Onbongo Pro Surfing agita praia Mole

Ruy Costa - Onbongo Pro Surfing 2003

Estrutura armada na praia Mole para mais uma edição do Onbongo Pro Surfing. Foto: Ricardo Macario.
Teve início às 8 horas desta quarta-feira o maior confronto internacional entre surfistas do ano no Brasil.

 

Um total de 206 surfistas de 16 países foi dividido em seis fases, para disputar os US$ 125 mil em prêmios oferecidos na segunda edição do Onbongo Pro Surfing 2003 em Florianópolis (SC).

 

Segundo Mauro Ribeiro, organizador do evento, além de ser um recorde em número de atletas, a competição marca também o maior número de competidores estrangeiros na história dos WQS realizados no Brasil.

 

No primeiro dia foram realizadas a primeira e segunda fases do evento, em ondas defíceis de até 2 metros na série, fechando bastante e exigindo uma apurada escolha de ondas por parte dos atetas.

 

A competição é decisiva na briga pelas últimas vagas na lista dos 15 surfistas que o World Qualifying Series (WQS) classifica para a elite mundial do ASP World Championship Tour (WCT). O ranking é liderado pelo catarinense Neco Padaratz, que também pode garantir em casa o título mundial do WQS se vencer o evento que é promovido pelo seu patrocinador, a Onbongo.

 

O baiano Flávio Costa venceu a 5a bateria do segundo round, com Evaristo Ferraira classificado em segundo. Foto: Ricardo Macario.
Ele é um dos cabeças-de-chave que só vão estrear na sexta fase no sábado. No primeiro dia, entraram os surfistas que não têm boa pontuação no ranking mundial e um dos destaques foi o catarinense Luli Pereira, que venceu as duas baterias que disputou na quarta-feira de boas ondas de 1 metro na praia Mole.


?Aqui de fora parece que tem altas ondas, mas as condições estão difíceis e tem que ter calma para esperar as boas e não desperdiçar tempo”, analisou Luli Pereira, de 27 anos, que ganhou a segunda bateria do dia e a terceira da segunda rodada do Onbongo Pro Surfing 2003.

 

“É um campeonato muito difícil, um 6 estrelas do WQS, com muita gente boa de vários paises e agora é só o começo. Mas, estou tranqüilo e vou tentar ir avançando, porque tem um longo caminho pela frente ainda”, completou Luli, que apontou como um fator positivo o fato de conhecer bem as ondas da praia Mole.

 

O carioca Ruy Costa voou alto para faturar a 10a disputa, com Marcondes Rocha em segundo. Foto: Ricardo Macario.
Ao contrário do WCT, que reúne surfistas de apenas quatro nacionalidades, o Onbongo Pro Surfing tem participação de 16 países. A maioria é do Brasil, com 109 inscritos. O maior contingente estrangeiro é da Austrália: 34 atletas.

 

E completam a lista, os Estados Unidos (19 surfistas), África do Sul (10), Havaí (10), Espanha (6), Japão (5), França (3), Inglaterra (2), Tahiti (2), Portugal (1), Itália (1), Ilhas Canárias (1), Argentina (1), Peru (1) e Venezuela (1).

 

No ano passado, os australianos fizeram a festa na primeira edição do Onbongo Pro Surfing em Florianópolis. Chris Davidson foi o campeão e garantiu sua entrada na elite mundial do WCT.

 

Richard Lovett ficou em segundo lugar e assumiu a liderança do WQS. Na terceira posição ficou o sul-africano Greg Emslie e outro australiano, Nathan Webster, acabou em quarto lugar na grande final. O paranaense Peterson Rosa e o baiano Armando Daltro foram os melhores brasileiros na competição, terminaram barrados nas semifinais e dividiram a quinta colocação no evento.

 

Além das ondas, a praia Mole é famosa pelo público selecionado que a frequenta. Foto: Ricardo Macario.
Neste ano, os dois vão precisar repetir este desempenho para tentarem garantir suas permanências na divisão principal do Circuito Mundial de Surfe Profissional.

 

Depois da etapa brasileira encerrada na terça-feira em Imbituba (SC), Peterson aparece na penúltima posição entre os 27 que são mantidos no WCT, mas Armando Daltro, bem como Fábio Gouveia (PB), Flávio Padaratz (SC) e Danilo Costa (RN) não aparecem em nenhuma das duas listas classificatórias e o Onbongo Pro Surfing 2003 é decisivo para eles e para outros brasileiros que estão brigando pelas últimas vagas na lista dos 15 que o WQS indica para completar a elite mundial do WCT no ano que vem. 

 

Esta é a penúltima etapa com o nível máximo do WQS, distribui US$ 125 mil em prêmios e o vencedor marca 2, 5 mil pontos no ranking que garante 15 vagas na elite do ASP World Championship Tour (WCT).

 

Exit mobile version