião, a Cacimba do Padre é a melhor onda do Brasil no quesito tubo. Fala-se muito sobre as ondas fecharem, mas por ser um beach break, isso é normal.
O importante é estar na época, dia e hora certa. Como não gosto de perder essa hora, fico o dia inteiro na praia. Na companhia do surfista Wilson Nora e dos bodyboarders Renê Xavier e Rafael Marcon pegamos muitos tubos na temporada.
Apesar de passar 20 dias na ilha e não pegar nenhum swell representativo com 3 ou 4 metros, como gostaria, voltei para casa com a sensação de dever cumprido.
Aquele lugar me fez sentir como em 2005 aos 19 anos. Um garoto com disposição de ficar seis horas dentro da água e pegar altas ondas. Isso é renovador para qualquer pessoa. Sem contar os inúmeros finais de tarde inigualáveis que limpam qualquer alma.
Gostaria de agradecer aos meus apoiadores pelo suporte: locadora Maresia Noronhese, Pousada Noronha Sol e Mar e a loja de surfwear Secret Point.
