O’Neill investe em brazuca

Alex Chacon, Austrália

Alex Chacon sobrevoa as ondas da Austrália e levanta a carreira ao integrar o time australiano da conceituada marca O’Neill. Foto: Arquivo Pessoal.
Catarinense de Floripa, Alex Chacon, 19, vive na Austrália desde os 15 e é o mais novo integrante do time australiano da O?Neill, tradicional marca de roupas de borracha da Califórnia, sendo o terror das expression sessions dos campeonatos sub 20 no país.

 

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Assim, abre caminho no sentido inverso da maioria dos brasileiros e desponta como uma promissora revelação do surf internacional.

 

Ele aprendeu a surfar em Ubatuba (SP) com a ajuda de Uly, o irmão mais velho. No começo, disputou campeonatos locais da praia Mole e Joaca, depois passou para os estaduais,

 

Alex Chacon, nova geração brazuca na Austrália. Foto: Arquivo Pessoal.
Agora, disputa de igual para igual com os melhores sub 20 da Austrália, isso depois de passar por algumas dificuldades no início, por ser muito novo e estar longe da terra natal.

 

?Aqui as ondas são boas, mais fortes do que no Brasil, são muitos reef breaks. Gosto de surfar na praia onde moro, Avalon, um pico que segura bastante swell. Tem um reef (L.A.) e valas na praia toda! Moro na frente do pico!?, diz Alex.

 

Ligado ao esporte e antenado com o futuro, o moleque estuda pra ser instrutor de surf ou preparador físico.

 

Ele também trampa num restaurante japonês, onde cozinha e lava a louça. Paga suas próprias contas e junta uma grana mesmo morando com a mãe e o irmão mais velho.

Agora, de patrô novo, não precisa mais pagar inscrições dos campeonatos, nem se preocupar com transporte e acomodação.

 

Prancha também tá na mamata, fechou com Matt Hurworth, shaper da Gold Coast.

Isso porque o objetivo é ficar entre os Top 5 do ranking pro júnior australiano. Ano que vem correr todas as etapas do WQS na Austrália. 

 

E vai passar um tempo no Brasil em 2007, pois sabe que o nível é altíssimo nas competições e quer ver se leva uma molecada ozzy junto pra este intercâmbio.

 

Ele incentiva quem pretende vir para Austrália, mas adverte que é complicado conseguir um eventual patrocínio. ?Nosso surf e jeito de ser é admirado por aqui, mas tem esse lance do patrocínio. Nenhuma empresa ozzy vai patrocinar alguém que pode ir embora a qualquer momento. Mas vale muito à pena vir pra cá aprender o inglês e pela vida que se leva?.

 

Indagado a respeito do karma de os brasileiros serem tops da merrecagem mexida do WQS e quase sempre os lanternas da perfeição do WCT, ele é politicamente correto e de olho no futuro: ?Acho que isso acontece porque o Brasil não tem tanto point break. Mas os brasileiros estão melhorando muito nas condições perfeitas. Morei na Gold Coast por dois anos e meio e isso ajudou muito no meu surf, tanto é que minha performance cresce em mar grande e perfeito!?.

 

Acompanhei Alex pessoalmente durante uma etapa do Pro Junior em Queenscliff e o cara realmente tá andando muito na vala, tem o respeito dos gringos e fala inglês fluente.

 

É top com certeza e tá no mesmo nível de nomes como Nick Riley, Dylan Hannah, James Wood, Dion Atkinson, Wade Goodal, Owen Wright etc (atenção pare estes nomes, herdeiros de Taj, Parkinson, Fanning & Cia em algum tempo).

 

Alex faz uma linha ultra-moderna, tem aquela pegada de surf que não quebra a linha, sempre procura a parte crítica da onda, varia bem as manobras e voa alto, muito alto.

 

Quando anunciam seu nome nos alto-falantes das baterias os gringos tremem, na expression-session então… Quem ainda não ouviu falar desse moleque, prepare-se, o cara tá chegando com tudo.

 

Resultados

 

Segundo lugar no Driping Wet Pro ? Under 21
Terceiro lugar no Brothers Neilsen Junior Challenge
Quinto Lugar no Jesus Pro-Am, Cronulla
Primeiro lugar no Kustom Expression Session no Billabong Pro Teen
Primeiro lugar no Panasonic Expression Session no Billabong Pro Teen
Primeiro lugar no Kustom Air Shoot the Moon (etapa de Cronulla). E segundo na etapa da Gold Coast

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