#Segundo as regras , o julgamento das competições é baseado em 50% de surf clássico e 50% de surf moderno (ou progressivo). Interpretando esse padrão de critério, para uma onda ser considerada “high score” o surfista teria que executar uma combinação de manobras clássicas, como hang ten e hang five (que não seja hang-falso), sincronia na caminhada bico-rabeta (e vice e versa), elegância e controle no estilo, com as manobras progressivas, ou seja todo o repertório do surf moderno.
O problema é que os juízes vem depreciando cada vez mais o percentual clássico nas suas #avaliações, ou seja o critério não está sendo praticado 50% / 50% e sim 10% / 90%, isso para não dizer 100%.
O próprio Paulo Kid, quando venceu a penúltima etapa do paulista no quebra mar em Santos só surfou na rabeta, e constatou que essa é a receita certa para ser aplicada nas competições, apesar de simpatizar melhor com a divisão o 50% / 50% assim como 99,9% dos longboarders pensam, isso desconsiderando a parcela cada vez maior de simpatizantes do surf 100% clássico!
Fazer o que ? “Se para ganhar campeonatos é esse personagem que eu tenho que representar…”.
Os competidores estão cada vez mais contagiados pelo surf radical (ou competitivamente funcional) e os juízes cada vez mais convictos de que o surf que eles estão mostrando é o que deve ser valorizado. Pára tudo ! Está existindo diálogo ? Esclarecimentos ? Eu sei que não está. De um lado os competidores ficam resmungando, e do outro os juízes se defendendo de um “mau perdedor”. Sugiro à APJS (associação paulista de juízes de surf) que convoque alguns competidores para uma das suas reuniões semanais, a fim de trocar idéias e sintonizar nosso julgamento dentro dos padrões internacionais.