Fábio Gouveia é o brasileiro com maiores chances de conquistar o título do WQS 2002, e segue bem na disputa em Floripa. Foto: Nilton Santos. |
Algumas disputas emocionantes marcaram a batalha final das triagens e ainda estava programada a realização das seis primeiras baterias da quinta fase, com doze dos 32 cabeças-de-chave da competição já estreando nesta sexta. Mas, as maiores emoções estão guardadas para o final de semana, que promete ter sol, calor e boas ondas.
No sábado, serão definidos os dezesseis classificados para as quartas-de-final, com a decisão do título da 44a etapa do WQS prevista para começar às 13 horas do domingo. O campeão do Onbongo Pro Surfing 2002 recebe 2.500 pontos e fatura US$ 10 mil do total de US$ 100 mil oferecidos na prova, que encerra a “perna brasileira” do mundial.
Quatro baterias emocionantes fecharam o terceiro dia do Onbongo Pro Surfing. Na última disputa do dia, o catarinense Neco Padaratz acabou sendo eliminado por décimos de diferença.
Precisando de 7,56 pontos para se classificar, ele surfou a última onda da bateria, na qual recebeu uma nota 7,17 e totalizou 11,84 pontos, contra 13,17 do paulista Edgar Bischof e 12,23 do australiano Todd Prestage, que ficaram com as duas vagas para as oitavas-de-final.
Mas, seu irmão, Flávio Padaratz, seguiu em frente também com uma pequena diferença – 12,56 x 12,43 – sobre o paranaense Maicon Rosa num confronto vencido pelo paraibano Otávio Lima.
Já na terceira bateria da quinta fase, o potiguar Danilo Costa vibrou bastante com a classificação que o recolocou temporariamente na lista dos 15 surfistas do WQS que vai completar a elite mundial do WCT no ano que vem.
O australiano Chris Davidson, que também está na briga pelas últimas vagas nesta relação, venceu a disputa. Também muito feliz ficou o paraibano Fábio Gouveia, brasileiro com maiores chances de lutar pelo título mundial do WQS, que surfou até um tubo para vencer a quinta bateria, disputada contra três surfistas estrangeiros.
A segunda vaga para as oitavas-de-final ficou para o australiano Will Lewis, que superou o também australiano Mark Bannister e o espanhol Eneko Acero.
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Teco Padaratz, ao contrário do irmão Neco, venceu sua bateria e continua na prova. Foto: Nilton Santos. |
O tricampeão brasileiro Peterson Rosa estréia na bateria seguinte e outros 15 cabeças-de-chave também estarão fazendo suas primeiras apresentações no evento, penúltimo evento de nível máximo 6 estrelas da temporada.
Na abertura da quinta rodada, os australianos venceram a primeira disputa por vagas para as oitavas-de-final, com Nathan Webster e Tom Whitaker despachando os brasileiros Odirlei Coutinho (SP) e Raoni Monteiro (RJ).
“Tem boas ondas, mas é preciso ter sorte de pegar aquelas que abrem até a beira”, analisou Webster, que não vive uma boa temporada no WCT (38o lugar), mas está garantindo sua permanência na elite mundial com um oitavo lugar no WQS. “Vim aqui para tentar uma vitória e quem sabe ainda lutar pelo título mundial do WQS”, confessou Nathan.
Mas, o Brasil deu o troco na bateria seguinte, com o pernambucano Paulo Moura e o paranaense Jihad Kohdr eliminando o australiano Lee Winkler e o havaiano Conan Hayes. “A bateria foi muito intensa. Está bem difícil de achar as ondas longas, mas achei duas boas que deu para manobrar até o inside e foi show!”, resumiu Moura.
Já o paranaense Jihad Kohdr acha que ainda não conseguiu surfar bem na praia Mole. “Só estou fazendo as médias necessárias para avançar, mas não estou surfando como gostaria. Estou contente de já estar nas oitavas-de-final e espero me apresentar melhor amanhã”, falou Jihad. Ele e Paulo Moura serão os adversários dos australianos Nathan Webster e Tom Whitaker na primeira bateria das oitavas-de-final.
Os australianos já vinham mostrando sua força na sexta-feira e na batalha final das triagens conquistaram nove das 32 vagas para enfrentar aos cabeças-de-chave do evento. Entre os estrangeiros, também passaram três norte-americanos, três sul-africanos, dois havaianos e um espanhol. Participando em maior número, o Brasil classificou quatorze surfistas e mais uma vez o paraibano Jano Belo foi um dos destaques ao vencer a sétima bateria do dia.
Ele e o baiano Armando Daltro barraram o havaiano Joel Centeio e o australiano Jarrad Howse. “Meu objetivo é conseguir um bom resultado neste campeonato e as ondas hoje estão bem melhores do que nos dois primeiros dias, quando eu marquei o recorde do campeonato”, disse Jano, que manteve-se no topo da lista dos recordes com os 17,67 pontos de 20 possíveis registrados no primeiro dia.
Paulo Moura foi o primeiro brasileiro a se classificar para as oitavas-de-final do Onbongo Pro. Foto: Nilton Santos. |
O Onbongo Pro Surfing 2002 é uma realização conjunta da FECASURF (Federação Catarinense de Surf) e a ASP (Assocation of Surfing Professionals), com patrocínio da Onbongo e CODESC, apoio do Governo do Estado de Santa Catarina, Prefeitura Municipal de Florianópolis e Fundação Municipal de Esportes, com divulgação da Rede Atlântida FM e Revista Fluir.
A competição tem o nível máximo de classificação do WQS, oferecendo US$ 100 mil em prêmios e 2.500 pontos no ranking que garante 15 vagas na elite do WCT.
Para mais informações acesse ASP South America.
Relação das primeiras baterias das oitavas-de-final (definidas nesta sexta-feira):
01) Nathan Webster (Aus), Tom Whitaker (Aus), Paulo Moura (Bra) e Jihad Kohdr (Bra)
02) Chris Davidson (Aus), Danilo Costa (Bra), Otávio Lima (Bra) e Flávio Padaratz (Bra)
03) Fábio Gouveia (Bra), Will Lewis (Aus), Edgar Bischof (Bra) e Todd Prestage (Aus)
Onbongo Pro Surfing 2002 – Cronograma da competição
Sábado:
10:00 / 14:10 – 12 baterias da quinta fase
14:10 / 17:30 – 08 baterias das oitavas-de-final
Domingo:
10:00 / 11:40 – 04 baterias das quartas-de-final
11:40 / 12:30 – 02 baterias das semi-finais
12:30 / 13:00 – Intervalo
13:00 / 13:35 – Final do Onbongo Pro Surfing
13:35 / 14:30 – Cerimônia de premiação