O paulista Gabriel Medina e o catarinense Alejo Muniz estrearam com vitória no Quiksilver Pro Gold Coast 2013, etapa de abertura do WCT que acontece em Snapper Rocks, Austrália.
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Em boas ondas de 1 metro, Medina encontrou uma direita salvadora nos instantes finais para arrancar 9.50 e pular de terceiro para primeiro lugar, enquanto Alejo abriu muito bem seu confronto (8.33) e administrou muito bem a vantagem até o final.
Já os atletas Adriano de Souza, Filipe Toledo, Raoni Monteiro e Willian Cardoso foram parar na repescagem.
O dia foi marcado por duelos muito acirrados. Além de Adriano, outros favoritos que foram parar na repescagem foram o campeão mundial Joel Parkinson e o defensor do título da prova, Taj Burrow.
Logo na primeira bateria da prova, o brasileiro Raoni Monteiro fez uma boa apresentação, mas não conseguiu retornar nos aéreos e ainda viu Bede Durbidge arrancar a maior nota da bateria (8.00), totalizando 14.50 pontos, contra 12.70 de Raoni e 11.94 de Taj Burrow.
O atual campeão do Quiksilver Pro não entrou em sintonia com as ondas, mas chegou a esboçar reação com um belíssimo tail slide rodando.
Em seguida, Adriano de Souza imprimiu um forte ritmo no outside e abriu boa vantagem sobre os adversários com 8.17 e 7.07. O havaiano Dusty Payne tentou reagir e mandou um tail slide incrível, chegando a colocar o pé na borda da rabeta depois de perder o controle da prancha.
Porém, quem roubou a cena foi o sul-africano Travis Logie. Com uma excelente escolha de ondas, ele distribuiu fortes patadas de backside para virar o placar contra Mineirinho.
As notas 8.93 e 9.27 do atleta deixaram os adversários precisando de combinação. O brasileiro chegou a diminuir o placar na última onda com 8.93, mas não teve tempo para tentar 9.27.
Agora, o brazuca tem uma dura batalha contra o convidado norte-americano Dane Reynolds na repescagem. Dane foi uma das vítimas do 11 vezes campeão mundial Kelly Slater.
Slater perdia o confronto até os minutos finais, quando estragou a festa do jovem compatriota Kolohe Andino ao arrancar 6.87 dos juízes. O melhor surfista de todos os tempos tinha 9.17 na melhor onda e buscava 6.56.
Em seguida, o campeão mundial Joel Parkinson encontrou pela frente um inspirado Matt Wilkinson. O confronto pegou fogo do início ao fim e teve uma vitória muito apertada de Wilko.
O goofy footer australiano liderava o placar com 7.83 e 9.93, enquanto Parko tinha 9.33 e precisava de 8.44 para virar.
Na última onda, Parko foi para o tudo ou nada e deixou a praia em suspense. Alguns juízes deram a virada ao campeão mundial, mas a média ficou em 8.40 e ele caiu para a repescagem junto com outro local, Brent Dorrington, vencedor da triagem.
A torcida brasileira comemorou duas vitórias consecutivas no Quiksilver Pro. Primeiro foi a vez de Gabriel Medina reagir de forma impressionante nos minutos finais do duelo contra o português Tiago Pires e o experiente aussie Kieren Perrow.
Medina vinha surfando muito bem, mas ocupava o terceiro lugar e precisava de 7.10. Uma longa direita apareceu para salvar o brasileiro e ele não desperdiçou a oportunidade. Trabalhou muito bem toda a extensão da parede e mandou 9.50 para superar Tiago (2o) e Kieren.
Ao término da bateria, o brasileiro queixou-se de dores no pé. “Estou bem. Agora estou em casa, colocando gelo, e amanhã faço raio-x! Feliz pela vitória na minha bateria e chateado por ter machucado meu pé!”, diz o atleta.
Na sequência, Alejo Muniz entrou em ação e não deu mole ao estreante norte-americano Nat Young e ao australiano voador Josh Kerr.
O brazuca abriu forte a bateria, com 8.33, colocando pressão nos adversários. Nat chegou a liderar rapidamente, mas Alejo recuperou a ponta e ampliou vantagem com 6.73.
No final, o garoto de Bombinhas ainda somou 7.27 para selar de vez a vitória na primeira fase do Quiksilver Pro.
O Brasil voltou ao outside com o estreante Filipe Toledo. Ele encarou uma batalha árdua e chegou a levantar a torcida com uma nota 9.67, mas o taitiano Michel Bourez e o australiano Owen Wright também estavam inspirados.
Melhor para Bourez, autor de 8.00 e 8.43, enquanto Owen ficou em segundo com 6.17 e 9.50. Em terceiro ficou Filipinho, que buscava 6.76 para avançar.
Outro brasileiro que está na repescagem é Willian Cardoso. Ele pegou o local Mick Fanning na estreia e se deu mal na bateria que reuniu ainda o estreante havaiano Sebastian Zietz, terceiro colocado.
Mick mandou 9.17 logo na primeira onda e foi ampliando vantagem, com 7.83 e 8.07, dando-se ao luxo ainda de descartar 7.43.
Willian lutou pela classificação e até surfou bem, somando 6.90 e 7.67. Na repescagem, o catarinense encara o australiano Taj Burrow, atual campeão do Quiksilver Pro.
A próxima chamada para avaliação das condições do mar acontece nesta terça-feira, às 18:30 horas (horário de Brasília).