Enquanto a etapa brasileira do ASP World Tour movimenta a mídia e o público que chegam à praia da Vila sedentos pelo show de surf e suas atrações, uma ocorrência desagradável vem chamando a atenção de nossa equipe de reportagem.
Saímos todos os dias bem cedo da praia do Rosa com destino à arena da competição e pelo caminho sempre passamos pela praia de Ibiraquera, onde além de altas ondas e o show das baleias francas, nos deparamos com dezenas de pingüins mortos.
Os animais, muitas vezes contaminados com fungos e outras doenças, sofrem um desvio no seu percurso natural ao encontrar manchas de óleo em alto-mar.
Ao entrar em contato com a penagem do animal, o óleo danifica sua impermeabilização natural e os deixa vulneráveis aos mais diversos tipos de doenças e contaminações, além de provocar perda da temperatura corporal. Alguns ainda acabam ingerindo óleo.
Conversando com oficiais da polícia ambiental local, descobrimos que alguns ainda chegam à praia com vida e são recolhidos pelo Centro de Estudos e Pesquisas Ambientais (CEPA) de Rio Vermelho, em Florianópolis (SC)
Antes de qualquer tipo de tratamento, os animais são reaquecidos para não morrer de hipotermia e, na seqüência, passam por uma série de tratamentos, até serem 100% reabilitados e devolvidos à natureza.
Quem quiser conhecer mais sobre o trabalho realizado pelo CEPA e pela Polícia Ambiental do Estado de Santa Catarina, pode visitar o “Espaço Ecologia” montado na cidade do surf, junto à área de competição.