Roberta Borges

O Mar, o surfe e a fotografia

Roberta Borges curte as direitas de Itamambuca, em 1985.

Era final da década de 70, em Torres (RS), especificamente na pequena e linda praia da Guarita. As ondas quebravam perfeitas e eu ainda não sabia o que aquilo significaria para mim. Percebi logo que a sensação de surfar seria fantástica, então entrei de cabeça. Surfei minha primeira onda e nunca mais fui a mesma, aquele momento mudaria toda a minha vida!

 

No início parecia só uma brincadeira de verão, mas logo passou a fazer parte de mim, era algo  que eu não conseguia explicar, mas que tinha tudo a ver com meu jeito de ser e que ainda alimentava minha alma.

 

Durante alguns anos dediquei meu surfe à competição. Aprendi muitas coisas nestas batalhas, que uso até hoje para enfrentar certas dificuldades da vida. Tudo surgiu nessa época: as federações, confederações, as revistas, o circuito brasileiro, entre outros. Alcancei o que  entendo ter sido o máximo para quem vinha de uma cidade sem mar, como Porto Alegre. Fui campeã gaúcha, campeã brasileira em 1985 e representei o Brasil no mundial amador da Inglaterra em 1986.

 

A paixão pelo surfe me levou a fotografar. Sentia necessidade de fazer parte daquela natureza e ao mesmo tempo queria compartilhar com os outros os belos momentos que testemunhava.

A fotografia tornou-se minha profissão, minha arte e meu hobby, assim como o surfe, que hoje pauta nosso estilo de vida familiar. Sempre estive em contato direto com o mar e hoje moro na praia realizando um velho sonho. No último ano ficou pronto o meu estúdio e meu escritório  literalmente é na praia, na Barrinha, em Garopaba (SC).

 

Parte desta vida praiana estará registrada em um livro que será lançado em breve. Sou muito  grata por ter hoje este estilo de vida e por ter passado isso à minha família.

 

Nesta coluna pretendo dividir minhas experiências um pouco da historia do surfe brasileiro feminino.

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