Hang Loose Pro Contest

Nova geração marca território

Miguel Pupo, Hang Loose Pro Contest 2011, Cacimba do Padre, Fernando de Noronha (PE)

Miguel Pupo não dá chances ao defensor do título. Foto: Daniel Smorigo / ASP South America.

Depois de uma manhã de ondas menores, a Cacimba do Padre voltou a bombar na tarde desta quinta-feira e as ondas quebraram com cerca de 2 metros para as oito primeiras baterias da segunda fase do Hang Loose Pro Contest em Fernando de Noronha (PE).

Clique aqui para ver as fotos de ação


Clique aqui para ver as fotos de ambiente


Clique aqui para ver o vídeo

 

Clique aqui para ver o depoimento de Miguel Pupo

 

Apesar das boas performances do irlandês Glenn Hall e do sul-africano Rudy Palmboom na rodada, ninguém superou a nota 9.50 do paulista Renato Galvão na parte da manhã, que avançou junto com o norte-americano Tanner Gudauskas e eliminou o francês Joan Duru e o paulista Jessé Mendes.

Já o irlandês Glenn Hall arrancou nota 8.33 em um belo tubo para a esquerda, ao lado do morro Dois Irmãos, enquanto Rudy Palmboom investiu nas direitas ao lado da praia do Bode e foi premiado com 8.90 no último confronto do dia, vencido pelo catarinense Neco Padaratz.

“Eu adoro esse lugar, é meu preferido no Brasil. Foi incrível, mas acho que tive sorte de estar no lugar certo na hora certa. As condições do mar não são as melhores daqui, mas as ondas estão divertidas, belos tubos e só precisa achar eles”, comenta Glenn Hall.

“Fiquei a bateria toda buscando aquela onda e quando entrei nela já vi o triângulo, sabia que ia dar um bom tubo. Esperei a onda formar, segurei tudo lá dentro, aí senti que teria dificuldade para sair, mas consegui e foi fantástico. Estou muito feliz porque adoro este lugar. Para mim, é a melhor onda do Brasil e ainda bem que continuo no campeonato”, comemora Rudy Palmboom.

Nova geração A nova geração continua dando trabalho aos mais experiente e demonstrou muita atitude para não se intimidar com a pressão dos adversários mais experientes e se atirar nas bombas da Cacimba.

O paulista Miguel Pupo e o pernambucano Luel Felipe acabaram com a possibilidade de um bicampeonato do norte-americano CJ Hobgood, que foi eliminado junto com o espanhol Gony Zubizarreta.

Já seu irmão Damien Hobgood, também top da elite do ASP World tour, amargou a última posição em duelo vencido pelos jovens Dylan Graves, de Porto Rico, e o paulista Gabriel Medina. O alemão Marlon Lipke também deu adeus à prova.

Para avançar, Medina fez um bom tubo e garantiu a segunda posição com um aéreo. “Teve uma marcação forte ali, umas batidas de remada, mas lutei bastante para conseguir minha vaga para a próxima fase. Eu faço o que gosto de fazer, procuro surfar o que a onda proporciona, então peguei tubo e tentei aéreos também. Tento me divertir ao máximo e acertei um que somou como segunda nota minha. Bom que passei e espero que o mar melhore nos próximos dias”, explica Gabriel Medina.

Miguel Pupo encontrou suas ondas no canto esquerdo e não teve maiores dificuldades para vencer. “Isso é pra ver como o mar está difícil. O CJ, campeão mundial, venceu o evento no ano passado e não conseguiu se achar no mar. Eu já venho pra cá há uns quatro anos e sempre surfo ali no canto, então não ia mudar agora. Mas, também acho que o fator sorte acabou ficando do meu lado e deu tudo certo pra mim”, acredita Miguel.

Luel Felipe já teve um pouco mais de dificuldades para escapar do ataque dos adversários mais experientes, mas se deu bem e avançou na segunda posição.

“Foi difícil pra caramba. Primeiro eu fui pras direitas, mas não veio nada lá. Aí vi o Miguel pegando boas ondas e corri pro canto esquerdo. Achei umas ondas regulares e a minha estrela brilhou, porque felizmente não entrou onda boa pros gringos virarem em cima de mim. O mar mudou muito durante o dia e estou amarradão pela classificação”, comemora o único representante pernambucano da prova no momento.

Tops em queda Dos diversos surfistas da elite mundial do surf que estavam na prova, apenas três continuam na disputa pelo título: o havaiano Fredrick Patacchia, o catarinense Alejo Muniz e o cearense Heitor Alves.

Os recordistas dos primeiros dias também se deram mal e acabaram caindo, como foi o caso do australiano Mitchel Coleborn e do paulista Wiggolly Dantas.

O recorde da melhor nota de Guigui foi batido pelo também ubatubense Renato Galvão que encontrou um tubo nota 9.50.

“Às vezes, com o mar um pouco menor as ondas ficam mais alinhadas, mais certas. Nos outros dias rolaram altos tubos também, mas acho que a galera não conseguiu achar a onda certa. Eu já tinha pego uma primeira onda boa nas esquerdas, então decidi ir pras direitas. E quando a onda veio, eu remei forte, dropei, tentei ficar bem deep o máximo possível dentro do tubo, consegui sair e foi show. Só tenho que agradecer a Deus por isso”, declara Renato Galvão.
 

Uma nova chamada para possível reinício da prova acontece às 7 horas da manhã desta sexta-feira.

 

Baterias pendentes da segunda fase do Hang Loose Pro Contest 2011

9 Chris Ward (EUA), Jerônimo Vargas (Bra), Ricardo dos Santos (Bra) e Robson Santos (Bra)
10 Heitor Alves (Bra), Dion Atkinson (Aus), Rodrigo Dornelles (Bra) e Marc Lacomare (Fra)
11 Nathan Yeomans (EUA), Shaun Joubert (Afr), Hizunomê Bettero (Bra) e Renato Galvão (Bra)
12 Aritz Aranburu (Esp), Tanner Gudauskas (EUA), Lincoln Taylor (Aus), Davey Cathels (Aus)

Exit mobile version