Pai dos aéreos enfrenta nova geração no Tombo

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Aos 42 anos, o precursor dos aéreos no Brasil, Luis Neguinho, compete contra a nova geração em evento especial no Guarujá. Foto: Ivan Storti / FMA.
Apelidado de o “pai dos aéreos no Brasil”, o surfista santista Luis Neguinho é um dos destaques do evento especial de aéreos que será disputado neste final de semana (22 e 23/5) na praia do Tombo, Guarujá, litoral paulista.

 

A competição possui formato diferenciado e vence o autor do melhor aéreo, uma das manobras mais radicais do surf moderno. Quanto mais alto, mais veloz, melhor. Outra grande atração será o julgamento. Os surfistas serão avaliados pela manobra e não pelo conjunto de manobras executadas em toda a extensão da onda.

 

Aos 42 anos, Neguinho deve ser o atleta mais velho no evento, assim como aconteceu na primeira edição no ano passado, e vai enfrentar atletas com menos da metade de sua idade. “Ainda estou em forma. Sei que vou pegar uma molecadinha forte, radical, mas vou dar trabalho”, diz o sempre sorridente surfista, que ganhou o apelido pelo seu pioneirismo na manobra, 21 anos atrás. “Quando comecei a dar aéreos o pessoal até tirava sarro. Mas eu sabia que o surf precisava de inovação e estava certo”, conta.

 

Ele ressalta que, como sempre foi skatista, aproveitou a experiência das manobras feitas no vertical para as ondas. “Tentei passar o que fazia no skate para o surf”, ressalta. “Lembro que naquele tempo já havia alguns caras lá fora que faziam isso, como o Johnny Boy Gomes, mas o pessoal voava com a mão na borda da prancha. Eu tirava as duas mãos. Cheguei a ser capa da segunda edição da Fluir, dando um aéreo”, recorda.

 

Campeão brasileiro profissional em 1982, no Festival Olympikus, na praia da Joaquina, Florianópolis, ele atualmente vem competindo na categoria Master e também atua como instrutor da Escola de Surf da Unipran, a Universidade da Prancha, da Unimonte.

 

O currículo ainda conta com outras conquistas importantes, como o tricampeonato catarinense e o vice-paulista profissional em 83, sendo superado apenas por Tinguinha Lima. “Eu sempre fui radical e ganhei várias expressions sessions”, destaca.

 

O evento é aberto a surfistas de todo o Brasil e o vencedor vai embolsar R$ 1,5 mil. Os quatro finalistas ganharão premiação em dinheiro e os semifinalistas levam kits, além de uma prancha para a manobra mais radical de todo o evento.

 

A inscrição custa R$ 40 e deve ser feita na Silver Surf. A segunda etapa da competição rola na praia do Leblon, Rio de Janeiro, nos dias 21 e 22 de agosto. Mais informações pelo telefone (0xx13) 3232-1047.