Aconteceu nos dias 2 e 3 de novembro, em Salvador (BA), um evento que homenageou o longboarder Olímpio Batista, falecido em outubro de 2006. O encontro foi organizado pela Associação de Surf de Amaralina e teve como vencedor Rogério Vasconcelos, o RV. Outro surfista local, Jorge Martins, também foi homenageado.
As baterias rolaram na praia do Quebra Côco, em Amaralina, local onde Olimpinho foi criado e aprendeu a surfar.
“Eu aprendi a surfar nesta praia. Vencer aqui é importantíssimo pra mim, pois foi aqui que tudo começou. É importante lembrar desse ídolo que é o Olimpinho, que sempre tentou resgatar os jovens daqui da comunidade através do esporte. Como sempre, Amaralina não negou fogo, com boas ondas de cerca 1 metro e séries maiores, sem vento ajudando a formação. Foi um evento emocionante, fiquei todo arrepiado!”, falou RV.
Olimpinho foi um dos maiores longboarders do mundo e campeão brasileiro profissional em 1999. O baiano viveu no Rio de Janeiro por mais de dez anos e podia sempre ser visto surfando na praia da Macumba, onde fixou residência e uma fábrica de longboards, a Pacific Bay.
Viveu exclusivamente para o surf e foi recompensado por isso. Conheceu o mundo competindo no circuito mundial de longboard, mas foi no Brasil que se consagrou durante o Red Bull Internacional na Barra da Tijuca, vencendo os melhores do mundo em ondas épicas.
Dono de um sorriso fácil, ele impressionava pelo carisma que tinha. Por onde passava, fazia amigos com facilidade, inclusive no Hawaii, onde venceu um campeonato em Haleiwa com ondas de até 12 pés.
No último ano de sua vida, aos 40 de idade, ele levava uma vida simples, totalmente direcionada para o surf. Não tinha vícios e gostava de ficar em casa, longe de badalações e excessos. Levou sua vida intensamente dentro de sua simplicidade e humildade. Foi um grande homem do mar.