Nunes e Sodré driblam roubada

Marcelo Nunes, Quiksilver Pro 2006, Snapper Rocks, Gold Coast, Austrália

Potiguar Marcelo Nunes enfrenta momento difícil na carreira e inicia o WCT sem patrocínio, bem como o carioca Yuri Sodré. Foto: Guto Amorim/ Superbank Images.
É difícil de acreditar, mas dois atletas brasileiros que figuram entre os top 45 do WCT estão sem patrocínio.

 

O potiguar Marcelo Nunes e o carioca Yuri Sodré estão encontrando dificuldade para correr o circuito mundial de surf sem apoio financeiro.

 

?A gente já vem do Brasil, um país de terceiro mundo com moeda desvalorizada, e precisa cruzar os quatro cantos do mundo gastando em dólar?, desabafa Nunes.

 

?Chega a ser humilhante ver surfistas como o australiano Joel Parkinson ganharem mais de US$ 1 milhão no ano somente do patrocinador principal, e a gente no Brasil sofre para ganhar R$ 100 mil?, conclui.

 

Para dar uma idéia da situação, Nunes está surfando com uma prancha usada que comprou na fábrica de pranchas JS em Coolangatta.

 

?Queria pegar uma prancha nova, contanto que rolasse um desconto, mas não rolou. O preço era muito alto para mim, então vi uma prancha usada da surfista profissional Serena Brooks, uma 6 pés do jeito que eu gosto, e a prancha está voando?, completou Nunes.

 

A indústria do surf está passando por uma excelente fase na Austrália e não pára de crescer.

 

A impressão é de que no Brasil as empresas ainda estão com aquela mentalidade de sugar a imagem colorida do surf, e nada de investir no mercado e nos atletas.

 

Se alguma empresa se interessar em apoiar o futuro do surf brasileiro, entre em contato com os atletas através do site da ASP.

Exit mobile version