Angela Bauer

Nova tribo do surf

Angela Bauer

Rayane Amaral é um dos talentos da nova geração feminina do longboard. Foto: Arquivo pessoal.

Cada dia que passa, o surf consegue ter mais adeptos ao esporte. As meninas estão descobrindo o prazer de estar no mar surfando e as crianças começam a surfar cada vez mais cedo.

 

A consequência foi a criação de campeonatos para crianças e até para cachorros. Em Junho aconteceu o 4th Annual Surf Dog Competition, na praia de Imperial Beach, organizado pelo Coronado Bay Resort em San Diego, Califórnia (EUA).

 

Apesar de ser proibido levar cachorros para a praia, cada vez acontecem mais eventos com bons patrocínios, como é o caso do Purina Surf Contest.

 

Os eventos são divididos por categorias de tamanho e os cachorros surfam com roupas, chapéus, coletes, etc. É incrível ver que os cachorros sabem o que estão fazendo e até latem para que saiam da frente de suas ondas! Confira algumas imagens no site Surf Dogs.

 

O surf é mesmo um grande estilo de vida, que consegue reunir música e arte em seu contexto. Recentemente comecei a fazer uma pesquisa sobre música de surfista e fui assistir a um show de reggae da banda Grandation, no Canecão (casa de shows no Rio de Janeiro).

 

Lá, encontrei a tribo do surf em peso. Uma galera de todas as idades e categorias. Comecei minha pesquisa constatatando que a musica é capaz de unir a galera num clima de surf total! A maioria dos surfistas têm músicas para se inspirar, dar um gás nos treinos ou antes da bateria para relaxar, e fazem da música uma  companheira fiel.

 

Realmente, cantando conseguimos expressar o que sentimos quando surfamos. Aquela alegria misturada com um sentimento de poder, um sentimento de vitória animal! Afinal quando a gente se dá bem, parece que dominamos a onda, ao mesmo tempo integrando-se com a força imprevisível da natureza. Muito bom!

 

Por isso, muitas bandas da nova geração são formadas por surfistas. A banda “WWW”, formada por adolescentes, vem se destacando com total apoio da família, que também é surfista. A maioria dos surfistas fazem parte de bandas ou tocam algum instrumento, o surf e a música estão ligados por uma mesma emoção, um mesmo feeling profundo a respeito da vida.


O longboard feminino, que é uma categoria de surf relativamente nova, comemora 10 anos de existência no Brasil este ano e está prestes a inserir a categoria Júnior nos eventos. A nova geração está vindo com todo o apoio das famílias e dos empresários, que já patrocinam atletas e investem em campeonatos.

 

Chloé Calmom, Jasmim Avelino e Rayane Amaral estão representando muito bem a categoria. Mesmo apesar da pouca idade, já botam pra baixo em mares grandes e encaram o esporte profissionalmente.


Este ano temos três etapas confirmadas para o circuito profissional e duas para o circuito estadual do Rio. Mais informações podem ser obtidas nos sites Abrasp e Alberj.

 

Segundo o organizador de eventos Rico de Souza e o presidente da Abrasp Marcelo Andrade, o fato das atletas profissionais estarem competindo com as atletas amadoras depõem contra ao crescimento da categoria, pois os patrocinadores dos eventos podem pensar que não precisam pagar uma premiação, já que tem as mesmas atletas competindo nos amadores. Realmente também acho, e além disso tiramos o espaço das amadoras inibindo a participação das mesmas.


Precisamos urgente de uma reformulação de regras no conselho de longboard, pois isso só acontece na nossa categoria, nas outras é proibido atleta profissional participar de campeonato amador.


Somos novatas no contexto mundial, em que a maioria das atletas começam a surfar ao mesmo tempo que aprendem a andar, nos países em que o surf já existe fazem muitos anos e é parte da cultura e dos negócios. Com certeza, em mais alguns anos teremos uma campeã brasileira também nesta categoria, pois temos muita raça e estilo. É só mesmo uma questão de tempo e treino. E lógico, do apoio dos empresários em relação aos patrocínios.


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Angela Bauer exibe sua experiência e consciência corporal. Foto: Cabal.

Um dos problemas desta vida de surf são os raios solares. Com a camada de ozônio danificada pela poluição, cada dia que passa fica mais perigoso se expor. Conversando com a Dra. Janaina Barboza, especializada em medicina estética e anti aging (drajbarboza@gmail.com), descobri que existem dois tipos de raios que devemos nos proteger: o UV e o UVA. Ao comprar o protetor solar, devemos verificar bem estes fatores.

 

Por isso, não entendia como eu conseguia ficar queimada usando um fator de proteção UV 60. Na verdade o fator de proteção UVA era mínimo.


Por estarmos perto dos trópicos, devemos evitar o sol entre 10 e 16 horas, mas quando tem onda isso é impossível! Então, segundo a Dra. Janaina, devemos passar o protetor meia hora antes de se expor com a pele limpa e reaplicar a cada duas horas.

 

Um cuidado necessário para poder surfar por muitos anos sem problemas de câncer de pele, que são provocados por alterações no DNA das células agredidas pelos raios. A Dermatus oferece várias opções para cuidar deste problema, vale a pena conferir.

 

Já existem no mercado roupas e lycras que oferecem proteção solar e lugares onde se pode surfar a noite com ajuda de holofotes.

 

Na França acontece um campeonato de aéreos que é realizado todos os anos na praia de Anglet e começa de noite, depois de um show de música. É irado e as arquibancadas colocadas na praia ficam lotadas! Com certeza o público é bem maior que durante o dia e famílias inteiras assistem ao espetáculo, pois os surfistas voam muito alto com suas pranchinhas, dando um show de manobras radicais.

 

Em Santos também tive oportunidade de assistir a galera surfando de noite, no dia da inauguração dos holofotes, estava até crowd! No Rio, no Arpoador também dá pra surfar de noite. Esta é uma alternativa irada e precisamos mais holofotes nos picos de surf nas cidades. Todo mundo seria mais feliz. Imagina chegar estressado do trabalho e poder pegar altas ondas.


Um outro problema é a poluição. É preciso ter uma alimentação muito boa para criar anticorpos necessários para não pegar doença nenhuma e poder ficar forte para surfar por mais tempo. Alimentos orgânicos e proteção solar são a solução.

 

Uma coisa esta ligada a outra e o conjunto nos traz saúde e felicidade por mais tempo. Para quem não sabe, os gases emitidos pelo gado e pelos porcos destroem a camada de ozônio, além de florestas inteiras para dar lugar aos animais. Se todos diminuíssem 10% do consumo destas carnes, faria uma diferença incrível na nossa qualidade de vida atual e futura.


É lógico que os exercícios são fundamentais para uma boa performance com segurança e sempre me alongo muito antes e depois de surfar, mas foi nas aulas de teatro que estou fazendo na Cal que aprendi uma série de exercícios que me ajudaram bastante nos meus alongamentos.

 

Agora tenho uma percepção diferente do meu corpo e nunca imaginei que iria aprender isso numa aula de teatro! Até meu posicionamento na prancha tem um novo significado, agora consigo perceber meu corpo enquanto estou surfando e como ele me mostra as emoções que estou sentindo no momento.

 

O grande lance agora é aprender a controlar e dominar emoção com a expressão corporal. Antes prestava mais atenção na onda e na manobra que iria tentar fazer, agora aos poucos estou prestando atenção no meu corpo e como ele esta se comportando naquele momento.

 

Já consigo relaxar os ombros consientemente quando estou numa situação difícil na onda. O corpo fala e obedece também!

 

Boas ondas para todos!

Aloha!

 

Para obter mais informações acesse Angela Bauer.

 

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