Neco Padaratz parte em busca da liderança do WQS no Onbongo Pro Surfing. Foto arquivo: © ASP Karen. |
Um total de 208 surfistas de 16 países, incluindo 32 estrelas da elite mundial do WCT, vai disputar os US$ 125 mil em prêmios e os decisivos 2.500 pontos no ranking do WQS que estarão em jogo no antepenúltimo evento com nível máximo 6 estrelas do ano.
Os outros dois encerram a temporada 2004 no Hawaii. A maioria dos inscritos no Onbongo Pro Surfing é de estrangeiros, mas só dezesseis deles se apresentam nas rodadas iniciais das triagens programadas para começar na quarta-feira.
A primeira fase será formada apenas por surfistas brasileiros, com 32 atletas disputando dezesseis vagas para a segunda rodada, quando representantes de outros países começam a entrar na competição, que vai até domingo na Ilha em Santa Catarina.
O catarinense está de olho no bicampeonato consecutivo da segunda divisão do circuito mundial. Foto: Ricardo Macario. |
Um total de dez catarinenses também competirá nas outras sete baterias da primeira das cinco fases das triagens que serão disputadas até sexta-feira. Já as principais estrelas do Onbongo Pro Surfing, como o vice-líder do WCT, Joel Parkinson, os ex-campeões mundiais do WCT, Mark Occhilupo e CJ Hobgood, o número 6 da temporada, Nathan Hedge, o irmão do número 1 do mundo, Bruce Irons, o bicampeão mundial da divisão de acesso, Jake Paterson, além do atual campeão do WQS, Neco Padaratz, e o líder do ranking 2004, Greg Emslie, entre outros, fazem parte do seleto grupo de 32 cabeças-de-chave que só vão estrear no sábado, na fase que antecede às oitavas-de-final no evento principal.
A competição promete agitar mais uma vez a já animada praia Mole, em Florianópolis. Foto: Ricardo Macario. |
“Acho que aqui é a chance dele, porque está na casa dele, no quintal dele e a gente torce para que ele consiga sair daqui do Brasil como líder do ranking desta vez, para decidir o título mundial de novo lá no Hawaii, onde ele foi campeão no ano passado”, falou Mauro Ribeiro, proprietário da Onbongo, principal patrocinadora do Onbongo Pro Surfing.
“A gente fica contente por ele ter sido campeão mundial com o patrocínio da Onbongo e se ele conseguir o bicampeonato, isso é sinal de que ele é um atleta que precisava de um patrocinador que o apoiasse sem tantas cobranças. O Neco é um atleta especial, uma pessoa especial. Nós deixamos ele à vontade para viver como um “animal” do mar como ele é e o resultado está aí. É só torcer para que dê tudo certo”.
E não só o Mauro, mas toda a torcida que deve lotar a praia Mole também deseja ver um surfista brasileiro ganhando o Onbongo Pro Surfing pela primeira vez. Em 2002, quando estreou no calendário mundial, os australianos dominaram o pódio na vitória de Chris Davidson e no ano passado o título ficou com Patrick Beven, um surfista nascido no Rio de Janeiro e que compete representando a França, onde mora há muitos anos.
“Pois é, no ano passado venceu um brasileiro naturalizado francês, mas eu gostaria muito mesmo de ver um brasileiro da ‘gema’ fazendo a festa no alto do pódio. É lógico que a gente torce pelo Brasil, mas o importante é que vença o melhor e até agora os gringos estão sabendo aproveitar toda a experiência de surfar e treinar em ondas melhores do que as que temos aqui no nosso país. O surfe é isso. Não existe favoritismo, mesmo que o cara esteja competindo em casa”, falou Mauro, lembrando que o Neco Padaratz foi o melhor brasileiro em 2003, ficando em sétimo lugar nas semifinais.
“Estamos ansiosos, porque pela primeira vez temos um grande número de atletas do WCT participando de uma etapa do WQS aqui no Brasil. Tem o Tom Curren, tricampeão mundial, como convidado especial, outros campeões como Mark Occhilupo e CJ Hobgood também, então certamente o nível estará mais elevado do que nunca e isso é bom para valorizar ainda mais o nosso evento, projetando de uma maneira bastante positiva a nossa marca, que é 100% brasileira”, destaca Mauro.
“Acompanhamos ao longo de todos estes anos que as marcas gringas vem tomando espaço dentro do nosso país e temos que mostrar que se eles vem para cá, também têm que ter o compromisso de realizar grandes eventos aqui no Brasil e não só lá fora. Meu apelo é para que elas também invistam nos campeonatos aqui, no surfe brasileiro, retornando um pouco do que faturam no nosso esporte”, alertou.
Para finalizar, ele faz uma convocação geral: “Convido todos a compareceram, porque esse é um campeonato feito com o coração, numa cidade especial, todos que trabalham no evento trabalham com o coração e o que a gente quer é que até as marcas concorrentes compareçam para ver e pegar o nosso trabalho como exemplo, pois precisamos de mais campeonatos importantes aqui no Brasil. Quero também agradecer o apoio da Nova Schin, uma empresa também 100% brasileira como a nossa, que vem apoiando o surfe brasileiro de uma maneira fantástica e está junto com a gente neste ano. Nossa parceria com a Prefeitura Municipal de Florianópolis e com a Fundação Municipal de Esportes também se consolida a cada ano e agradeço de coração por isso. E só espero que tenham boas ondas para que o evento repita o sucesso das duas edições anteriores”, deseja Mauro.
Com apresentação da Nova Schin, o Onbongo Pro Surfing 2004 tem como principal patrocinador a marca Onbongo, apoio da Prefeitura Municipal de Florianópolis e Fundação Municipal de Esportes, divulgação oficial pela Revista Fluir e Rede Atlântida FM, numa realização conjunta entre a Federação Catarinense de Surf (FECASURF) e a ASP South America.