O pernambucano Alexandre Ferraz, conhecido como Xandinho, 31 anos, surge como representante do Nordeste brasileiro no seleto grupo de surfistas que buscam as maiores ondas do planeta. Tendo em sua carreira destaques como o dia em que surfou Jaws na remada (sem ajuda de Jet Ski) num swell histórico, na temporada 2011/2012 havaiana; o Prêmio Greenish, surfando a maior onda no Brasil (Fernando de Noronha) em 2008, além dos títulos amadores estaduais – categorias Júnior e Open – em Pernambuco, Xandinho segue sua jornada em busca de títulos e experiência no big surf.
Formado em educação física e praticante de Yoga, há anos, o big rider foca em sua preparação para as condições extremas do surfe em ondas gigantes com uma equipe multidisciplinar, que conta com o apoio de preparador físico, psicólogo, fisioterapeuta e nutricionista. Tudo para aprimorar os aspectos físicos e psicológicos do atleta.
“Tenho uma rotina bastante rigorosa de treinamentos e uma alimentação balanceada. Faço natação quatro a cinco vezes por semana, pratico yoga regularmente, faço musculação, tenho treinamento funcional, corro na praia e ainda treino remada com minha gun em alto mar. As sessões com a psicóloga ocorre uma vez por semana”, explica Alexandre, que tem seu conterrâneo Carlos Burle como inspiração na sua carreira.”
Sobre suas expectativas com relação à sua quinta temporada havaiana 2015/16, ele cita o fenômeno “El Niño” como potencializador de possíveis ondas épicas, com um inverno de grandes ondulações no hemisfério Norte.
“Estou vivendo uma ótima fase na minha vida! O nascimento da minha filha Lara, tem me fortalecido e quero ter um desempenho ainda melhor esse ano. Tenho treinado diariamente pra estar bem fisicamente e em paz comigo mesmo, pois só assim conseguirei superar meus limites”, analisa o brasileiro que está no Havaí em busca de mais experiências para seu currículo.
Quanto ao atual movimento do big surf mundial, no qual os limites das ondas gigantescas estão sendo elevados no surfe de remada, Xandinho acredita que esse seja o caminho.
“O momento mais extremo da minha carreira foi descer as ondas de Jaws remando. Acredito que essa seja a evolução do big surf mundial: surfar ondas antes consideradas impossíveis na remada. É isso que busco em minha carreira: superar meus limites e pegar ondas cada vez maiores”, afirma Xandinho, que afiou seu surfe nas ondas de Serrambi, Litoral Sul de Pernambuco e nas Lajes da Cacimba do Padre, em Fernando de Noronha. E foi exatamente em Fernando de Noronha que pegou a maior onda surfada no Brasil em 2008, o que lhe valeu o “Prêmio Greenish” daquele ano, que desde então só é vencido por ondas surfadas no Sudeste brasileiro.
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