Bocas Del Toro

O lar das ondas

Carenero, Bocas Del Toro, Panamá

Ilha de Carenero possui alguns dos melhores picos de Bocas Del Toro. Foto: Helena Deyama.
No Panamá é possível nadar ao lado de golfinhos. Foto: Helena Deyama.

Depois de passar pela Costa Rica, parti de São José, capital do país, em um voo com duração de uma hora feito de monomotor todo colorido.

 

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Estava em direção ao arquipélago de Bocas Del Toro, um destino turístico de surf e mergulho localizado no vizinho Panamá.

 

Próximo à divisa com a Costa Rica, Bocas é uma vila de arquitetura típica caribenha. Possui casas de madeiras, praias limpas, pouca agitação noturna, além de bons hoteis e restaurantes.

 

Tudo a preços acessíveis para os padrões brasileiros. Os panamenhos em Bocas são hospitaleiros e o crowd é tranquilo, o que contribui muito para o alto astral do lugar.

A ilha principal é a ilha de Colon, onde fica uma vila e um pequeno aeroporto com voos para Cidade do Panamá ou São José. Todos feitos em aviões bimotores de companhias aéreas locais panamenhas (Aeroperlas e Air Panamá) e a costa-riquenha Nature Air.

Um voo para Bocas, tanto do Panamá como da Costa Rica, sai aproximadamente por US$ 100 mais as despesas com bagagens (limite 15 quilos). Lá paga-se pelo número de pranchas e você pode acabar gastando mais US$ 50.

Outra opção é o ônibus. Uma viagem leva 12 horas e sai por volta de US$ 23 (estes preços das passagens aéreas e terrestres são para compras feitas próximas ao dia de embarque. Compradas com antecedência sai bem mais barato).

 

Uma viagem de carro leva mais ou menos 10 horas para ir da Cidade do Panamá a Bocas Del Toro. Lá os points de surf mais conhecidos são Carenero, na ponta da ilha de Carenero, além de Dumper’s e Punch, na .

O transporte entre as ilhas, para picos de surf, mergulho e várias opções de hospedagem nas ilhas de Colon e Carenero são feitos por táxis-barcos. O valor de uma corrida entre a vila e o hotel em Careneiro é de US$ 1.

Já para picos de surf o preço varia entre US$ 2 e US$ 4. O valor é por corrida, ida e volta sai o dobro, mas o barqueiro te deixa e te busca no pico, atrás da arrebentação. O passeio pelos locais turísticos ou de mergulho custa US$ 10 por pessoa e dura metade de um dia.   

Como existem picos de surf nas principais ilhas, você pode optar por alugar uma bike pelo preço de US$ 1 a hora. Se estiver hospedado na ilha de Colon, pode-se pegar um táxi do Centro para Punch (US$ 5) ou ir a pé, o que leva quase uma hora em um bom ritmo. de caminhada

Na ilha de Carenero, para ir até o pico demora 20 minutos a pé do hotel. Vale lembrar que as praias são de areia branca só nos primeiro centímetros de água, depois viram corais rasos e é necessário uma botinha de borracha para entrar no mar. Sem isso, é perrengue arranjar espaço para remar até a arrebentação.

Tanto os táxis-barcos como as camionetes cabines duplas amarelas (com uma faixa quadriculada preto e branco na lateral) são transportes coletivos. No Panamá é comum uma corrida com pessoas desconhecidas que dividem o mesmo veículo.

As opções de hospedagem estão principalmente nas ilhas de Colon e Carenero. Ficam mais em conta os albergues, onde quarto e banheiro são divididos com outros turistas. A diária sai a partir de US$ 10 por pessoa, sem café da manhã.

Também existem pequenos hoteis para quem não tem exigência com conforto a partir de US$ 18, como o hotel Brisas, no Centro da vila de Bocas. Com uma varanda comum voltada para o mar, ele é muito procurado por grupos de jovens surfistas preocupados em economizar grana e estender o quanto mais sua estadia em Bocas.

Nas duas ilhas existe uma variedade de opções para quem procura acomodações mais confortáveis e com maior privacidade. Na ilha de Carenero, por exemplo, tanto o Tierra Verde como o Dona Mara a diária para duas pessoas sai por US$ 75 com suíte simples e limpa, ar-condicionado, água quente, TV e café da manhã.

Os dois possuem poucos quartos, sendo que no Tierra Verde os donos são surfistas muito legais e atenciosos. Mas é no Dona Mara que se encontra uma das melhores comidas de Bocas Del Toro.

 

Ainda é possível alugar pequenas cabanas (sem cozinha) a partir de US$ 65 para duas pessoas na ilha de Carenero ou em chalés no Careening Cay Resort, onde a diária pode chegar a US$ 250.
 
Na ilha de Colon há um maior numero de opções de hotéis confortáveis a partir de US$ 65, passando por hotéis como o Tropical, no Centro, com deck e quartos virados para o mar e diárias que vão de US$ 129 até US$ 169.

Uma opção confortável na ilha de Colon, de frente para os picos de Punch e Bluff e com um excelente restaurante, é o hotel La Carolina, com suítes que vão de US$ 60 a US$ 135. Mas é bom reservar quartos com antecedência (seis meses para a alta temporada) porque ele tem muita procura.

As opções para comer em Bocas Del Toro também são variadas. Vão desde pequenos restaurantes com um balcão virado para a calçada, onde uma refeição sai por US$ 5 (prato executivo de peixe, arroz, legumes e salada mais suco ou refrigerante), passando por restaurantes como o Pirata.

O Pirata tem uma comida honesta e variada. Lá o prato executivo de peixe sai por US$ 7. Uma refeição mais elaborada sai US$ 30 por pessoa.

 

A comida caribenha é predominante em Bocas Del Toro. Eles gostam muito de peixes e frutos do mar e fazem um delicioso arroz feito com leite de coco e patacones, uma espécie de banana. Outra opção é comer pizza e sanduíches em alguns lugares espalhados pela pequena vila na ilha de Colon ou fazer bons lanches em cafés como o Duran Coffe, gastando US$ 6 cada um.

Entre as poucas opções para comer na ilha de Careneros está o Bibi’s, que possui cardápio variado: cafés da manhã e lanches bem servidos a partir de US$ 6 até pratos individuais, que vão de US$ 7,50 a US$ 25.

No Dona Mara há uma das melhores comidas de Bocas Del Toro, feitas pelo simpático chef José. São deliciosos pratos da culinária caribenha em pratos individuais que partem de US$ 9 e vão até US$ 14. O Dona Marta serve café da manhã, mas não abre na hora do almoço e o Bibi’s fecha no finalzinho da tarde.

As pousadas aqui têm poucos quartos e áreas sociais (que geralmente se limitam a uma sala). Por isso é fácil conhecer pessoas e fazer novas amizades. Geralmente são casais que estão curtindo Bocas Del Toro (e que pelo menos um deles pega onda).

 

Nada melhor para finalizar uma boa viagem do que fazer novas amizades e trazer boas lembranças. Amizades como a que fizemos com Luiz Zappa, Silvia Hartmann, Bruno Koudela e Fabíola Piva. Companhias para o surf e para compartilhar um lugar muito bonito. Trouxemos também boas lembranças de Bocas Del Toro e das pessoas que vivem por lá.

Dicas importantes

– Fuga dos passeios turísticos de barco. Vão te levar a vários lugares bonitos, mas em horários errados. Você vai para baía dos golfinhos na hora que eles não estão. Ou para pontos de mergulho na pior maré e assim por diante. Escolha fazer passeios específicos para destinos na hora certa.

– Não deixe seus pertences marcando bobeira (apesar de não ter assaltos, é comum acontecerem furtos).

– Nas viagens aéreas para Bocas, verifique se existe a opção na companhia aérea de enviar as suas pranchas e bagagem mais pesadas como carga. Assim você despacha um pouco antes para o mesmo voo e ela chega com você ao seu destino. Isso sai bem mais barato do que embarcar com elas e pagar o excesso de bagagem e as pranchas de surf.

– Os voos para Bocas partindo da cidade de São José na Costa Rica ou da Cidade do Panamá saem de aeroportos diferentes e distantes dos aeroportos internacionais das capitais caribenhas. Na capital São José você pode levar mais de uma hora dependendo do horário para ir de um aeroporto ao outro, a mesma coisa acontece na Cidade do Panamá.

– Tenha um repelente de insetos sempre por perto para não ser devorado durante a sua viagem para Bocas Del Toro.

 

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