Phillippe de Casteja

O céu recebe um sorriso

Phillippe de Casteja

Quando soube do falecimento de Phillippe de Casteja fiquei surpreso, triste e chocado! 

 

Antes de tudo, para quem nunca ouviu falar dele, Phillippe é o retrato do carioca “amarradão”, dono de um surf veloz e de uma “estileira” incrível, dentro ou fora d’água.

 

Bem nas antigas, quando fui até Buzios em 1977, vi esse garotão, que era muito bom surfando. Fiquei impressionado com ele nas águas de Geribá. Naquela época eu estava começando a surfar e estava como um paulista aprendiz com meu amigo Renato Moura no Rio de Janeiro.

 

Numa época em que havia glamour nas poucas competições que  existiam, na época “dourada” dos  Waimea 5000 no Arpoador, foi quando eu o conhecí. Talvez essas foram as poucas vezes em que eu o vi participar de baterias.

 

Apesar dele ser um dos melhores surfistas daquela época, ele não deixou “contaminar” o seu surf pelas competições.

 

Ele surfava muito! De backside era veloz e, com os braços abertos, parecia que iria decolar.

 

Muito  além disso. Era um cara “vibrante”. Sempre com um sorriso no rosto e “pilhado”. Um sorriso que não sai da minha memória!

 

Depois disso, o encontrei ocasionalmente, talvez na Barra durante os campeonatos Alternativas ou na Europa, onde acho que ele  morou por algum tempo.

 

Fiquei surpreso com esta notícia violenta. Eu acredito que por ele e todos nós sermos surfistas, temos uma saúde física privilegiada e uma alegria interior diferente. Teoricamente deveríamos ter uma longevidade maior e ser mais saudáveis do que as pessoas “normais”. Isso foi contra a minha teoria…

 

Chocado, porque Phillippe é outro amigo que se vai de repente. Um choque deste nos faz pensar, repensar e refletir sobre os valores, o significado e a rapidez que existe em nossa existência.

 

Fiquei triste porque, apesar de não encontrá-lo frequentemente, eu tenho uma lembrança marcante e sempre vou guardar uma imagem dele como uma pessoa muito querida, de astral altamente positivo e que, mesmo o tendo encontrado poucas vezes na vida, eu não consigo esquecer a sua boa vibe.

Fico mais triste ainda pelas pessoas mais próximas neste momento de dor, porque se para mim  que estou à distância me faz sofrer uma perda prematura destas, para os seus queridos e que conviviam com ele e estavam ao seu lado, exige muita força e compreensão de tudo isso! 

 

Por fim, para nos consolarmos, basta imaginar essa “figura” alegre e carismática chegando no céu.

–  Deus o chamou!

 

O céu talvez estivesse precisando de seu sorriso ou aqui na terra, o mundo  não merecesse  mais a sua alegria…

 

Voa Phillippe, voa com o seu estilo único, porque Jesus e os anjos vão ficar feliz com a tua presença!

 

Nota da redação As legendas foram escritas por Claudio Falcão

 

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