Brasil Surf Pro

Odirlei entra na briga

Odirlei Coutinho, Brasil Surf Pro 2011, Itamambuca, Ubatuba (SP)

 

Odirlei Coutinho quebra na bateria final e fica com o título em Itamambuca. Foto: Fábio Minduim / Brasil1.
Diana Cristina vence mais uma e mantém a ponta do ranking. Foto: Fábio Minduim / Brasil1.

Prata da casa, Odirlei Coutinho derrotou Flávio Nakagima na bateria final e sagrou-se campeão da terceira etapa do Brasil Surf Pro 2011, encerrada neste domingo em Itamambuca, Ubatuba (SP).

 

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Nitidamente determinado, Coutinho mesclou manobras em linha, repertório progressivo e arrepiou durante todo o evento. Na decisão, não tomou conhecimento de Nakagima, arrancou dois high scores (9.33 e 8.00), usou a experiência a seu favor e levantou o caneco (17.33 a 9.10).

 

Com o resultado e o mal desempenho de quase todos os primeiros colocados do ranking, o ubatubense entra na briga e tem chances reais de título

 

“Estou sem patrocínio. Espero que essa vitória chame atenção dos empresários. Ainda faltam duas etapas e o resultado me colocou na briga. Vou investir a grana da premiação para correr outros eventos”, promete Odirlei.

 

O domingo amanheceu com chuva fina e ondas mexidas de até um metro e meio em Itamambuca. No primeiro confronto do dia, pelas quartas-de-final, Ordilei Coutinho fez uma bateria impecável, deixou Tânio Barreto em combinação durante boa parte do tempo e eliminou o alagoano com certa facilidade (15.67 a 11.00).

 

O segundo confronto das quartas-de-final foi um clássico local. Wiggolly Dantas e Hizunomê Bettero, dois ubatubenses de renome no surf nacional, enfrentaram-se em duelo de alto nível. Os caras apostaram nas direitas e quebraram de backside. Hizu até foi bem, mas cometeu interferência e comprometeu seu somatório. Melhor para Guigui, que avançou às semifinais (11.00 a 7.29).

 

Atual líder do ranking, Tomas Hermes caiu na água na terceira bateria e acabou eliminado pelo cearense Messias Felix. O catarinense largou na frente, não encontrou uma segunda nota boa e viu Messias vencer (13.17 a 11.57) depois de apostar nas intermediárias que rolavam mais para dentro do pico.

 

“Preferi ficar lá atrás, pegar as maiores. Não funcionou. Agora é focar nas etapas da divisão de acesso do circuito mundial e treinar para a próxima parada do Br

asil Surf Pro. De toda forma, conquistei um resultado importante e terminei a terceira etapa na frente”, comenta Tomas, que beneficiado pela derrota precoce dos outros líderes, garantiu a ponta do ranking ao avançar às quartas-de-final.

 

No último duelo das quartas-de-final, Flavio Nakagima e Alex Ribeiro, atletas de Praia Grande, protagonizaram outro clássico do surf paulista. Nakagima não deu mole e mandou o camarada para casa (16.07 a 13.10).

 

A primeira semifinal da categoria Masculino reuniu no outside de Itamambuca Wiggolly Dantas e Odirlei Coutinho, dois expoentes ubatubenses de diferentes gerações da cidade. Guigui ditou o ritmo e largou na frente. Odirlei boiou um pouco, mas da metade para o fim do confronto encontrou boas ondas e virou na última, com direito a aéreo na base (14.77 a 14.00).

 

“O Guigui é um cara que respeito muito. Um competidor em tanto. Não me achei no começo e só consegui surfar bem nos últimos minutos. Agora é buscar o título”, disse Odirlei logo depois de sair da água.

 

Na segunda semifinal, Messias Felix perdeu a bateria para o paulista Flávio Nakagima (9.66 a 9.20) e a chance de ir para as cabeças do ranking. Atual oitavo colocado, o  atleta ganharia várias posições se vencesse e entraria de vez na briga pelo caneco da temporada.

 

“Minha tática não funcionou e o Nakagima está quebrando. Perdi essa chance, mas ainda faltam duas etapas e acredito ser possível conquistar o título”, lamenta Messias.

 

Um dos destaque desta terceira etapa, Nakagima surfou muito em todas as fases do evento, fez três dos quatro maiores somatórios e chegou à final com vitórias incontestáveis. “Claro que gostaria de estar no lugar mais alto do pódio, mas o vice-campeonato foi um bom resultado e nesta altura do circuito, é isso que importa”, comenta.

 

Feminino Diana Cristina derrotou a paulista Cláudia Gonçalves na bateria final e é campeã da categoria Feminino da terceira etapa do Brasil Surf Pro 2011.

 

A paraibana exibiu backside afiado, sentou o pé em duas direitas da série, venceu com relativa facilidade (13.77 a 7.03) e segue imbatível na temporada. “Venho treinando forte e o resultado está aí. Quero chegar pelo menos às finais das duas últimas etapas e assim conquistar esse título tão esperado”, afirma Tininha, vice-campeão do circuito em 2009 e 2010.

 

Na primeira bateria das semifinais, Diana foi para o ataque contra a carioca Gabriela Teixeira, surfou apenas duas ondas, muito bem escolhidas, que lhe renderam excelente somatório e vitória tranquila. (11.33 a 5.00).

 

O segundo duelo foi marcado por uma virada emocionante da paulista Cláudia Gonçalves sobre Juliana Quint. Vice-líder do ranking, a catarinense dominou a bateria. Poucos segundos antes da sirene tocar, Claudinha achou uma esquerda salvadora e virou o placar (10.67 a 10.60).

 

Juliana não gostou nada da nota dada à sua segunda onda e foi ao palanque reclamar com os juízes. “Minha segunda onda foi muito melhor que a primeira e só recebi 0.60 pontos a mais. Não estou reclamando dessa última nota da Claudinha”, explica Quint.

 

Resultados da terceira etapa do Brasil Surf Pro 2011

 

Masculino

 

1 Odirlei Coutinho (SP)

2 Flávio Nakagima (SP)

3 Wiggolly Dantas (SP)

3 Messias Felix (CE)

5 Tânio Barreto (AL)

5 Hizunomê Bettero (SP)

5 Tomas Hermes (SC)

5 Alex Ribeiro (SP)

 

Feminino

 

1 Diana Cristina (PB)

2 Cláudia Gonçalves (SP)

3 Juliana Quint (SC)

3 Gabriela Teixeira (RJ)

5 Chantala Furlaneto (SC)

5 Bruna Queiroz (SP)

5 Nathalie Martins (PR)

5 Suelen Naraisa (SP)

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